quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Facebook tem algum problema com as mulheres?

Rede social garante que não dá espaço para discurso odioso ou para conteúdos que sejam ameaçadores ou incitem à violência. Então por que imagens que parecem glorificar o estupro e a violência doméstica continuam aparecendo?
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Será que o Facebook tem algum problema com as mulheres? A pergunta é feita desde 2011, quando Eve Ensler e a revista "Ms" chamaram a atenção para o fracasso dessa rede social em retirar imagens misóginas que pareciam glorificar o estupro e a violência doméstica.
Aí a questão foi retomada semanas atrás, quando usuários usaram o Twitter para manifestar sua raiva contra a recusa do Facebook em remover imagens que tentavam fazer piada com o estupro. Duas em particular circularam amplamente. Uma mostrava uma mulher amarrada e amordaçada em um sofá, com uma legenda que dizia: "Não é estupro. Se ela realmente não quisesse, teria dito alguma coisa". A segunda mostrava uma camisinha, sob as palavras "Plano A"; uma pílula anticoncepcional de emergência, o "Plano B", e aí vinha o "Plano C", um homem empurrando escada abaixo uma mulher de rosto ensanguentado.
Os "padrões da comunidade" do site declaram que "o Facebook não permite discurso de ódio, mas faz distinção entre um discurso sério e um discurso de humor". O que não fica claro, apesar de várias campanhas de grande repercussão e de uma petição do Change.org que angariou mais de 200 mil assinaturas, é como o site estabelece tal distinção. Nos últimos anos, mulheres dizem ter sido banidas do site e viram suas páginas serem removidas por postarem imagens de cupcakes glaceados como lábios vaginais, fotos de mães amamentando e retratos de mulheres após mastectomias.
Mas as imagens que atualmente aparecem no site incluem uma piada sobre o estupro de uma criança deficiente, uma piada sobre sexo com uma menor de idade e imagens e mais imagens de mulheres agredidas, ensanguentadas e de olhos roxos, em "piadas" explícitas sobre violência doméstica.
Há incontáveis grupos com nomes como "Algumas vadias precisam ter suas gargantas cortadas", ou "Não é 'estupro' se elas estão mortas, e se elas estão vivas é sexo-surpresa". Uma das piores imagens que encontrei numa breve busca mostra a carne de uma mulher com as palavras "papai me f... e eu adorei" entalhadas em ferimentos recém-abertos.
Um porta-voz do Facebook insistiu: "Não há lugar no Facebook para discurso de ódio ou conteúdo que seja ameaçador ou incite à violência".
Jules Hillier, diretora-executiva de políticas e comunicações da ONG Brook, voltada para a saúde sexual juvenil, diz que "as mídias sociais podem ser brilhantes, dando às moças e rapazes um espaço para o debate e a discussão, e dando a organizações como a nossa uma rota para oferecer informações e conselhos. Mas é uma faca de dois gumes. Eu só queria que os fatos e o apoio circulassem com metade da rapidez dos mitos, da desinformação, do bullying e do abuso, coisas para as quais as mídias sociais também abrem oportunidades".
Quando contatei o Facebook atrás de um comentário sobre duas imagens que circulam no Twitter, a página toda (charmosamente batizada de "Magoou? Tá bom. CAI FORA, PORRA") já havia sido tirada do ar quando eles me retornaram a ligação. Um porta-voz disse que isso não tinha ocorrido porque as imagens violassem os termos, mas porque o administrador havia deixado de associar publicamente seu perfil à página. Não consigo encontrar nenhuma menção a tal exigência nos "padrões da comunidade" do Facebook, e, seja como for, dificilmente isso mitiga a publicação desse tipo de material.
Quando perguntei se as imagens dos cupcakes proibidos haviam sido retiradas por erro de um scanner automatizado, o porta-voz disse que isso era improvável. Então foi uma decisão humana proibir a imagem daquele cupcake. Assim como é uma decisão humana permitir que páginas como "Teen SLUT pics" ("fotos de adolescentes VADIAS") continuem publicando imagens de garotas de aspecto muito jovem, sem provas de que elas tenham dado consentimento para o uso das suas fotos.
"Levamos muito a sério os relatos sobre conteúdo questionável e ofensivo", disse o porta-voz do Facebook. "No entanto, também queremos que o Facebook seja um lugar onde as pessoas possam discutir questões abertamente e expressar suas opiniões, sempre respeitando os direitos e sentimentos dos outros. Grupos ou páginas que expressem uma opinião sobre um Estado, instituição ou conjunto de crenças - mesmo que essa opinião seja ultrajante ou ofensiva para alguns - não violam por si sós nossas políticas."
Há um argumento comum de que essas páginas são "inofensivas", e que quem não gosta delas pode simplesmente não olhá-las. Mas alguém que tenha um amigo que "curta" uma dessas imagens pode encontrá-las pulando sem aviso prévio na sua timeline. Cada imagem normaliza a violência de gênero, passando às vítimas e perpetradores a mensagem de que na nossa cultura isso não é levado a sério.
A escritora feminista Soraya Chemaly afirmou: "Afinal, não se trata de censura. Trata-se de optar por definir o que é aceitável. O Facebook claramente aceita representações de algumas formas de violência, especialmente a violência contra as mulheres, como sendo qualitativamente diferentes de outras".
O porta-voz do Facebook disse: "Não é tarefa do Facebook definir o que é aceitável. Trabalhamos muito para poupar nossos usuários de danos diretos, mas, no final das contas, a censura não é a solução para o mau comportamento on-line ou para crenças ofensivas. Ter a liberdade de debater questões sérias como essa é a forma pela qual combatemos o preconceito".
Para quem acredita que não há relação entre o tratamento e a percepção das mulheres no mundo real e as normas culturais promovidas pela mais usada rede social do planeta, eis uma seleção de comentários. Alguns são dessas páginas "inofensivas" do Facebook. Outros são de experiências de mulheres reais, relatadas ao projeto Sexismo Cotidiano. E alguns são exemplos dos abusos que sofri, como uma mulher ousando escrever sobre as mulheres on-line:
"Você tem a opção de transar, eu tenho a opção de estuprá-la."
"Se você não parar de cagar para mim, vou pagar quatro amigos meus para estuprarem você."
"Vai lá, chama a polícia - eles não podem desestuprar você."
"A única razão pela qual vocês foram colocadas neste planeta é para podermos foder vocês. Morra, por favor."
Você consegue dizer a diferença?

São Paulo tem falta de aparelhos iPhone

Pouco mais de dois meses após o lançamento do iPhone 5 no Brasil, o produto está em falta no comércio de São Paulo. Segundo o relato de clientes, desde o início de fevereiro é difícil encontrar o produto nas lojas.
A reportagem da Folha visitou as lojas de todas as operadoras e uma loja da Apple nos shoppings Paulista, Bourbon e Higienópolis. Nas lojas da Claro e da Oi, os vendedores disseram que o produto estava em falta e não havia previsão para a chegada.
As lojas da Claro não tinham nenhum aparelho para venda. Na Oi, foi encontrada apenas uma peça, do modelo 4S, na loja do shopping Higienópolis. Segundo um vendedor da operadora, a falta de iPhones é comum após o lançamento de um modelo novo.
Em nenhuma delas havia previsão para normalização da venda. Na loja da Claro do shopping Paulista, uma resposta foi prometida para 15 de março.
As lojas da Telefônica Vivo visitadas tinham o aparelho, mas não de todos os modelos. Em uma das lojas do shopping Higienópolis, havia apenas duas peças do iPhone 5, ambas com 16G de memória. No shopping Paulista, não havia mais peças do modelo 4S. A loja da Apple tinha os modelos 5 e 4S com 16GB. Segundo o vendedor, o modelo iPhone 4S de 32 GB estava em falta há cinco meses.
Apenas as lojas da TIM apresentavam todos modelos.
OPERADORAS
Segundo a Claro, o problema com o estoque foi causado por um assalto ao seu centro de distribuição no dia 17 de fevereiro, que afetou o abastecimento em São Paulo. A operadora não deu mais detalhes sobre o roubo.
Na data, um grupo de 30 homens usou encapuzados, armados de fuzis e pistolas, invadiu um condomínio logístico em um carro disfarçado, renderam os seguranças, ficaram três horas no local e usaram caminhões para roubar uma carga de celulares em Campinas (93 km de São Paulo). A polícia conseguiu recuperar parte da carga.
A Oi negou problemas de abastecimento e disse que podem haver falha pontuais por excesso de vendas. A TIM e Telefônica Vivo disseram que não tem problemas de abastecimento nas lojas.
A Apple disse que não iria comentar.
MARCA
A escassez de aparelhos nas lojas não tem relação com a decisão publicada pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) no último dia 13 de fevereiro, que deu à fabricante brasileira Gradiente o uso exclusivo do nome iPhone para aparelhos celulares no Brasil.
O posicionamento do órgão ocorre em uma discussão em torno do uso da marca "g grandiente iphone", que foi registrada pela Gradiente no Brasil em 2000, sete anos antes do lançamento do iPhone da Apple.
Apesar de favorável à Gradiente, a decisão não implica em proibição da comercialização dos produtos com a marca iPhone pela Apple, informou a assessoria de imprensa do Inpi.
O impedimento só pode ser determinado por medida judicial, ou seja, caso a Gradiente opte por pedir o direito exclusivo de comercialização da marca à Justiça, segundo o órgão.
A Gradiente informou que ainda não tomou uma decisão a esse respeito. Outra possibilidade é que a fabricante entre em um acordo com a Apple.

Nove aceleradoras são selecionadas para programa de start-ups do governo

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou nesta quinta-feira (28) o resultado da seleção de aceleradoras que farão parte do programa Start-Up Brasil, de estímulo às start-ups (empresas nascentes de base tecnológica).
Farão parte do projeto do governo as aceleradoras 21212 (RJ), Aceleratech (SP), Microsoft (SP, RJ, RN e RS), Papaya (RJ), Pipa (RJ), Wayra (SP), Fumsoft (MG), Outsource (RJ) e StartYouUp (ES).
Pelo menos duas das selecionadas são braços de inovação de grandes companhias: a Wayra, que faz parte do grupo Telefónica, e a Microsoft.
Essas empresas irão abrigar grupos de oito a dez start-ups, que receberão, cada uma, até R$ 200 mil do governo federal para desenvolver seu negócio no prazo de 12 meses.
Os recursos serão concedidos a fundo perdido, ou seja, não precisarão ser devolvidos pelas companhias ao governo.
Além disso, as empresas nascentes também receberão das aceleradoras apoio nas áreas de infraestrutura, gestão e aconselhamento, além de capital --no total, as nove selecionadas aportarão R$ 20,5 milhões nos primeiros doze meses de operação.
Até cem start-ups serão beneficiadas pelo programa.
O edital para seleção das empresas será publicado no final de março e a previsão é que o resultado seja divulgado no final de junho.
O Start-up Brasil faz parte de um programa governamental de estímulo ao setor de tecnologia da informação (TI), lançado pelo governo em agosto de 2012.
SELEÇÃO
Segundo o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida, foram apresentadas 23 propostas para a seleção das aceleradoras.
O alto número de projetos inscritos, na avaliação do MCTI, fez com que o número de empresas qualificadas para o projeto fosse ampliado de seis para nove.
A banca de seleção teve a participação de cinco profissionais, entre técnicos do governo, representantes da academia e da indústria de fundos de investimento.
"O grau de maturidade das propostas nos impressionou muito", disse Rafael Moreira, responsável pelo projeto de incentivo às start-ups no MCTI.

Otan e governos europeus sofrem ataque cibernético

Hackers atacaram na quarta-feira (27) dezenas de sistemas informáticos de órgãos públicos da Europa, graças a uma falha num software da empresa Adobe Systems, segundo pesquisadores de segurança digital. A Otan também disse ter sido alvo.
A aliança militar ocidental afirmou que seus sistemas não foram comprometidos, mas que os detalhes do ataque estão sendo informados a Estados membros da Otan. Especialistas em segurança dizem que governos e organizações como a Otan são atacados diariamente, mas com graus muito variados de sofisticação.
Esses ataques em particular pareceram ser disseminados e inovadores, segundo firmas privadas de segurança digital que anunciaram a descoberta. Um especialista afirmou que um Estado-nação pode estar por trás deles.
O Kaspersky Lab, da Rússia, e o Laboratório de Criptografia e Segurança de Sistemas (CrySys), da Hungria, disseram que entre os alvos dos ataques estão governos da República Tcheca, da Irlanda, de Portugal e da Romênia.
Eles também disseram que o software malicioso, batizado de MiniDuke, atacou uma instituição de estudos, um instituto de pesquisas e um provedor de serviços de saúde dos Estados Unidos, um importante instituto de pesquisas da Hungria, além de outras entidades na Bélgica e Ucrânia.
Os pesquisadores suspeitam que o MiniDuke se preste à espionagem, mas ainda estão tentando descobrir o objetivo final do ataque.
"Este é um tipo ímpar, novo e muito diferente de ataque", disse Kurt Baumgartner, pesquisador-sênior de segurança do Kaspersky Lab. "Os indicadores técnicos mostram que este é um novo tipo de ameaça que não havia sido relatada antes."
Ele não quis especular sobre quem seriam os responsáveis.
O malware explora uma falha de segurança recentemente identificada nos programas Reader e Acrobat, da Adobe. A empresa disse que uma correção disponibilizada na semana passada deve proteger os usuários do MiniDuke, mas é preciso instalá-la.
Boldizsár Bencsáth, chefe do grupo de estudos de malwares do CrySyS, disse à Reuters que a sofisticação e os alvos dos ataques apontam para a autoria de um Estado nacional, mas afirmou ser difícil identificar o país envolvido.
Não ficou imediatamente clara a gravidade do ataque, nem exatamente quais foram os alvos ou qual o grau de alerta em que os governos europeus se encontram por causa disso.

Google não precisa conferir todo conteúdo publicado, diz corte italiana

Plataformas da internet, como o Google, não podem ser obrigadas a filtrar todos os vídeos publicados por usuários sem que isso ameace a liberdade de expressão e a própria funcionalidade dos sites, afirmou uma corte italiana, em decisão divulgada nesta quarta-feira (27).
Os detalhes da decisão vieram à tona 60 dias após a Corte de Milão ter isentado três executivos do Google das acusações de violar a privacidade de um menino com autismo ao permitir que um vídeo, em que a criança era alvo de bullying, fosse publicado no site em 2006.
Sede do Google, na Califórnia
A decisão de dezembro cancelou uma de 2010, que tinha condenado os executivos a seis meses de prisão e realimentado a discussão sobre privacidade na internet.
"Deve ser descartada a possibilidade de que um provedor de serviços, que oferece serviço ativo de hospedagem, realize verificações efetivas e preventivas de todo o conteúdo publicado por usuários", afirmou a corte na decisão, a qual a Reuters teve acesso.
Estudantes de uma escola de Turim publicaram no Google Video uma gravação em que fazem bullying contra o menino.
Procuradores acusaram o Google de negligência, alegando que o vídeo ficou on-line por dois meses apesar de alguns internautas terem postado pedidos para que fosse removido.
O Google afirmou que tinha removido o vídeo logo após receber a notificação e cooperado com as autoridades italianas para ajudar a identificar os que tinham cometido o bullying e levá-los à Justiça.
O Google sempre argumentou que, por serem plataformas de hospedagem que não criam conteúdo próprio, Google Videos, YouTube e Facebook não podem ser responsabilizados pelo conteúdo publicado por terceiros.

Redes rápidas impulsionam aparelhos em feira de comunicação móvel

As redes, quer de banda larga móvel de altíssima velocidade, wi-fi, ou uma combinação de ambas, estão adicionando atrativos aos novos produtos móveis, em um momento no qual a evolução no design de smartphones e tablets está desacelerando. O smartphone mais rápido do planeta, novos "phablets" --com tamanho intermediário entre um celular e um tablet-- e tablets pequenos otimizados para vídeos e para operar múltiplos aplicativos em redes 4G de telefonia móvel são os principais destaques no Mobile World Congress, em Barcelona.
O "phablet" Samsung Galaxy Note entre um smartphone (BlackBerry Bold, no topo) e um tablet (iPad 2)
As redes agora permitem que milhões de outros aparelhos, de cafeteiras a bicicletas, se tornem "inteligentes".
A fabricante de chips Qualcomm, por exemplo, mostrou uma casa conectada na qual um smartphone pode ser usado para ligar uma cafeteira, e os alto-falantes tocam um som quando você entra na sala, porque detectam o celular no seu bolso.
Inovações como essas são possibilitadas pela AllJoyn, uma estrutura de software de fonte aberta compatível com os sistemas operacionais móveis Android, Windows e iOS, que permite que aparelhos se comuniquem uns com os outros diretamente, sem necessidade de um servidor.
"Estamos fazendo da internet uma combinação contínua entre o mundo físico e o digital", disse Brian Spencer, engenheiro do centro de inovação da Qualcomm.
O grupo de telecomunicações norte-americano AT&T, enquanto isso, vai adicionar a casa e o carro dos usuários aos contatos de seus smartphones.
O Digital Life é um produto que permite que um usuário automatize e monitore sua casa remotamente, e substitui a Verizon Communications como parceiro do sistema de conexão on-line OnStar usado nos carros da General Motors.
Glenn Lurie, presidente de empreendimentos emergentes da AT&T, anunciou que o próximo passo seria unir os dois produtos, criando um ecossistema inteligente dedicado às necessidades do indivíduo.
"Quando minha mulher chega de carro em casa e abre a porta da garagem, a casa vai saber que ela chegou, destrancará a porta e acionará o termostato; o futuro será assim", disse Lurie.
PRÓXIMA GRANDE NOVIDADE
Enquanto isso, os aparelhos vestíveis são a próxima grande tendência na conexão, dizem observadores do setor. O Google mostrou no YouTube, na semana passada, alguns dos recursos do Google Glass, um óculos que permite que o usuário veja informações e grave vídeos.
A Apple, enquanto isso, está testando o design de um aparelho inteligente semelhante a um relógio de pulso, produzido com vidro curvo, de acordo com uma reportagem do jornal "New York Times".
Em Barcelona, muitos dos aparelhos vestíveis tinham funções de controle da saúde.
Um monitor de açúcar no sangue está em uso por ciclistas, e os dados são enviados em tempo real a um smartphone Sony Xperia preso ao guidão. As leituras podem ser enviadas a um médico, por meio de uma conexão móvel segura.
O aparelho será usado por uma equipe de diabéticos que fará uma viagem de bicicleta de Bruxelas a Barcelona no mês que vem, segundo Adam Denton, o organizador da viagem.
A maioria dos smartphones e tablets novos exibidos no evento, porém, não mostram novidades ante o formato de tela de toque popularizado pela Apple e pela Samsung Electronics.
A Huawei se destacou dos concorrentes ao enfatizar a velocidade de conexão de seu principal modelo de smartphone, o Ascend P2, enquanto a japonesa NEC adotou uma abordagem nova quanto à forma dos smartphones ao oferecer um modelo com tela frontal e traseira que, desdobradas, resultam em um tablet com tela de 5,6 polegadas.
Olaf Swantee, presidente-executivo do grupo de telecomunicações britânico EE, disse que as redes mais rápidas estavam mudando a maneira pela qual as pessoas usam seus aparelhos e os projetos dos fabricantes para seus novos modelos.
"A miniaturização era a grande tendência, anos atrás, mas agora que os clientes podem fazer muito mais com suas telas, estamos vendo uma maximização do tamanho das telas pelos fabricantes, e não uma minimização".

Comissão Europeia promete investir 50 milhões de euros em tecnologia 5G

A partir desta quarta-feira (27), se uma ligação de celular for interrompida por qualquer motivo e o cliente fizer uma nova chamada em até dois minutos, ela será considerada continuação da primeira.
A regra vale para usuários de todas as operadoras de telefonia móvel, em ligações tanto para telefones fixos quanto celulares, sem limite de chamadas sucessivas --desde que refeitas entre os mesmos números de origem e de destino no intervalo máximo de 120 segundos.
Para quem paga valor fixo por ligação, as chamadas sucessivas serão consideradas uma só e apenas a primeira será cobrada.
Para quem paga a ligação por tempo, o tempo de todas as chamadas sucessivas será somado e será feita uma única cobrança.
A decisão foi publicada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 27 de novembro, vale para todos os planos oferecidos por todas as operadoras e entrou em vigor hoje.
TIM INFINITY
A medida foi criada pela superintendência de serviços móveis da Anatel e fazia parte dos planos da agência que regula o setor de telecomunicações no país para minimizar os prejuízos aos clientes das teles, que reclamam da baixa qualidade do serviço.
Ela foi divulgada uma semana após ter vindo à tona relatório que acusava a TIM de interromper de propósito chamadas feitas no plano Infinity , no qual o usuário é cobrado por ligação --e não por tempo.
RELATÓRIO
Segundo o documento, a Anatel monitorou todas as ligações da operadora entre março e maio de 2012, em todo o Brasil, e comparou as quedas das ligações de clientes do plano Infinity com os "não Infinity".
A conclusão foi que a TIM "continua 'derrubando' de forma proposital as chamadas de usuários do plano". O relatório apontava que o índice de queda de ligações no plano Infinity era quatro vezes superior ao dos demais usuários.
R$ 4,3 MILHÕES POR DIA
"Sob os pontos de vista técnico e lógico, não existe explicação para a assimetria da taxa de crescimento de desligamentos [quedas de ligações] entre duas modalidades de planos", dizia o relatório.
Um cálculo feito mostrava que as quedas geraram faturamento extra de R$ 4,3 milhões à operadora em apenas um dia. Segundo o relatório, a operadora "derrubou" 8,1 milhões de ligações em 8 de março.
DEFESA DA OPERADORA
Durante as investigações, a TIM informou que a instabilidade de sinal era "pontual" e "momentânea". Ela citou dados fornecidos à própria Anatel para mostrar que houve redução, e não aumento, das quedas de chamadas --as informações, no entanto, foram contestadas no relatório da agência.
A Anatel disse que a TIM alterou a base de cálculos e excluiu do universo de ligações milhares de usuários com problemas para dizer que seus indicadores estavam dentro do exigido.
INVESTIGAÇÃO INDEPENDENTE
Em 12 de novembro, três meses após a denúncia, a operadora informou oficialmente ao mercado que uma avaliação independente contratada pela empresa não indicou "formas propositais ou intencionais" para desconexões de suas chamadas móveis.
A avaliação realizada pela Ericsson constatou que a taxa de queda de chamadas em 8 de março foi de 2,09%, "em linha com o resultado de 2,04% gerado internamente pela TIM". O dado foi confirmado pela consultoria independente PwC (PricewaterhouseCoopers).
Neelie Kroes fala durante evento sobre lei de meios de comunicação, na França
EMPREENDEDORISMO
No MWC também foi apresentado o UnX, a primeira comunidade de âmbito ibero-americano criada para oferecer aos empreendedores digitais uma plataforma na qual podem aprender e compartilhar suas conquistas e experiências.
Essa iniciativa começou com um teste-piloto no último mês de outubro na Espanha e agora chega ao outro lado do Atlântico para a toda a América Latina, com conteúdo em espanhol e português.
Os membros do UnX poderão trocar experiências e conhecimentos profissionais e ter acesso de forma totalmente gratuita a um catálogo de cursos por meio da internet desenvolvidos por professores de prestígio.
Entre outras novidades, a Telefónica anunciou o acesso a internet por banda larga móvel combinando a tecnologia wi-fi com a rede de quarta geração LTE e a 3G num futuro próximo.
O fabricante japonês de celulares Fujitsu vai chegar ao mercado europeu em junho com o Stylistic S01, um smartphone específico para pessoas idosas.

Ligação de celular refeita não gera nova cobrança a partir de hoje

A partir desta quarta-feira (27), se uma ligação de celular for interrompida por qualquer motivo e o cliente fizer uma nova chamada em até dois minutos, ela será considerada continuação da primeira.
A regra vale para usuários de todas as operadoras de telefonia móvel, em ligações tanto para telefones fixos quanto celulares, sem limite de chamadas sucessivas --desde que refeitas entre os mesmos números de origem e de destino no intervalo máximo de 120 segundos.
Para quem paga valor fixo por ligação, as chamadas sucessivas serão consideradas uma só e apenas a primeira será cobrada.
Para quem paga a ligação por tempo, o tempo de todas as chamadas sucessivas será somado e será feita uma única cobrança.
A decisão foi publicada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 27 de novembro, vale para todos os planos oferecidos por todas as operadoras e entrou em vigor hoje.
TIM INFINITY
A medida foi criada pela superintendência de serviços móveis da Anatel e fazia parte dos planos da agência que regula o setor de telecomunicações no país para minimizar os prejuízos aos clientes das teles, que reclamam da baixa qualidade do serviço.
Ela foi divulgada uma semana após ter vindo à tona relatório que acusava a TIM de interromper de propósito chamadas feitas no plano Infinity , no qual o usuário é cobrado por ligação --e não por tempo.
RELATÓRIO
Segundo o documento, a Anatel monitorou todas as ligações da operadora entre março e maio de 2012, em todo o Brasil, e comparou as quedas das ligações de clientes do plano Infinity com os "não Infinity".
A conclusão foi que a TIM "continua 'derrubando' de forma proposital as chamadas de usuários do plano". O relatório apontava que o índice de queda de ligações no plano Infinity era quatro vezes superior ao dos demais usuários.
R$ 4,3 MILHÕES POR DIA
"Sob os pontos de vista técnico e lógico, não existe explicação para a assimetria da taxa de crescimento de desligamentos [quedas de ligações] entre duas modalidades de planos", dizia o relatório.
Um cálculo feito mostrava que as quedas geraram faturamento extra de R$ 4,3 milhões à operadora em apenas um dia. Segundo o relatório, a operadora "derrubou" 8,1 milhões de ligações em 8 de março.
DEFESA DA OPERADORA
Durante as investigações, a TIM informou que a instabilidade de sinal era "pontual" e "momentânea". Ela citou dados fornecidos à própria Anatel para mostrar que houve redução, e não aumento, das quedas de chamadas --as informações, no entanto, foram contestadas no relatório da agência.
A Anatel disse que a TIM alterou a base de cálculos e excluiu do universo de ligações milhares de usuários com problemas para dizer que seus indicadores estavam dentro do exigido.
INVESTIGAÇÃO INDEPENDENTE
Em 12 de novembro, três meses após a denúncia, a operadora informou oficialmente ao mercado que uma avaliação independente contratada pela empresa não indicou "formas propositais ou intencionais" para desconexões de suas chamadas móveis.
A avaliação realizada pela Ericsson constatou que a taxa de queda de chamadas em 8 de março foi de 2,09%, "em linha com o resultado de 2,04% gerado internamente pela TIM". O dado foi confirmado pela consultoria independente PwC (PricewaterhouseCoopers).

Intel investirá R$ 300 milhões em pesquisas nos próximos 5 anos no país

A Intel pretende investir R$ 300 milhões no Brasil para financiar pesquisas na área de tecnologia da informação que tenham aplicações nos setores de educação, energia e transportes ao longo dos próximos cinco anos.
A iniciativa foi anunciada nesta quarta-feira (27), em cerimônia no Ministério de Ciência e Tecnologia como parte do programa governamental TI Maior, que visa acelerar os investimentos em tecnologia e inovação no país.
Os projetos de pesquisa serão escolhidos e financiados pela empresa. A contrapartida do governo virá por meio de bolsas de estudo concedidas a pesquisadores e estudantes, que participarão das iniciativas promovida pela Intel. A expectativa da empresa é mobilizar até 300 pesquisadores.
O foco dos projetos deverá ser o desenvolvimento de softwares. O desejo da empresa é que surjam programas educacionais, de visualização e simulação para a extração de petróleo na camada do pré-sal, de gestão de trânsito de passageiros de carga e de tecnologias para emplacamento eletrônico de carros, por exemplo.
É a terceira parceria com o setor privado para investimentos em tecnologia anunciados pelo governo no âmbito do programa TI Maior. Além da Intel, Microsoft e EMC também firmaram compromissos para financiar programas de inovação. No total, o compromisso de investimentos chega a R$ 650 milhões.
INTEL
Maior fabricante de semicondutores do mundo, com receitas de mais de US$ 50 bilhões no mundo, a Intel tem presença em 120 países e está no Brasil há 25 anos.
Segundo o presidente da empresa para a América Latina, Steve Long, o plano de investimento começou a ser negociado há dois anos e a decisão foi motivada pelo bom momento econômico brasileiro.
"A economia segue estável, a política de popularização da banda larga é presente e há a adoção de computadores na sala de aula. Antes, demorava muito tempo para chegar a tecnologia aqui. Hoje, é algo simultâneo com os lançamentos mundiais", disse Long.
TECNOLOGIA
Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, a ideia é que a Intel passe a desenvolver suas tecnologias no país em vez de importá-las.
"Foi isso que nós combinamos. A Intel já opera no mercado brasileiro. É isso que queremos apoiar", disse o ministro. "Não interessa se a empresa é do Brasil, da China ou dos Estados Unidos. O importante é que o produto seja gerado no país".

Óculos do Google estarão à venda no final do ano por US$ 1.500, diz cofundador da empresa

Sergey Brin, cofundador do Google, disse nesta quarta-feira (27) que os óculos com câmera Google Glass estarão à venda no mercado no final deste ano por US$ 1.500 (cerca de R$ 3.000). Ele apontou, no entanto, que o aparelho ainda está sendo "refinado".
O executivo fez uma apresentação surpresa no TED, evento anual que acontece em Long Beach com palestras curtas de especialistas de várias áreas. Desde a terça (26), Brin tem circulado pelo TED usando os óculos que faz vídeos, tira fotos e conecta-se à internet enquanto exibe informações numa minúscula tela no topo da lente.
Sergey Brin (à dir.) usa o Google Glass enquanto fala com Chris Anderson no evento TED
"Estamos disponibilizando agora para médicos. E estará amplamente disponível no final deste ano por US$ 1.500", disse Brin no palco.
Ele iniciou sua apresentação com um vídeo mostrando imagens registradas com os óculos, em geral pessoas praticando esportes, fazendo acrobacias ou andando de montanha-russa. No final, na hora de falar, ele começou olhando para seu celular, como se estivesse checando e-mails.
"Uma das motivações para criar Google Glass foi esta posição", disse Brin, ainda checando o aparelho na frente da plateia. "Smartphones são castradores. Você fica lá de pé massageando um pedaço de vidro sem nada."

Microsoft pode apresentar novo Xbox em abril

Após o lançamento do PlayStation 4, no último dia 20, a pergunta feita por fãs de games e outras pessoas ligadas a indústria é uma só: e o novo Xbox?
Console do Xbox 360, da Microsoft
Múltiplos veículos especializados dizem que abril é o mês em que a próxima geração do console de videogames da Microsoft será anunciado oficialmente. A companhia registrou recentemente o domínio xboxevent.com, o que aumentou as especulações de que a apresentação do sucessor do Xbox 360 estaria próxima.
O plano de apresentar o novo Xbox apenas na feira E3, que ocorre em junho, em Los Angeles, teria sido modificado por causa do evento da Sony.
Segundo o ComputerAndVideogames, a Microsoft pode também revelar uma parceria com a Electronic Arts (ausente na conferência da Sony) para que a produtora desenvolva conteúdo exclusivo para jogos do novo Xbox. Uma fonte do site diz que "Battlefield 4" pode ser anunciado no evento.
A Microsoft não confirmou as informações e ainda não divulgou nada sobre o novo console.
JOGOS USADOS
O novo console de videogame da Microsoft precisará de conexão permanente com a internet para funcionar e vai impedir que jogos de segunda mão rodem nos equipamentos.
As informações são da revista "Edge", que cita fontes próximas ao desenvolvimento do próximo Xbox.
Ao comprar um jogo, o usuário do novo console deve ativar um código que ligará o game ao novo Xbox. Se o disco for inserido em outro console, não funcionará, em tese.
O sucessor do Xbox 360 também terá capacidade de rodar discos Blu-ray (função já presente no PlayStation 3, da rival Sony) e será equipado com um chip AMD de oito núcleos a 1.6 GHz e 8 Gbytes de RAM. A capacidade do disco do console permanece, até o momento, indefinida.
Ainda segundo a revista, o novo Xbox será lançado com nova versão do sensor de movimentos da Microsoft, o Kinect, que deve vir integrado ao console.

Adobe lança Photoshop para smartphones

A Adobe lançou nesta quarta (27) a versão para smartphones do Photoshop Touch, programa de edição de imagens que já havia sido lançado para iPad e tablets com Android.
Photoshop Touch na versão para Android: corte, ajuste de exposição, camadas e filtros
Disponível para Android e para iPhone, o aplicativo custa US$ 5 (cerca de R$ 10).
A versão para tablets do Photoshop Touch custa US$ 10.
Por meio do aplicativo é possível fazer cortes, aplicar filtros, ajustar brilho, cores e criar novas camadas, assim como o Photoshop para computadores. Contudo, não há funções avançadas, como máscaras.
Para usar o programa, é necessário criar uma conta no serviço Creative Cloud, da Adobe, que armazena na nuvem até 2 Gbytes gratuitamente.
O app está disponível em alemão, francês, inglês e japonês.

Empresa cria app que examina a urina usando a câmera do iPhone

Uma empresa indiana anunciou na última segunda (25) o desenvolvimento do uChek, um aplicativo que usa a câmera do iPhone para analisar a urina em busca de possíveis desequilíbrios fisiológicos e que será lançado no final do mês que vem.
Segundo Myshkin Ingawale, presidente da Biosense, empresa que está por trás do aplicativo, o uChek pode diagnosticar até 25 enfermidades por meio do reconhecimento e da comparação das cores do excreto.
uCheck, aplicativo para iPhone que deve ser lançado em março, usa a câmera do smartphone para analisar urina
"Meu intuito é tornar o diagnóstico médico algo que está nas mãos das pessoas", disse Ingawale à BBC, adicionando que acredita na possibilidade da substituição de aparelhagem médica cara por ferramentas que usam o smartphone para análises.
O app, que estará disponível na loja virtual da Apple por US$ 20 (cerca de R$ 40) no final de março, usa um pequeno tapete (enviado pela empresa aos que comprarem o aplicativo) para compensar as cores geradas por diferentes fontes de luz.
O uCheck detecta os níveis de glicose, proteína e cetona da urina, diz a companhia. Isso ajudaria a definir o equilíbrio entre as diferentes células que devem compor o líquido expelido.
Uma versão para Android também será desenvolvida e deve chegar "em breve", segundo a empresa.
O anúncio foi feito durante uma conferência da organização TED, em Los Angeles.
Anteriormente, a mesma companhia havia lançado uma ferramenta de exame de sangue não invasivo com o intuito de combater a anemia.

Tribunal confirma decisão e Apple deve pagar US$ 368 milhões a empresa do Texas

Uma corte dos EUA confirmou uma decisão datada de novembro do ano passado em que determinou que a Apple pagará US$ 368,2 milhões (cerca de R$ 730 milhões) à empresa VirnetX por violação de patentes.
O juíz federal Leonard Davis, de um tribunal do leste texano, rejeitou um recurso da fabricante do iPhone que solicitava um novo julgamento e determinou que a empresa pague US$ 330 mil por dia até que um acordo entre as duas partes seja encontrado, conforme informações do site especializado em mercado financeiro "Seeking Alpha".
As patentes referem-se à conexão segura entre dois dispositivos, em especial usando o software de videochamada Facetime, e, segundo a decisão do tribunal, são violadas pelo iPhone 5, pelo iPad mini, pelo iPad de quarta geração, pelo iPod touch de quinta geração e por todos os mais recentes computadores Mac.
A soma, segundo a rede britânica BBC, é metade do solicitado durante a ação judicial pela VirnetX, companhia que em 2010 recebeu da Microsoft US$ 106 milhões, também após uma disputa envolvendo patentes.
A companhia, que tem praticamente nenhum produto ou serviço conhecido, ganhou fama por enfrentar grandes empresas tecnológicas na Justiça em busca de dinheiro, sendo classificada por alguns sites como "patent troll" (algo como "monstro de patentes").
Os registros de propriedade intelectual em questão têm os seguintes códigos no USPTO (o escritório de patentes americano): 6.502.135, 7.418.504, 7.921.211 e 7.490.151.

Banco brasileiro lança ferramenta para empréstimos via Facebook

O Bradesco lançou na última terça-feira (26) acesso a crédito via Facebook.
Feito dentro do serviço, o produto permite a clientes do banco a contratação de limite de crédito pré-aprovado.
A ferramenta do Bradesco chamada "F.Banking", para acessar a conta corrente por meio do Facebook
"Clientes que ainda não tem limite pré-aprovado podem preencher uma proposta e enviar a solicitação para tomada de crédito pessoal, cuja avaliação será realizada em sua agência", informou o banco, em comunicado.
As operações realizadas por meio da rede social obedecem um ambiente de segurança do próprio banco, o que garante o sigilo total das informações, pois nada que se faça dentro dele é compartilhado.
O aplicativo também permite consulta a saldo, investimentos e limites de crédito; transferências entre contas do banco; pagamentos de boletos de cobrança; e recarga de celular.

Marisa dá desconto de um centavo em vestido oferecido em 'liquidação' virtual

Um deslize fez a rede de magazines Marisa anunciar como liquidação um desconto de apenas um centavo.
Em um cartaz cor de rosa, descontos de até 60% nas roupas vendidas no saldão de sua página na internet são oferecidos.
Mas a cliente-internauta que se interessar pelo vestido de chiffon preto, com estampa de borboletas, verá que a peça está na seção ponta de estoque por pouco. Muito pouco: no preço cheio sai por R$ 70 e, na temporada de liquidação, passou a custar R$ 69,99.
O desconto, de um centavo, corresponde a um abatimento de 0,014% no valor original do item.
A Marisa, que tem mais de 40 lojas na cidade, diz que o vestido entrou na área de liquidação do site por engano e que o preço da peça e continuará sendo R$ 69,99 (já com um centavo a menos).



Como o computador há 30 anos, a impressora 3D pode ser o eletrodoméstico do futuro

Em seu recente discurso sobre o Estado da União, o presidente Barack Obama mencionou uma tecnologia em ascensão. Ele disse: "Os trabalhadores estão dominando a técnica da impressão 3D, que tem o poder de revolucionar a forma pela qual produzimos quase tudo".
Quando Brook Drumm assistiu a trechos do discurso em sua casa, sentiu vontade de cumprimentar o presidente. Drumm projetou o Printrbot, um kit para impressora 3D. Como alguns outros modelos de impressoras 3D, o seu usa plástico aquecido --aplicado por uma pistola extrusora, camada após camada, sobre uma base aquecida-- a fim de transformar projetos realizados no computador em objetos reais.
Como disse Drumm na campanha que conduziu no site de crowdfunding Kickstarter para capitalizar seu projeto, obtendo mais de US$ 830 mil em 2011, a Printrbot é pequena o bastante para ser posicionada sobre um balcão de cozinha, ao lado da cafeteira elétrica. "O objetivo da companhia", afirmava Drumm em tom ambicioso, "é colocar uma de nossas impressoras em cada casa e em cada escola".
Brook Drumm com impressoras 3D que ele monta em sua casa, em Lincoln, na Califórnia 

A tecnologia para impressão 3D existe há anos, e o presidente Obama estava se referindo às suas aplicações industriais. Mas há uma crescente sensação de que as impressoras 3D podem ser o eletrodoméstico do futuro, da mesma forma que os computadores pessoais o eram 30 anos atrás.
Como os computadores, as impressoras 3D provaram seu valor inicialmente no setor empresarial, custavam uma fortuna, e no começo eram maiores que uma geladeira. Mas, nos últimos anos, modelos mais compactos começaram a emergir, e futuristas e pessoas que adotaram a impressão 3D como hobby agora concebem um mundo no qual alguém que tenha uma ideia de ferramenta para economizar trabalho --ou que perca o ponteiro das horas de seu relógio de cozinha ou a tampa do vidro de xampu-- poderá simplesmente imprimir sua invenção ou uma peça substituta.
Bre Pettis, executivo-chefe da MakerBot, companhia sediada em Brooklyn que lidera o avanço rumo a impressoras 3D voltadas ao consumidor, já viu a tecnologia em uso prático. "Já ouvimos histórias de pessoas que consertaram processadores de alimentos ou suas cafeteiras", ele diz.
Um arquivo de projetos compartilhados administrado pela MakerBot, chamado Thingiverse, no momento tem mais de 36 mil projetos disponíveis para download.
No final do ano passado, a MakerBot abriu o que pode ser a primeira loja dedicada a impressoras 3D, na parte sul de Manhattan. Na loja, modelos de demonstração da Replicator 2, uma máquina esbelta e com estrutura metálica, mais ou menos do tamanho de um micro-ondas e com preço de US$ 2.200, estão em operação constante, imprimindo arquivos criados no Trimble SketchUp ou em outros programas de CAD e produzindo coisas como maquetes ou estojos para smartphones.
Emmanuel Plat, diretor de parcerias comerciais na divisão de varejo do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), disse que, em sua experiência, assistir ao trabalho de uma impressora 3D pode causar um choque de futuro. "Quando as pessoas veem a máquina funcionar, ficam hipnotizadas", afirma.

POTENCIAL E REALIDADE

Mas, apesar de todo o entusiasmo quanto à impressão 3D, continua a existir uma lacuna considerável entre o potencial da tecnologia e sua realidade atual. As cerca de 15 mil pessoas que compraram uma impressora MakerBot são em geral profissionais de design ou pessoas da comunidade dos "makers", cujo hobby é a produção de objetos, e não consumidores comuns, que em muitos casos continuam a enfrentar dificuldades até para programar seus controles remotos.
Drumm adquiriu um kit dois anos atrás porque desejava que sua família fosse "a primeira do quarteirão a ter uma impressora 3D", disse. Depois de montar a máquina, uma tarefa complicada que exigia conhecimento de soldagem, ele e seu filho de seis anos de idade conseguiram imprimir um abridor de garrafa. "Demorou 45 minutos, e ele era bem ruim, mas me senti encorajado", conta Drumm. "Olha só o que conseguimos fazer sem sair da nossa mesa da cozinha!"
É um sentimento que Pettis espera que venha a ser compartilhado por outros pais. Ele aposta que eles comprarão impressoras 3D para os filhos da mesma forma que sua família comprou um computador pessoal Commodore 64, no começo dos anos 80. As máquinas representam o futuro, segundo ele, e, "pelo custo de um laptop", elas oferecem "uma educação para a indústria".
Ainda assim, ao preço de US$ 2.200, uma Replicator 2 custa mais caro que a maioria dos laptops, e na economia estagnada atual é de se imaginar que as famílias encontram usos mais essenciais para esse dinheiro.
Quando estava projetando a Printrbot, essa foi uma das coisas que Drumm tinha em mente. Ele queria que seu kit fosse fácil de montar e que não precisasse de soldagem, diz, mas acima de tudo queria que fosse barato. Decidiu adotar um preço de cerca de US$ 550.
Max Lobovsky, um dos criadores da Form 1, uma impressora de mesa 3D, disse que a impressora 3D caseira está em estágio de evolução semelhante ao dos protozoários. "As máquinas precisam ser mais fáceis de usar, ter maior capacidade e oferecer mais aplicativos para uso em casa. Creio que tudo isso ainda esteja faltando hoje."
Ele e seu sócio, Natan Linder, conceberam a Form 1, vendida por cerca de US$ 3.300, como uma impressora 3D para profissionais, mas com preço acessível. Em setembro, eles obtiveram mais de US$ 2,9 milhões no Kickstarter, o que prova o entusiasmo do mercado pela ideia.

HACKERSPACE

Pode ser só questão de tempo para que as impressoras 3D dividam espaço nas estantes caseiras com o laptop ou o televisor. Mas, no momento, elas são encontradas mais comumente em um hackerspace, tipo de clube onde entusiastas se reúnem para trocar informações e resolver os problemas de máquinas que costumam ser complicadas.
Considere quantos problemas causa uma impressora 2D, com seus bloqueios de alimentação de papel e avisos de tinta baixa. As versões 3D usam plástico quente, e você não pode recorrer ao pessoal da informática do escritório para consertá-las.
O Hack Manhattan conduz um evento semanal chamado 3-D Thursday. Certa noite do mês passado, David Reeves e Justin Levinson, dois sócios do clube, estavam sentados diante de uma impressora que Reeves montou usando projetos disponíveis gratuitamente on-line.
Em um circuito de realimentação perpétua digno de um filme de ficção científica, Reeves, um cientista experimental que gosta de construir engenhocas, estava usando sua impressora 3D para produzir peças para outra impressora 3D.
Levinson, editor da revista "Makeshift", cujo tema são invenções caseiras criativas, diz que consegue pensar em pelo menos um uso prático para uma impressora 3D: o forno da casa está com um queimador quebrado, e já não existem peças de reposição. "Objetos inteiros são inutilizados porque uma porcaria de uma peça plástica quebrou", ele diz. Se for possível imprimir um sobressalente, "o ciclo de vida dos objetos pode ser alongado".
Mas Levinson ainda não tem uma impressora 3D em casa, e talvez seja inteligente de sua parte não comprar uma delas por enquanto.
Outro dos associados do clube, Jim Galvin, programador de iluminação para produções de cinema e TV, diz ter gasto quase US$ 1.000 em uma Cupcake, um dos primeiros modelos de impressora 3D da MakerBot. Ela funcionou para imprimir um suporte de iPhone para uso em seu carro. Mas ele se queixa: "Tudo que imprimi, precisei imprimir pelo menos oito vezes até acertar". E a Cupcake enguiçava frequentemente. "Acabei virando mecânico de impressoras 3D, e não era isso que eu queria ser."
Fica claro que, a despeito dos desafios técnicos e dos custos, todos os presentes estavam tão entusiasmados com a nova tecnologia quanto Galvin. Ao longo da noite, eles conversaram sobre os diversos tipos de plástico, trocaram dicas sobre funcionamento e falaram sobre novos desdobramentos que viram ou sobre os quais ouviram e sobre como a impressão 3D vai gerar a revolução que Obama previu em seu discurso.
Se você fechasse os olhos, poderia quase se imaginar em uma sala do Vale do Silício nos anos 70, ouvindo as conversas dos pioneiros da programação de computadores que cantavam as virtudes dos computadores pessoais. E todos nós sabemos aonde isso nos levou.
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AS MÁQUINAS

Há dezenas de modelos de impressoras para que os compradores escolham, hoje em dia. Pedimos a David Reeves, do clube Hack Manhattan, que criou uma impressora 3D e experimentou diversos modelos, que dissesse o que pensa sobre algumas.
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REPLICATOR 2, DA MAKERBOT

CUSTO Cerca de US$ 2.000
O QUE VOCÊ PRECISA SABER A impressora ideal é a que pode imprimir rápido sem sacrificar a qualidade. A qualidade de impressão da Replicator 2, segundo Reeves, é melhor que a de qualquer outra máquina que ele tenha usado. Embora a publicidade afirme que ela pode ser usada como vem, na caixa, Reeves afirmou que a que ele experimentou precisou de ajustes de software. Além disso, o preço é meio salgado.
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PRUSA MENDEL

CUSTO Cerca de US$ 750
O QUE VOCÊ PRECISA SABER A Mendel surgiu do projeto RepRap, uma iniciativa de fonte aberta cujo objetivo era criar uma impressora 3D barata e capaz de se reproduzir. Reeves construiu sua Mendel com componentes comprados on-line e disse que ela vem se provando muito durável. Talvez o melhor sobre ela é que o design é atualizado frequentemente --os proprietários podem baixar os arquivos gratuitamente e imprimir peças novas.
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FORM 1

CUSTO Cerca de US$ 3.300
O QUE VOCÊ PRECISA SABER A Form 1 foi um projeto de imenso sucesso no Kickstarter e talvez seja a impressora 3D de aparência mais bacana do mercado. Usa tecnologia diferente das demais impressoras (chamada estereolitografia, para produzir impressões de maior resolução usando laser, segundo a companhia), e isso explica o preço alto. Reeves diz que não conhece a Form 1 o bastante para oferecer opinião, ainda que tenha dito que ela vem pronta para operar, e não em forma de kit. "São máquinas complexas, com hardware e software complexos", disse Reeves, acrescentando que montar uma impressora sem ajuda "pode ser frustrante até para quem está acostumado com isso".
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PRINTRBOT JR., DA PRINTRBOT

CUSTO Cerca de US$ 400
O QUE VOCÊ PRECISA SABER Um dos membros do Hack Manhattan tem uma Printrbot Jr., e Reeves se declara "realmente impressionado com a qualidade de impressão". O preço também é atraente para os iniciantes, assim como o tamanho compacto (ela é fácil de transportar). Um lado negativo para quem não está acostumado a lidar com esse tipo de máquina é que ela é vendida como kit; outro é que o tamanho do leito limita o tamanho dos objetos que se pode imprimir com a Printrbot Jr.