Autoridades kuwaitianas prenderam um homem na noite de terça-feira (27)
por insultar o profeta Maomé em sua conta do Twitter, afirmou o
Ministério do Interior, em um raro caso de suposta blasfêmia em mídias
sociais no Estado do Golfo Árabe.
A blasfêmia é ilegal no Kuwait como consta na legislação de imprensa e
publicação de 1961, mas não é punida com morte como no país vizinho
Arábia Saudita, onde o caso de um colunista que enfrenta acusações
parecidas atraiu a atenção internacional.
O homem, cujo nome não foi divulgado, difamou a fé islâmica, o profeta
Maomé, seus companheiros e sua esposa, afirmou o ministério em um
comunicado publicado pela agência de notícias estatal KUNA. Ele está
sendo interrogado antes dos procedimentos do tribunal.
O ministério "lamentou o abuso das redes sociais por alguns indivíduos
para ofender valores básicos e espirituais do Islã e jurou não ter
tolerância nenhuma para combater ofensas tão sérias", disse em
declaração.
A mídia do país trouxe comentários do homem negando as acusações. "Eu
nunca vou atacar o profeta sagrado", ele teria dito, segundo a
reportagem, e acrescentou que alguém deve ter hackeado a sua conta e
postado os comentários.
Seus comentários, replicados em vários grandes jornais do Kuwait, não puderam ser verificados imediatamente.
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