sábado, 31 de março de 2012

China prende seis e fecha 16 sites após boatos de golpe

A polícia chinesa prendeu seis pessoas e fechou 16 sites de internet em meio à disseminação de rumores pela rede de que veículos militares estariam nas ruas de Pequim, segundo anunciaram fontes oficiais neste sábado.
As mensagens que sugeriam um possível golpe militar em curso, sem nenhuma evidência, repercutiram na última semana em alguns meios de comunicação internacionais, num momento de tensão por conta da recente demissão do prefeito da cidade de Chongqing, Bo Xilai, um dos políticos mais populares do país.
Bo foi retirado de seu cargo após o chefe da polícia da cidade, que tem cerca de 30 milhões de habitantes, ter buscado refúgio no consulado americano, supostamente após ter iniciado uma investigação sobre familiares do prefeito.
Desde então, uma série de acusações vêm sendo divulgadas contra Bo. No início da semana divulgou-se a informação de que o governo do Reino Unido teria pedido às autoridades chinesas que reabrissem as investigações sobre a morte do empresário britânico Neil Heywood, supostamente amigo próximo do ex-prefeito.
NOVELA
A novela política em torno de Bo Xilai representa a maior crise política enfrentada pelos líderes chineses em vários anos.
O país se prepara para iniciar o processo de mudança na liderança do país, num ritual que ocorre apenas uma vez a cada dez anos. A demissão de Bo Xilai, considerado até então um dos favoritos para promoção no politburo do Partido Comunista, sugere uma feroz batalha de bastidores pelo controle do partido.
Antes das prisões e dos fechamentos de sites anunciados neste sábado, os censores chineses já vinham bloqueando as buscas por termos ligados a Bo.
O departamento do governo que controla a internet no país afirmou que os rumores sobre golpe eram "uma influência muito negativa sobre o público".
Dois populares serviços de microblogs no país - Sina Weibo e Tencent Weibo, semelhantes ao Twitter - interromperam temporariamente os comentários sobre posts de outros usuários.
Segundo eles, os comentários ficarão desativados entre este sábado e a terça-feira para que eles possam "agir para interromper a disseminação de boatos".
Um porta-voz do departamento de internet afirmou à agência Xinhua que os dois serviços foram "criticados e punidos de acordo".
Ele afirmou ainda que várias outras pessoas foram "advertidas ou educadas".
ESTABILIDADE SOCIAL
A ação das autoridades chinesas contra as supostas fontes dos rumores de golpe mostram uma forte preocupação das autoridades chinesas em manter a estabilidade em um momento de transição política e de desaceleração econômica no país.
O correspondente da BBC em Pequim Michael Bristow observa que os fóruns na internet e os microblogs são talvez o único foro no qual os cidadãos chineses podem expressar livremente suas visões, e muitos deles fazem isso anonimamente.
Ele observa que em um país onde as informações oficiais são escassas, os boatos ganham uma força que provavelmente não teriam em outros lugares.
Em um editorial, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista, afirmou que "os boatos na internet e as mentiras embaladas como 'fatos' transformam as conjecturas em 'realidades', alimentam a confusão online e perturbam as mentes das pessoas".
"Se forem deixados fora de controle, eles perturbarão seriamente a ordem social, afetarão a estabilidade social e farão mal à integridade social", complementa o jornal.

Corte de jornada na Foxconn gera preocupação entre operários

Quando a operária chinesa Wu Jun foi informada de que seu empregador, a gigante da produção terceirizada de eletrônicos Foxconn, havia feito concessões históricas aos trabalhadores, sua reação não foi de triunfo, mas de preocupação.
Wu, 23 anos, é uma entre as dezenas de milhares de migrantes de regiões rurais pobres da China que operam as linhas de produção da fábrica da Foxconn em Longhua, no sul do país, que monta produtos por encomenda para a Apple e para outras multinacionais.
As concessões da Foxconn, entre as quais a redução nas horas extras trabalhadas por seu 1,2 milhão de funcionários na China, sem redução de renda, foram apoiadas pela Apple, que vem enfrentando críticas e recebendo atenção da mídia por falhas na segurança do trabalho e pelo uso de operários relativamente mal pagos para produzir celulares, computadores e outros aparelhos de alto preço.
Tim Cook (de amarelo) visita linha de produção de iPhone em nova fábrica da Foxconn na China
Mas, nos portões da fábrica da Foxconn, muitos operários não pareciam convencidos de que o corte nas horas trabalhadas não resultará em queda de salário. Para alguns operários chineses, que obtêm a maior parte de sua renda com longos períodos de horas extras, a ideia de trabalhar menos e ganhar o mesmo não parece natural.
"Estamos preocupados com a possibilidade de receber menos. É evidente que, se eu trabalhar menos horas extras, isso significa menos dinheiro", disse Wu, 23, originária da província de Hunan, no sul da China.
A Foxconn anunciou que reduzirá sua jornada semanal de trabalho para 49 horas, incluindo horas extras.
"Estamos aqui para trabalhar, e não brincar, e por isso nosso salário é muito importante", disse Chen Yanei, 25, operária da Foxconn também oriunda de Hunan, que disse trabalhar na fábrica há quatro anos.
"Fomos informados de que só poderemos fazer um máximo de 36 horas extras ao mês, e posso dizer que muita gente não gostou. Para nós, 60 horas extras ao mês seria razoável, e 36 muito pouco", acrescentou. Chen disse que, no momento, seu salário é de pouco mais de 4.000 yuan ao mês (R$ 1.156).
A Foxconn é um dos maiores empregadores dos 153 milhões de trabalhadores rurais chineses que trabalham longe de suas regiões de origem. Comparadas às instalações de empresas locais, dizem os operários, suas vastas fábricas são mais limpas e seguras e oferecem mais recreação.

Som 3D em home theater vai bem, mas não é fundamental

As TVs 3D ainda não decolaram totalmente no Brasil, mas já é possível turbinar a experiência de assistir a programas em três dimensões no sofá de casa. É o caso do novo home theater da LG, o modelo HX906TXW, que oferece tecnologia de som 3D.
O sistema, de 5.1 canais com reprodutor de Blu-ray, funciona com a adição de um alto-falante no topo de quatro das cinco caixas acústicas do aparelho -as frontais e as traseiras (surround).
A Folha testou em primeira mão o conjunto que chega às lojas neste mês. Ao ativar o recurso de 3D, o alto-falante direcionado ao teto é acionado, e o som gerado pelo home theater preenche o ambiente de maneira homogênea. O ouvinte não percebe exatamente de onde vem o som, o que amplia a sensação de imersão na cena.
O recurso funciona bem, mas não é vital para obter um bom áudio. Mesmo com o 3D desativado, o sistema da LG não decepciona: apesar de compacto, o conjunto garante frequências bem definidas e pressão sonora na medida. Mesmo em volumes altos, não há distorções.
O som em 3D é um adicional que faz diferença na reprodução de vídeos da internet ou de DVDs. Mas, ao reproduzir um filme em Blu-ray -cujo áudio surround já é de excelente qualidade-, é melhor deixar o 3D desligado e saborear as nuances do sistema 5.1 como foram imaginadas pelo diretor.



SISTEMA ESPERTO
As várias entradas e os recursos on-line fazem do conjunto uma boa alternativa para quem não possui uma TV conectada à internet.
Pela entrada USB frontal, é possível reproduzir músicas, fotos e vídeos armazenados em pen drives ou HDs externos. E a lista de arquivos compatíveis é enorme.
Equipado com conexão Wi-Fi, o aparelho acessa na web os serviços de vídeo sob demanda Netflix, NetMovies e Saraiva Digital. E também navega na loja de aplicativos da LG, com cerca de 300 opções.
A peça central do home theater tem o mesmo tamanho de um reprodutor de Blu-ray e não polui o ambiente.
Mas não dá para dizer o mesmo das caixas acústicas tipo torre. Produzidas em plástico preto brilhante, elas têm 1,3 m de altura. Parecem candelabros gigantes e pesam no ambiente de qualquer sala de televisão.
Um diferencial importante é que as caixas acústicas traseiras não precisam ser conectadas à peça central. Basta ligá-las a uma base, que recebe o áudio por Bluetooth.
O sistema da LG é indicado para quem busca uma solução completa de home theater e topa investir muito. Com preço sugerido de R$ 3.999, é o aparelho mais caro entre seus similares, mas estes não oferecem o áudio 3D.
O sistema HT-D6750WK/ZD, da Samsung, tem especificações muito parecidas e custa R$ 3.800. Já o Sony DV-E985W, com potência de áudio inferior, é encontrado nas lojas por R$ 2.500.
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TECPÉDIA - O SOM NO HOME THEATER
SURROUND
Define sistemas de áudio multicanal em que caixas acústicas são espalhadas para criar maior imersão sonora em um ambiente.
CAIXA CENTRAL
Posicionada abaixo ou acima do televisor, é responsável por reproduzir frequências intermediárias, como diálogos dos filmes ou a voz do cantor.
CAIXAS FRONTAIS
Respondem pelos canais esquerdo e direito. Devem ser posicionadas ao lado da TV para ampliar a imersão sonora em filmes. Para músicas, atuam com um sistema estéreo.
CAIXAS SURROUND
Posicionadas atrás dos telespectadores, as caixas surround completam a experiência de imersão. Numa cena de batalha, é possível ouvir o som por todos os lados.
SUBWOOFER
Responsável pela reprodução das frequências graves, como o ronco de um motor.
TWEETER
É um alto-falante responsável pelas frequências mais altas, como gritos e zunidos.
PROCESSADORES DE ÁUDIO
O áudio dos discos de Blu-ray, dos DVDs e dos vídeos digitais é codificado. Os filmes em Blu-ray podem ser codificados em Dolby TrueHD ou DTS-HD, formatos que preservam o áudio em HD sem compressão.





sexta-feira, 30 de março de 2012

Google planeja lançar tablet com sua marca ainda em 2012

A empresa californiana Google planeja lançar no mercado um tablet com sua marca em uma tentativa de impulsionar as vendas dos dispositivos equipados com tecnologia Android frente à hegemonia do iPad, segundo informou nesta quinta-feira o "Wall Street Journal".
O produto, que não foi confirmado pelo Google, será vendido através da internet da mesma forma que fazem a Apple e a Amazon, segundo fontes do jornal.
Como parte dessa estratégia, o Google porá sua marca nesses novos tablets, mas delegará a fabricação a seus sócios tecnológicos atuais como Samsung e Asustek, que seria uma das primeiras empresas a lançar um destes dispositivos, embora essa informação também não tenha sido confirmada oficialmente.
O Google deve apresentar a próxima versão de seu sistema operacional para dispositivos móveis no meio deste ano, um software chamado Jelly Bean, em um evento que poderia usar também para lançar sua nova loja na internet.
O "The Wall Street Journal" indicou ainda que o Google considera a possibilidade de subvencionar parte do custo dos tablets que vender no futuro para competir com a Amazon e seu Kindle Fire, vendido a US$ 199, quase a metade do preço do Samsung Galaxy Tab de sete polegadas.
Não é a primeira vez que Google tenta vender dispositivos móveis com sua marca. Em 2010, a empresa se associou com a HTC para fabricar o telefone Nexus One com tecnologia Android, mas desistiu meses depois em vista do sucesso comercial dos celulares com Android.

Para fugir de tarifas, empresas trocam Google Maps por serviços rivais

Quando é hora de oferecer mapas on-line aos seus usuários, algumas empresas vêm abandonando o Google Maps e optando por territórios menos conhecidos.
Nos sete anos desde seu lançamento, o serviço de mapas viários, fotos via satélite e fotos de rua oferecido pelo Google conquistou o domínio no segmento de mapas on-line, ultrapassando predecessores como o MapQuest, da AOL. De acordo com a comScore, 71% dos 91,7 milhões de pessoas que procuraram mapas on-line em fevereiro, nos Estados Unidos, recorreram ao Google Maps.
No entanto, existem sinais de que o domínio do Google esteja sofrendo ataque --e as atitudes da empresa podem ser parte da causa.
San Francisco em mapas do Google Maps (esq.) e do OpenStreetMap
Muitos sites incorporam o Google Maps às suas páginas, para identificar a localização de imóveis à venda ou mostrar vias esburacadas. O Google já vinha cobrando de seus maiores usuários uma taxa de serviço que pode chegar às centenas de milhares de dólares anuais. Mas, em outubro, anunciou que começaria a cobrar de sites menores cujos usuários gerassem a média de 25 mil visitas diárias a mapas durante um período de um trimestre. Muitos sites independentes de internet, dos quais o Google depende para a popularidade de seus produtos, se rebelaram diante da mudança.
"Se você é um site cujo objetivo é colocar uma pizzaria no mapa, isso não é problema, mas se você está tentando criar uma marca relacionada a mapeamento, a questão se torna séria", disse James Fee, vice-presidente de divulgação da WeoGeo, que oferece dados de localização. "O Google afirma que a mudança afetará um número muito pequeno de usuários, mas ouvi dizer que afetará 30% ou 40% das pessoas que realmente dependem de mapas para seus negócios. O custo mensal pode ser de dezenas de milhares de dólares."
No final de fevereiro, o Foursquare, uma rede social com serviços de localização, anunciou que seu site deixaria de usar o Google Maps e o substituiria pelo OpenStreetMap, um serviço de mapas criados por usuários, montado e administrado da mesma maneira que a Wikipédia. Em post no blog da empresa, o Foursquare informou que o aumento de preços do Google havia causado a mudança.
A nova versão da Apple para seu aplicativo iPhoto, usado no iPhone e iPad, também emprega dados do OpenStreetMap, ainda que a companhia utilize diversas fontes de mapas, especialmente o Google, em seus demais produtos. O Nestoria, um serviço de busca de imóveis, também anunciou que trocaria o Google pelo OpenStreetMap por conta do preço.
De acordo com a comScore, o OpenStreetMap tem tráfego minúsculo. O Google Maps recebeu 65 milhões de visitantes em fevereiro, 16% acima do total do período um ano antes. O MapQuest teve 35 milhões, queda de 13%. O Bing Maps, da Microsoft, ficou em terceiro, com 9 milhões de usuários, um avanço de 18%.
Ainda assim, o envolvimento de empresas como o Foursquare parece estar melhorando a qualidade do OpenStreetMap, porque os colaboradores do serviço ganharam ímpeto. "Estamos conquistando muita atenção por isso", disse Steve Coast, fundador do OpenStreetMap, que disse que sua organização tinha 500 mil usuários registrados.
Coast continua no comando do OpenStreetMap, mas, 16 meses atrás, começou a trabalhar para a Microsoft, que parece estar apoiando o serviço como forma de ajudá-la a combater o domínio do Google. Embora tenha recusado responder sobre seu trabalho no Bing Maps, pessoas dizem que Coast está desenvolvendo software de fonte aberta que tornaria mais fácil o uso do OpenStreetMap pelos criadores de aplicativos. (O Foursquare obtém seus mapas de um intermediário chamado MapBox.) Embora o Google tenha doado dinheiro ao OpenStreetMap para conferências, no passado, a Microsoft doou dados cartográficos muito mais valiosos para o projeto.
O Google parece estar contra-atacando. Ele anunciou dois novos sites que encorajam criadores de aplicativos de todos os níveis de competência a utilizar seus mapas para serviços de localização e software para celulares. Um dos sites oferece instruções de direção fáceis para chegar a um endereço, e o outro é uma galeria de coisas que as pessoas criaram usando o Google Maps.
O Google recusou um pedido de entrevista sobre o assunto. O porta-voz da empresa, Sean Carlson, afirmou em e-mail que a cobrança "tem por objetivo encorajar o uso responsável" dos dados cartográficos e "garantir seu futuro em longo prazo, ao mesmo tempo em que a vasta maioria dos criadores de aplicativos não seja afetada". Ele acrescentou que o tráfego e o número de sites que usam o Google Maps continuam a crescer desde que os novos preços foram anunciados.
Paris é exibida no Google Maps em escritório da empresa em Los Angeles; preço do serviço assusta empresas
O Google tem preocupações que vão além de rebeliões quanto a preço e alternativas de fonte aberta. Com o crescimento no número de usuários da internet via aparelhos móveis, serviços de localização se tornaram essenciais para muitas das maiores empresas do setor, e todas elas estão dedicando recursos consideráveis a mapas.
Em janeiro, 52 milhões de pessoas acessaram mapas com seus smartphones, 67% acima do total do período em 2011, de acordo com a comScore. O Google lidera, com fatia de 67%, mas o mercado ainda é jovem. Até o Foursquare continua a usar o Google em seus aplicativos móveis, ainda que um executivo da empresa tenha dito que isso pode mudar.
O Google foi além das instruções de acesso para motoristas e começou a mapear o interior de aeroportos e shopping centers. A Microsoft está criando mapas que informam a altura de edifícios e se as lojas do térreo têm filas longas, com base nos comentários de consumidores em redes sociais.
"Estamos chegando ao ponto de onipresença das informações de localização", disse Stefan Weitz, diretor-sênior do serviço de buscas Bing, da Microsoft, que inclui mapas. "Nosso objetivo agora é desenvolver melhores maneiras de descrever o mundo físico", com dados de usuários e fontes independentes, disse. "Os mapas ficam relativamente estáticos, e você tem capacidade de oferecer serviços aumentados em todo lugar", com dados mutáveis sobre horários e condições, e mais preferências individuais, disse Weitz.
A Nokia, que em 2008 pagou US$ 8,1 bilhões por uma companhia de mapas eletrônicos chamada Navteq, está trabalhando em aplicativos para celulares que usam mapas e informam a um passageiro a que horas precisa sair de casa para apanhar seu trem. O aplicativo computaria os horários dos trens, o atraso do dia, a rota preferida do passageiro e avisaria alguns minutos antes do horário em que você precisa sair. A Microsoft formou uma parceria com a Nokia para aplicativos móveis e recentemente lançou ferramentas que permitem que programadores criem aplicativos de mapeamento para o sistema operacional Windows 8.
Como os negócios da Apple giram cada vez mais em torno do iPhone e iPad, a empresa fez diversas aquisições relacionadas a mapas, entre as quais a da Poly9, que produz um pequeno mas poderoso mapa tridimensional da Terra, e a da C3, que permite buscas tridimensionais nas ruas de uma cidade. Outra aquisição da Apple, a Placebase, tem produtos que inserem dados de terceiros, como classificações de restaurantes, em um mapa. A Apple ainda não combinou esses serviços em um produto único capaz de enfrentar os muitos recursos do Google.
Até mesmo uma organização veterana do mapeamento comercial, o Instituto de Pesquisa de Sistemas Ambientais, criado 42 anos atrás, está entrando no jogo. No mês que vem, o instituto, que vende cerca de US$ 1,2 bilhão anual em software de produção de mapas para agências do governo, redes de varejo e companhias de infraestrutura, passará a oferecer acesso por assinatura a mapas submetidos por usuários. A ideia é que criadores de aplicativos insiram todo tipo de novos dados para computadores e celulares, nesses mapas.
"Há centenas de milhares de mapas que as pessoas subirão para que sejam compartilhados aqui", disse Jack Dangermond, fundador e presidente do instituto, que admite que é estranho estar subitamente na ponta mais aguçada do mercado. "Trabalho nisso há anos", diz. "A web está dando vida nova ao meu trabalho. A cartografia e o pensamento geográfico agora são bacanas".

quinta-feira, 29 de março de 2012

Paraty recebe a primeira edição da Virada Digital

Foi lançada nesta quinta-feira no Circo Voador, no Rio, a primeira Virada Digital. Assim como as homônimas Virada Cultural e Virada Esportiva, o evento propõe 72h ininterruptas de atividades gratuitas ligadas a inovação, interatividade e sustentabilidade, para agradar tantos os amantes da tecnologia como os curiosos.
Com um quê de Campus Party, as ações serão concentradas em Paraty (RJ) nos dias 11, 12 e 13 de maio e transmitidas ao vivo em "hubs" -- terminais interativos digitais, criados especialmente para o evento --instalados nos Arcos da Lapa, no Rio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, e ao lado Museu de Arte Moderna, em Brasília.
"É um grande encontro de conhecimento", explica o diretor executivo da Virada, Roberto Andrade. "A população vai poder mexer, entender e se aproximar da tecnologia."
Entre as atrações destacam-se demonstrações e experimentos na área de novas tecnologias, além de oficinas e palestras com estudiosos de diversas partes do mundo.
Depois de passar por Paraty, a Virada volta de forma itinerante em novembro quando planeja percorrer em seis meses, em formato de caravana, as 12 cidades brasileiras que irão receber a Copa, voltando novamente ao Rio em maio de 2013 para a segunda edição do evento.
O projeto encerra em maio de 2014, quando volta as cidades que receberão a Copa, dessa vez para uma Virada Digital simultânea.

Apple e Foxconn prometem melhorar condições de trabalho em fábricas

Em um marco para o modo como as companhias do Ocidente fazem negócios na China, a Apple informou nesta quinta-feira (29) que concordou com seu parceira Foxconn em melhorar substancialmente as condições de trabalho nas fábricas que produzem seus aparelhos mais populares.
A Foxconn --que faz dispositivos como o iPhone e o iPad-- vai contratar dezenas de milhares de novos trabalhadores, melhorar condições de segurança e outros benefícios.
Trata-se de uma resposta a uma das maiores investigações já conduzidas sobre as operações de uma companhia norte-americana no exterior. A Apple concordou com a investigação independente da FLA (Fair Labor Association) diante de críticas de que sua produção era baseada no trabalho de chineses em condições questionáveis.
Tim Cook (de amarelo) visita linha de produção de iPhone em nova fábrica da Foxconn na China
A associação, após ouvir mais de 35 mil empregados da Foxconn em três fábricas, disse que havia múltiplas violações às leis do trabalho, incluindo excesso de horas trabalhadas e plantões não remunerados.
A Apple, empresa mais valiosa do mundo, e a Foxconn, maior empregadora do setor privado chinês e principal contratada para manufaturar produtos Apple, são tão dominantes na indústria global da tecnologia que o acordo firmado entre ambas provavelmente terá um impacto substancial em todo o setor.
As condições de trabalho em muitas fabricantes na China que abastecem o Ocidente são consideravelmente piores do que aquelas da Foxconn.
"A Apple e a Foxconn são obviamente as duas maiores no setor, e a união delas para uma mudança realmente deve definir um novo padrão (de relações de trabalho) para o restante do setor", disse o presidente da FLA, Auret van Heerden, à Reuters.
Mais imediatamente, o acordo Apple-Foxconn vai elevar os custos para outras fabricantes do Ocidente com contratos com chinesas, incluindo nomes como Dell, HP, Amazon, Motorola, Nokia e Sony.
E provavelmente resultará em preços maiores dos produtos aos consumidores, embora o impacto possa ser limitado, considerando que os custos trabalhistas são uma fração pequena de todo o dinheiro necessário para fabricação de produtos de alta tecnologia.
Funcionários trabalham em fábrica da Foxconn na província chinesa de Guangdong
A Foxconn disse que vai reduzir a carga horária para 49 horas por semana, incluindo horas-extra, ao mesmo tempo em que manterá a remuneração atual. A auditoria da FLA descobriu que durante os picos de produção a carga chegava a superar 60 horas semanais, em média.
Para manter a produção no mesmo ritmo, a Foxconn vai contratar dezenas de milhares de novos empregados, além de construir mais casas e refeitórios para os trabalhadores.
O executivo-chefe da Apple, Tim Cook, que críticos da companhia esperavam que anteciparia uma era mais aberta e mais transparente na empresa após assumir o cargo que era de Steve Jobs, tem mostrado boa vontade em lidar com as críticas globais.
O relatório da FLA marca a primeira fase da investigação de fornecedores da Apple na China. Com 1,2 milhão de funcionários, a Foxconn --afiliada da Hon Hai Precision Industry, de Taiwan-- é de longe a maior e mais influente parceira da Apple.

Mark Zuckerberg, do Facebook, encontra primeiro-ministro do Japão

Durante visita ao Japão, o fundador e executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, se reuniu nesta quinta-feira (29) com o primeiro-ministro do país, Yoshihiko Noda, que ressaltou a utilidade das redes sociais após a catástrofe de 11 de março.
Um porta-voz do escritório do primeiro-ministro japonês disse à Efe que Noda elogiou durante a reunião a eficácia de ferramentas como o Facebook para conhecer o estado dos afetados pelo terremoto e pelo tsunami que devastaram o nordeste do Japão em 2011.
Mark Zuckerberg encontra o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, em Tóquio
Vestido com traje escuro, pouco habitual para ele, Zuckerberg explicou a Noda os testes que sua empresa realizou no Japão em fevereiro de seu chamado Disaster Message Board, uma nova função que permite ao usuário notificar a todos seus contatos da rede social que se encontra são e salvo quando acontece um desastre.
Noda expressou esperança de que o Facebook possa contribuir à emissão de informações para a prevenção de catástrofes.
O chefe do governo japonês também comentou a Zuckerberg que seu escritório abriu uma conta no Facebook que permite comunicar uma grande quantidade de informações sobre o Japão ao exterior.
Noda fez um comentário divertido quando cumprimentou o executivo-chefe do Facebook, ao dizer como é estranho conhecê-lo pessoalmente após ter visto o filme "A Rede Social", que relata a criação da empresa de Zuckerberg.
O empresário e programador americano, que visita Tóquio para apresentar uma oficina no evento Mobile Hack, com o objetivo mostrar aos desenvolvedores as possibilidades da plataforma para celulares do Facebook, já esteve em 2008 no país asiático para promover sua empresa.

Pequim pede a Apple que tenha cuidado com empregados

O vice-primeiro-ministro e provável futuro chefe de governo chinês, Li Keqiang, afirmou ao executivo-chefe da Apple, Tim Cook, que as empresas estrangeiras na China devem ter cuidado com seus empregados, informa o jornal "China Daily".
A marca americana tem sido criticada por várias ONGs nos Estados Unidos e na China por não acompanhar de perto as condições de trabalho impostas pelas empresas terceirizadas aos funcionários chineses.
Tim Cook, executivo-chefe da Apple, e o vice-premiê chinês, Li Keqiang, durante encontro em Pequim
A rigidez das condições de trabalho foi revelada após uma série de suicídios em 2010 na Foxconn, uma das principais empresas contratadas pela Apple e por outros fabricantes internacionais de tecnologia.
"As multinacionais devem cuidar mais dos trabalhadores", afirmou Li, de acordo com o jornal em língua inglesa.
Procurada pela France-Presse, a Apple não comentou a informação.
Li Keqiang, que se reuniu com Cook na terça-feira (27) em Pequim, deve suceder em março de 2013 Wen Jiabao como primeiro-ministro.
O vice-premiê também afirmou a Cook que a propriedade intelectual da Apple será protegida na China, onde a empresa trava uma batalha jurídica contra a local Proview Technology, que afirma ter os direitos sobre o nome iPad no mercado chinês.

MercadoLivre vê mais investimentos e concorrência na América Latina

A empresa de comércio eletrônico MercadoLivre prevê uma aceleração dos investimentos e da concorrência nos próximos anos na região, devido à chegada de novos atores globais, disse o vice-presidente operacional da companhia, Stelleo Tolda.
A América Latina, com um sólido crescimento econômico e rápida expansão do acesso à internet, está atraindo empresas globais de tecnologia, como o site de compras coletivas Groupon e o de filmes on-line Netflix.
Segundo a imprensa brasileira, a gigante norte-americana Amazon pretende desembarcar neste ano no país, maior mercado da região.
"Há mais atenção para a América Latina. A região não tinha historicamente uma posição destacada no jogo global, mas isso tende a mudar, particularmente liderado pelo Brasil", disse Tolda à Reuters em São Paulo.
"Essa combinação de um mercado grande com forte crescimento sem dúvida atrai 'players' globais... É de se esperar mais investimentos, mais concorrência e um maior nível de exigência do consumidor com relação ao que ele espera das empresas de tecnologia."
O comércio eletrônico na América Latina cresce a uma média de 27% ao ano, segundo a consultoria norte-americana IDC.
O Brasil concentra 60% das transações latino-americanas pela internet, seguido por México (12%), Chile (5%), Argentina, Venezuela (4% cada) e Colômbia (2%), segundo estudo da Visa e da América Economia.
Os principais motores do comércio eletrônico são o aumento da penetração da internet, o surgimento de uma classe média emergente e a agressiva expansão do uso de smartphones.
O MercadoLivre, que domina o mercado regional com 65,8 milhões de usuários registrados no final de 2011, disse não se sentir pressionado com a chegada de rivais como a Amazon.
"Não nos guiamos nem alteramos nossa estratégia por causa de um competidor ou outro", disse Tolda. "O mundo do comércio eletrônico é um mundo já globalizado, e os desafios que temos são maiores que no passado."
A empresa divulgou em fevereiro que teve um lucro de US$ 76,8 milhões em 2011, crescimento de 37% em relação ao ano anterior. E, segundo o executivo, a intenção é não tirar o pé do acelerador.
"Esperamos crescer tanto quanto for o crescimento do comércio eletrônico na região neste ano. A expectativa é em torno de 30%."
Uma pesquisa publicada na quarta-feira (28) indica que o MercadoLivre está se transformando em uma plataforma para vendedores profissionais. O estudo da consultoria Nielsen revelou que cerca de 134 mil pessoas na América Latina vivem de negócios fechados pelo MercadoLivre.
"Eles representam um percentual baixo do total, mas movimentam quase metade do volume de negócios realizados no site", disse Tolda.

Tim Cook, chefe da Apple, visita fábrica da Foxconn na China

Na primeira viagem à China como executivo-chefe da Apple, Tim Cook visitou uma fábrica de iPhones operada pela Foxconn, acusada de condições de trabalho impróprias.
A China é o maior mercado mundial de telefonia móvel e já é o segundo mais importante para a Apple, mas o crescimento da companhia no país enfrenta obstáculos que variam de uma disputa pela marca iPad às condições de trabalho dos operários locais.
Imagens datadas de 28 de março e enviadas à Reuters mostram Cook sorrindo durante um encontro com operários no Zhengzhou Technology Park, um complexo recentemente inaugurado pela Foxconn na província de Hebei. O complexo emprega 120 mil pessoas, de acordo com o material de divulgação.
Tim Cook (de amarelo) visita linha de produção de iPhone em nova fábrica da Foxconn na China
A Foxconn é parte importante da cadeia mundial de suprimento da Apple e monta a maior parte dos iPads e iPhones, mas foi prejudicada por uma série de suicídios de trabalhadores nos últimos anos, creditados por grupos ativistas às duras condições de trabalho.
Cook tomou o comando da Apple em agosto, devido à doença de Steve Jobs, que viria a morrer em outubro. O itinerário guardado a sete chaves incluiu encontros com o vice-primeiro-ministro, Li Keqiang, e com o prefeito de Pequim, além de visita a uma das duas lojas da Apple na capital chinesa.
Na quarta-feira, a imprensa estatal noticiou que o vice-primeiro-ministro da China havia prometido a Cook que o país reforçaria os esforços de defesa da propriedade intelectual.
"Estar mais aberto ao mundo exterior é condição para que a China transforme seu desenvolvimento econômico, expanda a demanda interna e conduza inovação tecnológica", declarou o vice-primeiro-ministro, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua.
A Apple tem parcerias com a China Telecom e a China Unicom para a venda do iPhone; a China Mobile, maior companhia do setor no país, está negociando distribuir o aparelho.
A Apple está envolvida há algum tempo em uma disputa com a Proview, empresa de tecnologia de finanças modestas que alega ter registrado a marca iPad. O processo está correndo nos tribunais chineses e pode interromper as vendas do iPad.

Austrália mantém decisão de excluir Huawei de concorrências

A primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, aprovou a decisão de proibir a fabricante chinesa Huawei de concorrer a grandes contratos do governo, mesmo depois de Pequim ter se mostrado preocupada com o tratamento às empresas do país.
A Austrália proibiu a fabricante de equipamentos para telecomunicação de participar das concorrências para a criação da rede australiana de banda larga de alta velocidade, a NBN, um projeto de US$ 38 bilhões, devido a preocupações de segurança não especificadas.
Gillard disse a jornalistas que manterá a decisão, que segundo ela não contraria as regras do comércio internacional; a premiê mencionou as regras que a própria China impõe para investimento no setor de telecomunicações.
"Tomamos decisões em defesa do interesse nacional. Tomamos decisões que é nosso direito tomar", disse Gillard. "Qualquer acusação de que elas representam violação das normas comerciais simplesmente não procede", afirmou.
"Sei que a China mesma tem posições estabelecidas quanto ao seu setor de telecomunicações e ao ingresso de estrangeiros, além de adotar uma abordagem especial quanto a permitir investimento estrangeiro nessa área", disse.
A Huawei negou que seja um risco de segurança tecnológica e afirmou que ainda tem esperança de conquistar contratos relacionados à NBN.
Na quarta-feira, o Ministério do Exterior chinês pediu ao governo australiano que concedesse acesso justo de mercado às companhias da China.
"Esperamos que as autoridades australianas ofereçam às companhias chinesas um ambiente de mercado justo e livre de discriminação, em vez de obstruírem as operações normais de empresas chinesas na Austrália em nome de uma suposta segurança", disse o porta-voz do ministério, Hong Lei.
O secretário do Tesouro australiano, Wayne Swan, declarou a repórteres na quarta-feira que o problema com a Huawei não prejudicaria as relações com o maior parceiro comercial do país.
A Huawei informou na quarta-feira que suas operações australianas continuavam a operar normalmente, depois da decisão de excluí-la do projeto NBN.
"Não temos indicação de que outros projetos tenham sido analisados", disse o porta-voz da companhia no país, Luke Coleman, à Reuters.

Murdoch nega acusações de sabotagem a adversários na Austrália

O magnata Rupert Murdoch afirmou nesta quinta-feira que são mentiras e calúnias as afirmações da imprensa australiana e britânica, que acusam seu grupo de ter pirateado e sabotado a concorrência da tv paga na Austrália.
"Parece que cada concorrente e cada inimigo acrescenta mentiras e calúnias. É uma pena. É fácil responder. Nós estamos preparados", afirmou o presidente da News Corp. em seu Twitter.
A BBC britânica foi a primeira a lançar essas acusações no início da semana.
Na quarta, o jornal The Australian Financial Review afirmou que a News Corp. sabotou seus concorrentes Austar e Optus justo quando tentava assumir o controle do mercado australiano de televisão paga com sua própria operadora, Foxtel.
O governo australiano indicou nesta quinta que não tem intenção de transmitir à polícia as acusações do Australian Financial Review, acrescentando que se o jornal tiver provas, deve apresentá-las às autoridades.

Suécia investigará queixas contra acesso 4G de novo iPad

A agência de proteção ao consumidor na Suécia está analisando queixas de que a Apple não tem deixado claro que seu mais recente iPad não funcionará com as redes 4G fora dos Estados Unidos e Canadá.
A medida veio após a Apple ter dito que oferecerá reembolso a todos os compradores do novo iPad na Austrália.
"Limitações sérias devem estar claramente visíveis no marketing (do produto)", disse Hans Lundin, porta-voz da agência local de proteção ao consumidor, acrescentando que a instituição havia recebido quatro reclamações.
Qualquer decisão sobre como proceder com as queixas pode ser tomada no fim desta semana, disse ele, podendo incluir que a Apple mude a promoção comercial do aparelho.
A versão sueca do site da Apple que anuncia o novo tablet da companhia diz que o dispositivo pode ser utilizado em redes 4G no mundo todo, embora essa frase tenha uma nota de rodapé.
Essa nota esclarece que a tecnologia LTE de internet de quarta geração é suportada apenas nas redes das operadoras AT&T e Verizon nos Estados Unidos. No Canadá, a tecnologia pode ser acessadas nas redes das operadoras Bell, Rogers e Telus.

Facebook quer fazer oferta pública de ações nos EUA em maio

A rede social Facebook vai adiar a oferta de ações no mercado secundário (venda de ações já existentes, de posse dos controladores), prevista para a próxima semana, enquanto se prepara para realizar o seu IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) em maio, disse uma fonte próxima ao assunto.
O Facebook pediu recentemente que intermediários que negociam suas ações privadas interrompam o processo, um passo para reduzir a agitação em torno de seu valor de mercado, o que pode resultar em complicações à medida que a companhia se prepara para o IPO (emissão de ações ainda não existentes).
O Facebook planeja levantar US$ 5 bilhões em uma oferta pública que pode avaliar a companhia em até US$ 100 bilhões.
Para que o IPO aconteça em maio, ainda é preciso que a SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos), declare o prospecto da companhia como efetivo, disse a fonte.
Um porta-voz do Facebook não quis comentar sobre o assunto.

AACD faz parceria para criar jogos de reabilitação física

A AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) firmou nesta semana um acordo com a Microsoft para o desenvolvimento de jogos de videogame especiais para reabilitação.
Os videogames com sensores de movimento, como o Wii da Nintendo e o Xbox, da Microsoft, já são usados em instituições para auxiliar atividades de fisioterapia.
O objetivo agora é criar jogos concebidos por fisioterapeutas e fisiatras da AACD e desenvolvidos com o apoio técnico da empresa.
Bianca Helena Felipe, 8, faz fisioterapia na AACD com o uso do videogame Xbox, acompanhada da mãe, Rosana
O presidente da instituição, Eduardo Carneiro, afirma que os primeiros softwares criados nessa parceria podem começar a sair em três ou quatro meses.
A ideia é que pacientes que frequentam a AACD possam levar o aparelho e o jogo para casa e fazer os exercícios. A venda dos jogos para outras instituições no Brasil e no exterior também está no horizonte, segundo Carneiro, e pode ser mais uma fonte de renda da entidade.
Os direitos autorais serão compartilhados entre a instituição e a Microsoft. "Estamos iniciando uma nova era em reabilitação. É um processo sem volta", diz Carneiro.
Os jogos do Xbox com o sensor Kinect, que capta os movimentos do usuário sem a necessidade de controles, já são usados na instituição como parte auxiliar das terapias de reabilitação.
"É difícil que uma criança com paralisia cerebral consiga jogar tênis, mas com esse brinquedo ela consegue. As crianças gostam, saem cansadas do brinquedo, fazem esforço físico mesmo."
Bianca Helena Filippe, 7, é uma das crianças que usam o jogo como parte das sessões de fisioterapia. Ela tem paralisia cerebral e começou a frequentar a AACD com um ano e meio. Está aguardando uma operação corretiva nas pernas há dois anos.
Sua mãe, Rosana Maria Felippe, 46, diz que a menina gosta do videogame. "Quando faz pontinhos, ela fica toda alegre e quer mostrar para mim. Tenho até de sair da sala para ela não perder a concentração no jogo."

Facebook do ódio

Tenho comentado aqui que um dos efeitos colaterais desse maravilhoso instrumento de interatividade do jornalismo digital é o linchamento, no qual a rede estabelece uma conexão direta com o esgoto do ressentimento, da inveja e do preconceito. Anônimos e não anônimos movidos pelo ódio passam a ter um novo poder. Dois estudantes americanos acabam de fazer uma invenção que vai ajudar ainda mais a compartilhar o ódio na internet, mais especialmente no Facebook.
São estudantes do curso de mídias emergentes da Universidade do Texas. Decidiram facilitar o compartilhamento de inimigos pela internet, criando um aplicativo no Facebook. Através dele, cada usuário faz uma lista de inimigos e compartilha pela rede. Em vez de "like", "dislike", ou "friend", "unfriend". Assim, criam-se redes de afinidades não em cima do que gostamos, mas do que não gostamos.
Os estudantes se incomodavam com o fato de que, no Facebook, só havia lista de afinidades a serem compartilhadas e não de pessoas, coisas e lugares de que as pessoas não gostassem.
Não sabemos ainda como a Facebook vai reagir. Mas há indícios de que pode ser um sucesso.
A procura foi tanta que a plataforma para o aplicativo saiu do ar até que se contratassem maiores servidores.

Ex-casal se encontra em jogo on-line e reata o matrimônio

Um casal carioca resolveu, no mundo virtual, as diferenças de um relacionamento que hoje tem mais de 17 anos.
Alexandre Justino, 37, e Elisângela Bernardo, 37, ficaram separados por um ano durante 2010 após uma briga. A paixão pelos games, mais especificamente pelo jogo de RPG on-line "Priston Tale", que tem mais de 2 milhões de jogadores no Brasil, teve papel central na reaproximação dos dois pombinhos.
Alexandre e Elisângela, casal que reatou o relacionamento depois de reencontro em jogo de RPG on-line
"Descobri [o jogo] por causa do meu filho de 9 anos. Ele insistiu muito para que eu jogasse com ele", diz Justino. "Só depois fiquei sabendo que a mãe dele jogava, também por insistência dele."
Na pele de seus alter egos virtuais (um guerreiro especialista em machados e uma sacerdotisa de cabelos azuis), Alexandre e Elisângela fizeram o que não conseguiam fazer no mundo real havia tempos: conversar.
"Falamos sobre as intrigas de nosso grupos e outros assuntos relacionados, como inimigos em comum", conta Alexandre. "Não foi um papo muito romântico, mas isso serviu de ponte para que pudéssemos nos encontrar de verdade e conversar sobre outros assuntos", completa.
Justino, dono de uma LAN house no Rio de Janeiro, continua jogando com a mulher e com o filho, embora não seja mais o líder que costumava ser -afirma que, agora, prefere dedicar mais tempo à família.
SÓ FALTA A SOGRA
Arlindo Neto é outro jogador de "Priston Tale" que usa o game há três anos para se encontrar e se comunicar diariamente com seus filhos.
Ele, os dois filhos do primeiro casamento, o genro, a atual esposa e o filho caçula jogam juntos sempre que possível. Para ele, o jogo simula relações reais e pode ser muito educativo. "Prefiro dar a mesada dos meus filhos em créditos para o jogo do que financiar baladas", afirma.
AMOR NOS GAMES
Apesar do sucesso de sites de relacionamento virtuais, uma pesquisa da Online University concluiu que os jogos on-line são uma maneira melhor de encontrar um par romântico.
As razões são muitas: as pessoas passam mais tempo em jogos-online e a comunidade presente nos games é muito maior. Outros destaques do estudo incluem:
  • O jogador on-line é em média mais jovem (32 anos) se comparado aos usuários de sites de relacionamento (48 anos);
  • 74,7% dos jogadores de WoW possuem um relacionamento com alguém que também joga o game;
  • 42 em cada 100 mulheres jogadoras de WoW se sentem atraídas por outros jogadores do game (enquanto em sites de relacionamento os homens podem esperar 1 retorno a cada 100 contatos feitos).
Ainda segundo o estudo, durante as partidas o cérebro dos jogadores ficam cheios de dopamina --responsáveis pela sensação de prazer e motivação. Isso quer dizer que os gamers se sentem melhor e tomam decisões 25% mais rápido.

Artista de 'Final Fantasy' expõe em evento de games no Brasil

Se a franquia de games "Final Fantasy", ao lado de "Dragon Quest", foi uma das responsáveis por moldar o gosto japonês por jogos eletrônicos, Yoshitaka Amano, 59, tem a responsabilidade de ser um dos artistas japoneses mais relevantes da atualidade.
Convidado de honra do GameWorld Expo 2012, trazido pela Fundação Japão, ele estará no Brasil nesta semana para debate e para a exposição de suas obras originais.
"Crystal", ilustração do artista japonês Yoshitaka Amano, que será exibida no evento GameWorld Expo, em SP
Amano é celebrado pela arte conceitual que fez de "Final Fantasy" um divisor de bytes na história dos games de RPG, fantasia e ficção.
Mas ele assina também estampas de quimonos, cenários para palcos de teatro, peças de cerâmica e trabalhos com caligrafia tradicional.
Deixou sua marca principalmente nas áreas ligadas à cultura popular: trabalhou, por exemplo, com arte conceitual para clássicos dos animês como "Speed Racer" (1967) e "G-Force" (1972), enquanto foi empregado do lendário estúdio de animação Tasunoko Production.
NO MUNDO DO EXAGERO
Independentemente do meio, o conjunto da obra de Amano se destaca pela inventividade, em sintonia com a arte pop japonesa -exagerada, mesclada, fantasiosa.
Em entrevistas dadas no decorrer da carreira, Amano explica que não se importa com o formato das obras. Videogame, quimono, cerâmica: é tudo a mesma coisa. O importante, diz, é criar.
Em sua primeira vinda ao Brasil, o artista traz 31 de suas criações a serem expostas durante o GameWorld Expo, de sexta a domingo, no shopping Frei Caneca, em São Paulo. Ele também fará uma palestra, na sexta, às 14h15.
Amano já fez exposições em Nova York, Paris e Tóquio, além de São Paulo. Seus desenhos estão reunidos em vários livros, lançados por editoras nos EUA, no Reino Unido e no Japão.
"Red Sword", de Amano, uma das 31 obras que poderão ser vistas no shopping Frei Caneca
QUASE ESBOÇOS
São, em alguns casos, ilustrações com acabamento rabiscado que lembram esboços. Muitos riscos e cores.
Ao unir tradição e modernidade sem fio divisor, como se coexistissem, Amano se aproxima de outros artistas celebrados da ilustração. Por exemplo, o francês Moebius, morto neste mês, também muito conhecido pela produção de fantasia.
ALMA DO NEGÓCIO
A franquia "Final Fantasy", lançada desde 1987, é referência nos jogos eletrônicos.
Diversas inovações na narrativa foram implementadas nesses games.
Por exemplo, o sistema de batalha observado pela lateral, e não na perspectiva de primeira pessoa.
"Final Fantasy" é conhecido, também, por ter colocado o foco no desenvolvimento dos personagens --carismáticos, esféricos. Responsável pela criação conceitual desses heróis, Amano é apontado como um dos responsáveis pela invenção da "alma" dos jogos da série milionária.
O artista japonês Yoshitaka Amano, que terá sua obra exposta no evento GameWorld Expo, em São Paulo
PALESTRAS E PREMIAÇÕES
Yoshitaka Amano dividirá os holofotes com outra atração internacional presente no GameWorld 2012: Reuben Langdon.
O ator americano, que dublou o personagem Ken Masters no jogo "Street Fighter 4", se diz fã do jogo e estará na feira para desafiar os visitantes para uma partida. "Sou duro na queda, não é qualquer Ryu que vence o meu Ken", diz.
Na chamada zona Expo, o público poderá jogar videogames, participar de campeonatos e visitar estandes de várias empresas do setor. A GameWorld contará ainda com mais dois espaços.
Um deles é o Business, onde acontecerão palestras e workshops, e outro é o Troféu, onde ocorrerá um evento que premiará os melhores jogos em diversas categorias, como resultado de uma votação, já encerrada, feita pela internet.
*
GAMEWORLD 2012
QUANDO sexta, sábado e domingo, das 10h às 19h30
ONDE Centro de convenções do shopping Frei Caneca (r. Frei Caneca, 569, São Paulo)
QUANTO de R$ 50 (só um dia, sem acesso às áreas Business e Troféu) a R$ 200 (passaporte para os três dias de feira, com acesso às três áreas do evento). Compras antecipadas têm desconto. Crianças até sete anos e gamers fantasiados de algum personagem não pagam para entrar.
CLASSIFICAÇÃO Livre
SITE gameworld.com.br/expo

quarta-feira, 28 de março de 2012

Venda de notebooks aumenta 60% em 2011, diz pesquisa

A venda de notebooks no Brasil cresceu 60% em 2011, informou nesta quarta-feira a agência de pesquisa de mercado GfK Consumer Goods.
Segundo o levantamento, o valor total de vendas no ano foi de 5 milhões de unidades.
Além disso, os preços dos produtos caíram 20% em relação ao ano anterior. Segundo a consultoria, mais de um terço das vendas de notebooks já está abaixo de R$ 1.000.
Os computadores tablet responderam por 5% das vendas no varejo brasileiro.

Europa decidirá sobre ação antitruste contra o Google após a Páscoa

O chefe antitruste da União Europeia disse nesta quarta-feira que decidirá somente após 8 de abril se abrirá processo formal contra o Google ou abandonará a atual investigação.
A Comissão Europeia iniciou uma investigação sobre a maior ferramenta mundial de buscas na Internet em novembro de 2010, após concorrentes, incluindo a Microsoft, terem acusado o Google de abusar de sua posição dominante no segmento.
O comissário de concorrência da UE, Joaquin Almunia, afirmou no começo deste ano que decidiria sobre os rumos do processo no fim de março ou começo de abril. Nesta quarta-feira, ele disse que a decisão será tomada após 8 de abril, quando será comemorada a Páscoa este ano.
"(A equipe) me pediu mais alguns dias, até mesmo semanas, porque na próxima semana haverá feriados para algumas pessoas", disse ele em uma coletiva de imprensa. "Talvez após a Páscoa teremos uma consideração mais clara... queremos avançar em nossa investigação, mas queremos avançar em uma base sólida, não por pressão".

Google propõe pagar a Oracle porcentagem de receita com Android

O Google está propondo pagar à Oracle uma porcentagem da receita com o Android se esta provar que houve infração de patente da linguagem Java, de acordo com documento judicial.
A Oracle, no entanto, alega que a proposta do Google é muito baixa, de acordo com o documento, que as duas partes enviaram em conjunto. A audiência sobre o caso acontecerá em breve.
O gigante da Internet propôs pagar à Oracle quase US$ 2,8 milhões em indenizações referentes a duas patentes, pelo período de 2011.
Para os futuros exercícios, a oferta é pagar 0,5% da receita com o Android por conta de uma patente até dezembro, quando ela expira, e 0,015% referente a uma segunda, que vence em abril de 2018.

Mark Zuckerberg, do Facebook, é visto com namorada na China

O executivo-chefe e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, está na China em viagem aparentemente privada, embora coincida com a estadia no país do executivo-chefe da Apple, Tim Cook. Poderia, portanto, tratar-se de uma visita de negócios, aponta o jornal "Dongfang Ribao".
A publicação de Xangai detalhou que Zuckerberg foi visto nas ruas da cidade chinesa nos últimos dias em companhia de sua namorada, Priscilla Chan (americana de origem chinesa). Na edição desta quarta-feira (28) do jornal há várias fotografias do casal.
O jornal de Xangai mostra o casal visitando pontos turísticos da cidade e uma das lojas da Apple.
Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, e sua namorada Priscilla Chan durante passeio em Xangai
Nas redes sociais chinesas, vários usuários do microblog Weibo também publicaram imagens do empresário e de sua namorada. Há rumores de que eles teriam viajado à China no avião privado de Cook.
Por enquanto, não se sabe se a passagem de Zuckerberg pelo gigante asiático inclui contatos com autoridades e visitas às principais empresas de internet no país, como Baidu, Sina e Alibaba, locais que fizeram parte de seu roteiro em 2010 na China.
Em fevereiro, o Facebook iniciou os trâmites para fazer sua entrada na Bolsa de Valores de Nova York (no pregão local e em Nasdaq), com IPO (oferta pública de ações) com a qual pretende arrecadar US$ 5 bilhões, por isso especula-se que sua passagem pela China poderia estar relacionada com essa estratégia.
A rede social da companhia conta atualmente com 845 milhões de usuários, e espera-se que a IPO ocorra entre abril e junho deste ano.
O site do Facebook está bloqueado na China desde 2009, embora a companhia esteja há tempos tentando encontrar uma maneira de ganhar autorização para abrir sua rede social no país, o que provavelmente só seria possível em troca de concessões no controle dos dados por parte das autoridades locais.

Homem é preso no Kuwait por ofensa a profeta no Twitter

Autoridades kuwaitianas prenderam um homem na noite de terça-feira (27) por insultar o profeta Maomé em sua conta do Twitter, afirmou o Ministério do Interior, em um raro caso de suposta blasfêmia em mídias sociais no Estado do Golfo Árabe.
A blasfêmia é ilegal no Kuwait como consta na legislação de imprensa e publicação de 1961, mas não é punida com morte como no país vizinho Arábia Saudita, onde o caso de um colunista que enfrenta acusações parecidas atraiu a atenção internacional.
O homem, cujo nome não foi divulgado, difamou a fé islâmica, o profeta Maomé, seus companheiros e sua esposa, afirmou o ministério em um comunicado publicado pela agência de notícias estatal KUNA. Ele está sendo interrogado antes dos procedimentos do tribunal.
O ministério "lamentou o abuso das redes sociais por alguns indivíduos para ofender valores básicos e espirituais do Islã e jurou não ter tolerância nenhuma para combater ofensas tão sérias", disse em declaração.
A mídia do país trouxe comentários do homem negando as acusações. "Eu nunca vou atacar o profeta sagrado", ele teria dito, segundo a reportagem, e acrescentou que alguém deve ter hackeado a sua conta e postado os comentários.
Seus comentários, replicados em vários grandes jornais do Kuwait, não puderam ser verificados imediatamente.

Edital de projeto que dá acesso grátis à internet em cidades sai amanhã

As prefeituras interessadas em participar do projeto Cidades Digitais terão até 13 de maio para inscrever sua proposta ao Ministério das Comunicações.
O governo publica nesta quinta-feira (29) o edital do projeto, que tem o objetivo de conectar os órgãos municipais, melhorar a gestão pública e instalar postos de acesso gratuito à internet.
Cerca de 80 cidades serão escolhidas, o processo de seleção termina em 19 de julho. O edital vai dar preferência àquelas com até 50 mil habitantes, nas regiões Norte e Nordeste e com menor Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal.
A distância da cidade ao backbone (infraestrutura de rede) da Telebras ou de outras operadoras deve ser de até 50 quilômetros. O governo espera que os custos do programa sejam de R$ 40 milhões.
No ato da inscrição, as prefeituras devem demonstrar que vão se comprometer com a implantação do projeto, descrever como esperam ter sua gestão aperfeiçoada com o projeto, que resultados esperam e que pontos querem conectar.

Nokia investe em Windows Phone para reconquistar mercado na China

Nokia, Colin Giles. A Nokia começará a vender na China em abril uma nova linha de smartphones que usa o Windows Phone, da Microsoft, uma medida para reconquistar o mercado que perdeu para Apple e Samsung.
A Nokia projetou os celulares para atrair consumidores chineses, facilitando a conexão com as plataformas de microblogs e mensagens de texto, altamente populares na China.
A China se tornou um dos mercados de maior crescimento para os fabricantes de smartphones. O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, está em Pequim para conversas com autoridades sobre problemas que variam de questões trabalhistas à disputa pela marca iPad no país.
Stephen Elop, executivo-chefe da Nokia, apresenta novos celulares no Mobile World Congress, em Barcelona
A decisão da Nokia será um teste importante para o Windows Phone, que até o momento teve pouco apelo. A Nokia, a maior fabricante mundial de celulares em volume, depende do sucesso da linha que roda Windows, depois de abandonar a plataforma própria de software para smartphones, no ano passado.
O presidente-executivo da Nokia, Stephen Elop, revelou dois modelos baseados no Lumia 610 e no Lumia 800 mas otimizados para redes chinesas, que chegarão inicialmente ao mercado pela China Telecom, a terceira maior operadora de telefonia móvel do país.
O Lumia 800c será vendido desbloqueado por 3.599 yuan (R$ 1.038) a partir de abril, disse Elop. O preço do 610c, que sairá na China no segundo trimestre e foi concebido como celular básico para atrair usuários jovens, ainda não foi anunciado.
A Nokia também planeja lançar as séries 700, 800 e 900 no mercado chinês, e no futuro elas estarão disponíveis para as três operadoras chinesas de telefonia móvel, incluindo a China Mobile e a China Unicom, disse o vice-presidente executivo mundial de vendas da Giles não especificou um cronograma de lançamento desses modelos, pensados especificamente para o mercado chinês. "Temos investido pesado na China", disse Giles a jornalistas. "Estamos inovando para a China na China, o que diversos de nossos concorrentes não fazem", acrescentou.

Apple reembolsará compradores do novo iPad na Austrália

A Apple enviará um e-mail a todos os compradores da mais recente versão do iPad na Austrália para oferecer um reembolso, afirmou um advogado da companhia nesta quarta-feira (28), após o órgão regulador do país ter acusado a empresa de propaganda enganosa quanto a uma característica fundamental do produto.
A ACCC (Comissão Australiana de Concorrência e Consumo) entrou com uma ação para garantir que a Apple alerte os consumidores de que o iPad de terceira geração não pode ser conectado a redes móveis 4G na Austrália por incompatibilidade técnica.
A Apple concordou em divulgar avisos de que o novo iPad "não é compatível com as atuais redes australianas 4G LTE e WiMAX" ao longo da próxima semana.
Novo iPad não é compatível com redes 4G da Austrália; no Brasil, situação deverá ser semelhante
De acordo com documentos do processo, a comissão alega que a Apple anunciou que "o iPad com Wi-Fi pode, utilizando um chip, se conectar a redes móveis 4G na Austrália, o que não é possível".
A Apple "parece aceitar que há uma falta de compatibilidade", disse Colin Golvan, conselheiro-sênior da comissão australiana. "Ela tem sido completamente indiferente ao mercado australiano".
O julgamento está previsto para 2 de maio, após audiência agendada para 16 de abril.
BRASIL
A conexão 4G do novo iPad também não funciona no Brasil, pois as redes ainda não estão em operação no país. O leilão das faixas de frequência do 4G, que dará inicio à implementação da tecnologia em território nacional, está previsto para o começo de junho.
Além disso, o iPad opera em frequências diferentes das faixas reservadas para o 4G no Brasil. Ele usa as faixas de 700 MHz e 2,1 GHz, enquanto a rede nacional funcionará em 2,5 GHz.

Veto da Austrália a Huawei envolve preocupações mais amplas

A decisão do governo australiano de proibir a Huawei de participar de concorrências para a rede nacional de banda larga do país, um projeto de US$ 38 bilhões, tem menos a ver com a empresa chinesa de telecomunicações em si e mais com a preocupação de que países estrangeiros --especialmente a China-- estejam roubando segredos comerciais e do governo via internet, disseram analistas e pesquisadores de segurança.
A Austrália proibiu a Huawei de participar das concorrências para a rede nacional, um dos projetos de infraestrutura de comunicações mais caros do mundo, por questões de segurança. O objetivo da rede é oferecer acesso de alta velocidade à internet à maioria dos lares australianos. A natureza das questões não foi revelada.
Alastair MacGibbon, que dirigiu o Centro de Crimes de Alta Tecnologia australiano e agora comanda o Centro para Segurança na Internet, disse que, embora nada tivesse contra a Huawei, recebia a decisão positivamente porque ela demonstrava que o governo estava colocando a segurança acima do custo --e das possíveis consequências diplomáticas junto ao maior parceiro comercial australiano.
"Uma decisão como essa deve ter sido tomada nos escalões mais altos, e eles levariam as consequências, que provavelmente não serão insignificantes, em conta", disse MacGibbon. "Portanto, é preciso imaginar que as questões de segurança sejam sérias".
Funcionários do governo australiano se recusaram a detalhar quais eram as preocupações, mas afirmaram que tinham origem no serviço de inteligência do país, a Asio (Australian Security Intelligence Organisation), que vem se queixando com intensidade cada vez maior sobre o problema da espionagem via internet por parte daquilo que define como "agentes de Estado".
Em seu mais recente relatório ao Parlamento, a organização afirmou que "a espionagem por meios cibernéticos --um dos aspectos de uma ameaça em maior escala-- está emergindo como uma preocupação séria e ampla que continuará a ganhar proeminência dada a crescente dependência australiana quanto à tecnologia em assuntos comerciais, governamentais e militares".
Ainda que a China não seja nominalmente citada, MacGibbon e outros dizem que está implícito que as ameaças vêm de lá.
Casey Ellis, um especialista em segurança baseado em Sydney, disse que equipes de resposta a incidentes "estavam muito ocupadas, e muito do que lidam parece ter ligações com a China".
Em 2010, três grandes companhias de mineração, BHP Billiton, Fortescue Metals e Rio Tinto, foram alvos de hackers, e no ano passado contas parlamentares de e-mail foram invadidas, incluindo as de três ministros. Pesquisadores dizem que provavelmente há mais ataques que passam despercebidos ou não divulgados pelas companhias.
A China tem rotineiramente negado qualquer envolvimento em tais ataques.
Pesquisadores e analistas dizem que o governo australiano e a Asio não devem revelar o que os levou a barrar a Huawei.
"Isso diz respeito a uma entre duas coisas", disse um analista de Sydney que não quis se identificar. "Ou as acusações carecem completamente de fundamentos, ou nossas agências de inteligência têm informação sobre a Huawei."

Google prevê domínio de 'mobile' em três anos

A rede social proprietária e o acesso via dispositivos móveis são dois fatores de peso no planejamento estratégico do Google, que trabalha prioritariamente para integrar as diferentes fontes de informações de usuários.
As projeções da empresa, apresentadas no Fórum Mundial de Mídia Social, em Londres, trazem um cenário bastante definido. Ela prevê que a venda de tables ultrapasse a de PCs em três anos. Nesse período, segundo a gigante digital, as vendas de smartphones representarão o triplo das de PCs. E o Google+, ainda uma incógnita para muitos, já chegou a 100 milhões de usuários mensais --metade deles acessa a rede social diariamente.
"De manhã, 28% das pessoas conectadas checam as redes sociais em dispositivos móveis antes de sair da cama", afirmou Ian Carrington, diretor de mobilidade do Google para a Europa.
O Google+ faz parte da estratégia da companhia de integrar diferentes fontes de informação para entregar resultados de busca mais personalizados. Segundo Carrington, ações de marketing têm resultado melhor dentro do "mundo Google", no qual o internauta é avaliado em detalhes após fazer o login em sua conta Google. "Há um aumento de 5% a 10% no CTR ['click through rate', ou na taxa de conversão de cliques]."
Segundo Carrington, quase metade dos usuários de redes sociais se engajam com marcas por meio de dispositivos móveis. É um cenário que converge para a "era SoLoCo", na qual os fatores social, local e comercial já deixaram de ser tendência para se transformarem em realidade.
"40% de nossas buscas móveis estão relacionadas a localização", completa o executivo. Turismo (19%), compras (16%) e entretenimento (19%) são os temas de maior demanda.

Empresas cultivam 'exército voluntário' digital

São 200 mil no Facebook, 300 mil no LinkedIn e 25 mil no Twitter. Na rede interna (corporativa), há nada menos do que 400 mil perfis e 17 mil blogs.
Eles se declaram IBMers, membros da 'nação' surgida em torno de uma das mais antigas empresas de tecnologia do mundo.
A IBM é o exemplo mais vigoroso da adoção do"social business", um dos temas do Fórum Mundial de Mídia Social, que ocorre nesta semana em Londres.
O conceito implica mais peso para o fator humano e para a coletividade nos processos decisórios das companhias. Na prática, coloca sobre a mesa do executivo, ao lado de planilhas de análise de concorrência e números de faturamento, as opiniões e ideias de consumidores e funcionários.
"O 'social business' envolve mais transformações culturais do que tecnológicas", afirma Delphine Rémy-Boutang, gerente de marketing para mídia social da IBM e diretora executiva da consultoria The Social Bureau. "É uma abordagem estratégica de longo prazo para formatar uma cultura de negócio, algo que depende fortemente da liderança corportativa e inclui processos, gestão de risco, controle financeiro e análise de negócio."
Outra gigante no mercado de tecnologia, a Dell tem canais diretos com consumidores há cerca de duas décadas. Em 1996, desenvolveu fóruns de discussão no site da empresa. Seis anos atrás, criou a primeira equipe de trabalho de campo on-line, que conversa com blogueiros e usuários de redes sociais de todo o mundo, gerando troca de informações e estreitando o relacionamento com pessoas que, não raro, saem em defesa da marca.
Hoje, o centro de comando de monitoramento da Dell registra cerca de 22 mil menções da marca ao dia. "Os maiores desafios são saber lidar com um grande volume de conversas e direcionar as ideias coletadas para os lugares certos da empresa", considera Kerry Bridge, diretora de mídia social da companhia. "Estrutura e treinamento são a chave."
O IdeaStorm e o XPS 13 são algumas das plataformas criadas pela empresa para incentivar o crowd-sourcing (criação coletiva, em tradução livre). O primeiro, nascido em 2007, já recebeu mais de 16 mil ideias, 480 delas implementadas após votação dentro da própria comunidade.
FUNCIONÁRIOS
Vetar comentários, ainda que extraoficialmente, sobre a empresa nas redes sociais ainda é algo comum - mas ineficaz, destacam especialistas.
"A mídia social é um campo aberto, e para estar nele você deve abolir a ideia de controle", resume Lauren Gerstner, gerente global de comunicações e estratégia de mídia social da Nokia Care, divisão de atendimento da fabricante finlandesa de celulares.
Na empresa, funcionários são orientados sobre como agir nas redes sociais. "Incentivamos a atuação nas redes, a transparência quanto ao vínculo com a Nokia e a contribuição com o conhecimento que eles detêm", afirma Lauren.
O treinamento, além de evitar deslizes, pode trazer ganhos à empresa. "Temos mais de 5.000 funcionários treinados para lidar com as mídias sociais, e muitos deles veem o que se diz nesses canais como parte de seu trabalho", diz Kerry Bridge, da Dell.
Delphine relata que, já em 1997, a IBM recomendou aos funcionários que usassem a internet, em um tempo no qual a regra era restringir o acesso à web. Atualmente, a companhia mantém um programa educativo sobre redes sociais.

Tablet Xoom 2, da Motorola, tem poucas melhorias e mira empresas

Com quase cinco meses de atraso em comparação com a data de lançamento nos EUA e na Europa, a Motorola trouxe o Xoom 2 para o Brasil.
Disponível desde o último dia 15, o tablet compartilha quase todas as especificações com o Xoom 2 Media Editon. Lá fora, eles foram lançados juntos. Aqui, o ME chegou antes, em dezembro de 2011.
Quase tudo é igual: processador, RAM, espaço interno, câmeras, resolução de tela e sistema -o Android 3.2, defasado, por sinal. A Motorola promete atualização para o 4.0 até o fim de setembro.
A diferença óbvia é o tamanho da tela: a do Xoom 2 é igual à do Xoom original, 10,1 polegadas, enquanto o do Xoom ME tem 8,8 polegadas.
O visual de bordas recortados e emborrachadas do ME também foi incorporado. A intenção, bem-sucedida, é conferir mais conforto na hora de manusear o tablet.
Em relação ao primeiro da série, o Xoom 2 é 100 g mais leve e possui o acabamento "splashguard" -tratamento que o torna impermeável, resistente a líquidos derramados ou chuva (mas não a um mergulho na piscina).
Entre os recursos de entretenimento, o Xoom 2 grava e reproduz vídeos em Full HD, tem saída HDMI e emissor de sinal infravermelho, que permite seu uso como um controle remoto universal. Quanto ao som, o Xoom 2 tem dois alto-falantes, um a menos que a versão ME.
PRODUÇÃO E SEGURANÇA
O Xoom original chegou ao mercado no início de 2011 como o antagonista do iPad, apoiado na promessa de rodar o Flash. Mas, com a decadência do plug-in da Adobe e com as tímidas vendas do tablet, a imagem de rival do iPad não colou no aparelho.
A solução encontrada pela Motorola para o Xoom 2? Voltar a nova versão do tablet para o mercado corporativo.
O Xoom 2 já vem carregado com ferramentas de produtividade e alto nível de segurança, como suporte aos principais tipos de VPN (redes virtuais privadas) e criptografia de dados, que ajuda a proteger informações financeiras ou confidenciais.
O Motoprint, integrado automaticamente à maioria dos aplicativos, possibilita a impressão sem fio de textos e fotos a partir do tablet.
Há também três aplicativos de videoconferência e um recurso interessante chamado MotoCast, que faz streaming de arquivos multimídia do tablet para um PC ou um Mac, sem precisar de nenhuma ferramenta de mídia ou cabos. O usuário pode, por exemplo, exibir um vídeo simultaneamente na tela do Xoom 2 e na do computador.

No Brasil, 4G do novo iPad só serve de enfeite

Uma das atrações do novo iPad, a conexão 4G não será desfrutada tão cedo no Brasil. As redes de quarta geração não estão em operação no país.
O leilão das faixas de frequência do 4G, que dará inicio à implementação da tecnologia em território nacional, está previsto para o começo de junho.
O edital do leilão deve ser publicado no dia 20 de abril. Há um prazo mínimo de 45 dias entre a publicação e o leilão, o que faria com que ele ocorresse a partir de 4 de junho.
Novo iPad opera em frequências diferentes das faixas reservadas para o 4G no Brasil
Na CeBIT, feira de tecnologia ocorrida na Alemanha no início do mês, a presidente Dilma Rousseff disse que as frequências do 4G estarão prontas para funcionar em 2013 nas 12 cidades que serão sedes da Copa de 2014.
Há, porém, outro problema. O iPad opera em frequências diferentes das faixas reservadas para o 4G no Brasil. Ele usa as faixas de 700 MHz e 2,1 GHz, enquanto a rede nacional funcionará em 2,5 GHz.
A Apple não informa se vai adaptar o iPad para driblar a incompatibilidade.

Novo iPad, na prática, não é tão novo assim

A tela é mais nítida, e a reação ao toque, mais precisa. A câmera traseira, com 5 Mpixels, faz corar seu antecessor. O processador A5X é ligeiramente mais rápido (algo perceptível só na comparação lado a lado). E acaba aí a inovação do novo iPad.
Se você já tem um dos irmãos mais velhos do tablet da Apple, esqueça. Trocá-lo pelo caçula não vai mudar sua vida digital. Mas, se você não tem tablet, a terceira versão é sedutora o bastante para converter descrentes.
O aparelho ainda não está à venda no Brasil, e não há previsão de lançamento. Hoje, é possível comprá-lo em 34 países, incluindo os EUA, o Canadá, a maior parte da Europa, o Japão e a Austrália.
O grande atrativo é a tela, a Retina Display, na qual, em tese, é impossível enxergar os pixels se o aparelho estiver a 38 cm ou mais distância.
O tamanho não mudou, mas a resolução de 2.048x1.536 pixels (ou 264 pixels por polegada) oferece o quádruplo de células de imagem dos antecessores. Ou seja, mais nitidez para ler e para ver filmes (comparado com uma TV de alta definição, o iPad ganha).
E porque ela é mais nítida, o teclado virtual também é. Digitar no novo iPad é, portanto, mais fácil --o toque acaba sendo mais preciso.
O teclado agora também aceita ditado em inglês. Mas, se sua pronúncia não for perfeita, melhor nem tentar: o novo iPad confunde sílabas e gera textos inusitados.
O som, aliás, é algo que não mudou. Sim, os donos do primeiro iPad terão inveja. Mas, em relação ao modelo anterior, nada evoluiu.

FOTOS TURBINADAS
O que avançou --e muito-- foi a câmera traseira, de 0,7 para 5 Mpixels. O usuário pode esperar fotos com boa definição. Nenhum fotógrafo amador, admitamos, precisa de mais do que isso.
O problema é que a câmera não oferece nenhum controle manual. Como antes, você pode usar os dedos para um precário zoom eletrônico e para ajustar a luminosidade, tocando em pontos claros ou escuros do quadro.
Mas é impossível produzir uma imagem mais sofisticada, até porque o iPad não tem o mais confortável dos formatos para fotografar.
Por falar em ergonomia, quase nada mudou aqui: o novo modelo é 50 gramas mais pesado do que o anterior e 0,6 mm mais grosso.
Não que seja possível perceber isso sem balança ou fita métrica (o site "Gizmodo" filmou um teste no qual engana usuários, que se dizem maravilhados com a "leveza" do iPad 2 achando se tratar da nova engenhoca).
E há, claro, o salto da rede de telefonia, agora 4G LTE --mais veloz do que a 3G, o que faz diferença sobretudo para ver vídeos em streaming. Mas, para o Brasil, que não tem 4G, é um recurso inútil.

terça-feira, 27 de março de 2012

Serviço de armazenamento do Google deve chegar em abril, diz site

Alvo de rumores desde 2006, o suposto serviço de armazenamento on-line do Google deve ser lançado no início de abril, segundo fontes "familiares com os planos da empresa" ouvidas pelo site de tecnologia GigaOM.
Sede do Google; serviço de armazenamento on-line deve estrear em abril, de acordo com o site de tecnologia GigaOM
"Depois de uma longa história de alarmes falsos, o serviço pode finalmente ver a luz do dia", escreveu Om Malik no GigaOM. "Eu digo pode por causa da história do Google com o Google Drive."

 De acordo com o site, o Google Drive (ou GDrive) oferecerá 1 Gbyte de graça e cobrará por armazenamento extra --o concorrente Dropbox disponibiliza gratuitamente 2 Gbytes.

 "O produto do Google virá com um cliente local, e a interface web será muito parecida com a do Google Docs", escreveu Malik. "Minha fontes estão impressionadas com o que viram até agora."

 Em 2010, o Google anunciou a possibilidade de armazenar qualquer tipo de arquivo no Google Docs, e não apenas textos, planilhas e apresentações --uma espécie de prévia do Google Drive.

 Diferentemente do Dropbox, porém, o Google não oferece ainda uma ferramenta para Windows, Mac e Linux que mantém os arquivos sincronizados com a nuvem numa pasta local --essa deve ser a grande novidade do suposto novo serviço da gigante das buscas.

Estúdios de Hollywood teriam tentado acordos com Megaupload

O Megaupload supostamente tem em seu poder e-mails que mostram que vários estúdios de Hollywood buscaram acordos comerciais com o site acusado pelos Estados Unidos de pirataria digital, publicou nesta terça-feira (27) a imprensa neozelandesa.
Segundo o diário "New Zealand Herald", essas mensagens teriam sido escritas por executivos de Disney, Warner Bros., Fox e Turner Broadcasting, empresas que se queixaram de violações de seus direitos autorais.
Os executivos supostamente pedem ao Megaupload, portal fundado pelo alemão Kim Schmitz (Dotcom), para compartilhar conteúdos e realizar acordos de publicidade conjunta.

Página do Megaupload, site de compartilhamento de arquivos que saiu do ar

A Warner Bros. aparentemente expressou suas intenções de subir ao site todo o seu conteúdo em uma só ação, em lugar de fazê-lo vídeo por vídeo, enquanto Fox e Turner Broadcasting pediram ao Megaupload que dialogasse sobre projetos de publicidade conjunta.
A defesa acredita que cerca de 490 contas do portal pertenciam a membros da MPAA (associação dos estúdios de cinema) e da RIAA (associação da indústria fonográfica) e que, no total, esses subiram 16.455 arquivos ao Megaupload.
Também vai se buscar provar que 1.058 membros do portal pertenciam a instituições oficiais americanas, entre elas o FBI, a Nasa e os tribunais dos EUA, além da existência de 15.634 contas de militares do país, que teriam subido 340.893 arquivos ao Megaupload.
Dotcom foi detido em 20 de janeiro junto a três executivos do portal nos arredores da cidade de Auckland durante uma operação internacional contra a pirataria digital que incluiu o fechamento do site, a apreensão de seus bens e detenções na Europa.
Atualmente, Dotcom e os três executivos se encontram na Nova Zelândia em liberdade condicional com vigilância eletrônica e têm proibido o uso da internet, à espera do início do processo de extradição, que deverá começar em agosto.
Os EUA querem julgar sete executivos do Megaupload, entre eles Dotcom e os três diretores detidos na Nova Zelândia, por diversos delitos de pirataria digital, crime organizado e lavagem de dinheiro.
As autoridades de Washington acusam o portal de downloads de danos à propriedade intelectual superiores a US$ 500 milhões e de ter obtido de maneira ilícita receita de mais de US$ 175 milhões.

Órgão australiano acusa Apple de enganar consumidores


O novo iPad, da Apple, que foi recebido com alto número de vendas, encontrou um obstáculo na Austrália nesta terça-feira após um órgão regulador de problemas relacionados a consumidores acusar a empresa de realizar promoções enganadoras.
A Australia Competition and Consumer Commission disse que abrirá um pedido na quarta-feira a um tribunal federal exigindo que o órgão obrigue a Apple a garantir que os consumidores estavam cientes das reais capacidades técnicas do aparelho, corrija seus anúncios e restitua o dinheiro a quaisquer compradores afetados pela publicidade enganosa.
Novo modelo do iPad, lançado em 2012
As promoções da Apple para o iPad com tecnologia Wi-Fi e 4G afirmam que compradores podem se conectar a uma rede de dados 4G na Austrália com um cartão SIM, mas esse não é o caso, disse o órgão regulador em nota.
Um porta-voz da Apple em Sidney não pode ser contatado.
A Austrália tem apenas uma rede 4G, operada pela empresa dominante de telecomunicações Telstra, mas a rede se encontra numa parte diferente do espectro de comunicações que não pode se conectar ao iPad.
Embora o iPad seja o claro líder de mercado e a nova versão, com seus chips mais rápidos, wireless de quarta geração e display de melhor resolução, deva apenas cimentar a liderança da Apple, a jornada não tem sido tão suave para a empresa.
A Apple está travando uma batalha legal com uma empresa chinesa sobre os direitos da marca registrada do iPad em um de seus mercados de maior crescimento.

Google revê ordem judicial no Japão que suspende função de autocompletar


O site de buscas Google declarou na segunda-feira (26) que está revisando uma decisão judicial do Japão que determina a suspensão de sua função de autocompletar para preservar a reputação de um homem que pedia para não ser vinculado falsamente a crimes.
O principal motor de buscas na internet publicou a declaração depois que o advogado do demandante, Hiroyuki Tomita, disse à imprensa japonesa que o Google recebeu a ordem de suspender a função no Japão por violar a privacidade do seu cliente.
"Um tribunal japonês emitiu ordem provisória solicitando ao Google para eliminar os termos específicos para autocompletar", confirmou na segunda-feira um porta-voz do site de buscas, uma empresa com sede na Califórnia.
"O juiz não exigiu ao Google suspender por completo a função de autocompletar", continuou. "O Google está revisando a ordem", acrescentou.
Tomita disse que, ao digitar o nome de seu cliente no motor de buscas do Japão, os resultados o implicam em crimes.
O advogado sustentou que, dado que esses resultados começaram a aparecer na internet durante os últimos anos, seu cliente tem tido dificuldades de encontrar trabalho, pois sua reputação on-line sempre é questionada.
A função de autocompletar é proporcionada por muitos motores de busca, que sugerem o que um usuário pode estar procurando enquanto ele digita uma palavra. As sugestões de consulta normalmente se baseiam no que outras pessoas procuraram quando escreveram as mesmas iniciais.
"Essas buscas são produzidas por uma série de fatores, entre eles a popularidade dos termos de busca", explicou o porta-voz do Google.
"O Google não determina esses termos manualmente, todas as consultas que aparecem na função de autocompletar foram escritas anteriormente por outros usuários do Google", acrescentou.
Os detalhes do caso não são conhecidos, mas é possível que o demandante seja homônimo de alguém que realmente está vinculado a um ato criminoso.
Tomita explicou que a função de autocompletar é problemática, já que direciona os usuários a sites que podem conter informação falsa ou enganosa.
O Google respondeu às queixas do homem dizendo que como os resultados são compilados automaticamente. O site de buscas se negou a comentar os detalhes do caso, dizendo que é política da empresa não fornecer informações de um litígio em curso.
Em 19 de março, o tribunal japonês aprovou a petição, mas o Google não fez nada até agora, argumentando que a lei japonesa não vigora em sua sede central dos Estados Unidos, nem rege sua política corporativa de privacidade, segundo o advogado.
O homem pode reivindicar perdas e danos financeiros, na tentativa de pressionar o Google a apagar a busca sugerida, disse Tomita.