quarta-feira, 21 de março de 2012

'Temple Run' vira mania no iPhone e chega ao Android em 27 de março


Um jogo para iPhone, criado por uma empresa americana de três funcionários, disparou para o sucesso, colecionando milhões de fãs e fazendo sombra a grandes produtoras de games.
"Temple Run", da Imangi Studios, foi baixado mais de 40 milhões de vezes desde o seu lançamento, em agosto do ano passado -o suficiente para colocar o game na 18ª posição da lista dos 25 aplicativos gratuitos para iPhone mais baixados da história, segundo a Apple.
No ranking, "Temple Run" aparece à frente de aplicativos e jogos mais famosos e com mais tempo no mercado, como a rede social de fotos Instagram e as versões gratuitas dos games "Angry Birds" e "Fruit Ninja".
O poder viciante do jogo, que demorou seis meses para ser criado, se escora numa fórmula simples. Um explorador com jeitão de Indiana Jones se mete numa fuga infinita pelas ruínas de um templo perdido, perseguido por macacos aterrorizantes.
Com comandos simples, como deslizar o dedo na tela ou mover o telefone de um lado a outro, o jogador ajuda o herói a desviar-se de obstáculos e a não cair no caminho --quando cai, a partida acaba.
"Temple Run" é um teste para os reflexos do jogador, como uma viagem na contramão por uma rodovia eterna.
É um jogo em que não há fases a superar nem chefões a derrotar. A graça está em acumular pontos e bater recordes. E, como mostram os números, muito gente acha graça nisso.
Diariamente, 13 milhões de pessoas jogam "Temple Run", número que rivaliza, no mundo móvel, com o da gigante Zynga. Em seu último resultado financeiro trimestral, a Zynga afirmou que tem 15 milhões de jogadores por dia em seus títulos para celulares, incluindo "FarmVille", "CityVille" e "Mafia Wars", tanto no iOS quanto no Android, do Google.
Entre os fãs do game está o pré-candidato republicano à Presidência dos EUA Ricky Santorum, que disse ser viciado no jogo, segundo o site "Flip the Media".
No próximo dia 27, "Temple Run" ganhará uma versão para Android, na estreia da Imangi na plataforma do Google. A empresa tem um catálogo de dez aplicativos e está presente na App Store americana desde o primeiro dia de funcionamento da loja da Apple. O game, porém, não está na App Store brasileira, já que a Apple não vende jogos no país.
EMPRESA CASEIRA
Do seu apartamento de um quarto em Washington, que também funciona como sede da Imangi Studios, Natalia Luckyanova, cofundadora da empresa, disse à Folha que produtoras maiores já sondaram a companhia sobre uma possível venda. "Preferimos ser independentes agora."
Embora o game seja gratuito, cerca de 1% dos jogadores gastam dinheiro real em "Temple Run". É possível comprar moedas para destravar personagens, objetivos e poderes. A transação mínima custa US$ 0,99, mas pode chegar a US$ 19,99.
Luckyanova não revela valores ao falar do faturamento da Imangi por considerar o assunto algo "privado".
Em 2008, o marido dela, o também programador Keith Shepherd, largou o emprego como desenvolvedor de software para um hospital para criar jogos. Nove meses depois, ela também passou a se dedicar integralmente à Imangi Studios. "As pessoas agora nos tratam como celebridades", diz Luckyanova.

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