Se a classe C é a grande responsável pelo crescimento da internet no Brasil (segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo IBGE 2008, são 8.775 domicílios conectados), as mulheres dessa faixa econômica se demonstram bastante entrosadas com a navegação em rede.
De acordo com uma pesquisa conduzida de forma conjunta pelas empresas Predicta e Multifocus e divulgada nesta terça-feira (23), 83% das donas-de-casa com idades entre 25 e 49 anos se conectam todo o dia. 86% participam de alguma rede social.
Os dados apontam ainda que 40% passam mais de duas horas diárias conectadas, e que 22% já criaram ao menos uma comunidade em redes sociais, enquanto 26% se sentem totalmente seguras para fazer compras on-line.
Dentre o público feminino pesquisado, 33% consideram a web um passatempo melhor que a televisão, enquanto 78% se sentem mais "globalizadas" quando estão em rede. Outras 15% declaram que se sentem mais inteligentes usando a rede.
Os registros de navegação apontaram para uma grande atividade desse público: em 11 dias, foram registrados 94.250 acessos em 2.700 URLs diferentes;
Considerando o tipo de sites acessados, 44% da navegação foram em páginas de relacionamento; 38% em sites de informação; 10% em entretenimento; 6% em e-commerce e 2% em serviços.
"Analisando as URLs acessadas percebe-se que, em sites de relacionamento, as redes sociais respondem por 94% dos acessos, sendo o Orkut o mais visitado. O acesso a chats foi significativamente menor, com somente 5%, e os blogs registraram 1%", diz a pesquisa.
Segundo os dados, 66% confessam que estão lendo menos off-line. Por outro lado, 60% delas dizem que diminuíram o tempo de pesquisas de preços nas lojas, pois o fazem pela rede.
Para empresas e anunciantes cuidado com elas: 63% buscam informações sobre os produtos nos sites das empresas e 12% registraram participação em fóruns ou comunidades a favor ou contra uma marca.
A pesquisa foi realizada durante 16 a 27 de dezembro de 2009, com 50 donas-de-casa com internet em domicílio, de 25 a 49 anos, residentes em São Paulo e com renda familiar de até 10 salários mínimos, ou seja, nível socioeconômico C.
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