E até agora as coisas não parecem boas para os novos desafiantes e sua arma de contra-ataque, a plataforma Windows Phone.
Os "apps", ou aplicativos, são pequenos programas que fazem coisas divertidas ou úteis em celulares. O grande número e variedade de aplicativos nas lojas da Apple e do Google é um fator importante que ajudou as duas companhias a se tornarem protagonistas dominantes no lucrativo mercado de celulares inteligentes.
Lumia 900, smartphone da Nokia equipado com Windows Phone |
A decisão demonstra a seriedade com que as duas empresas encaram o problema.
Os aplicativos mais populares entre os usuários, tais como os do Facebook, Twitter, Foursquare e Evernote, estão disponíveis na plataforma Windows Phone, mas os produtores de muitos aplicativos menores ou especializados não trabalham com ela.
O número de aplicativos disponíveis no Windows Phone Marketplace supera os 65 mil, deixando para trás outra concorrente, a Research in Motion e sua BlackBerry Store.
Mas ainda continua muito abaixo dos 500 mil aplicativos disponíveis na App Store da Apple ou no mercado Google Play, de acordo com a Distimo, que pesquisa sobre aplicativos.
O pior é que apenas 37% dos criadores de aplicativos estão dispostos a produzir programas para o Windows Phone, de acordo com o mais recentemente levantamento IDC/Appcelerator. O número caiu ligeiramente ante a pesquisa anterior.
Para os demais sistemas, 89% dos entrevistados se declaram interessados em desenvolver aplicativos para o iPhone e 79% deles em desenvolver aplicativos para o Android.
"O interesse de desenvolvedores de aplicativos móveis pela plataforma Windows tem sido fraca nos últimos dois anos, sem sinal de melhora", disse Pierre Ferragu, analista da Sanford C. Bernstein.
A Microsoft lançou seu mais recente sistema operacional Windows Phone 7.5, o Mango, no ano passado e obteve boas críticas. E a Nokia, que luta para retomar espaço no mercado de smartphones de rivais como Apple e Samsung, apresentou em 2011 sua linha de aparelhos Lumia que rodam o Mango.
Mas a falta de aplicativos e baixa qualidade de alguns deles têm prejudicado o apelo do Lumia.
Finn Christian Lindholm, sócio da agência de design digital Fjord, de Helsinque, acredita que os mais recentes aparelhos com Windows Phone são interessantes o suficiente para desafiar o iPhone.
O ponto mais importante para as duas empresas agora é reverter o ciclo vicioso de baixas vendas de telefones com Windows, algo que afasta desenvolvedores de aplicativos, o que, por sua vez, afasta consumidores, disse Lindholm.
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