A Intel pretende investir R$ 300 milhões no Brasil para financiar
pesquisas na área de tecnologia da informação que tenham aplicações nos
setores de educação, energia e transportes ao longo dos próximos cinco
anos.
A iniciativa foi anunciada nesta quarta-feira (27), em cerimônia no
Ministério de Ciência e Tecnologia como parte do programa governamental
TI Maior, que visa acelerar os investimentos em tecnologia e inovação no
país.
Os projetos de pesquisa serão escolhidos e financiados pela empresa. A
contrapartida do governo virá por meio de bolsas de estudo concedidas a
pesquisadores e estudantes, que participarão das iniciativas promovida
pela Intel. A expectativa da empresa é mobilizar até 300 pesquisadores.
O foco dos projetos deverá ser o desenvolvimento de softwares. O desejo
da empresa é que surjam programas educacionais, de visualização e
simulação para a extração de petróleo na camada do pré-sal, de gestão de
trânsito de passageiros de carga e de tecnologias para emplacamento
eletrônico de carros, por exemplo.
É a terceira parceria com o setor privado para investimentos em
tecnologia anunciados pelo governo no âmbito do programa TI Maior. Além
da Intel, Microsoft e EMC também firmaram compromissos para financiar
programas de inovação. No total, o compromisso de investimentos chega a
R$ 650 milhões.
INTEL
Maior fabricante de semicondutores do mundo, com receitas de mais de US$
50 bilhões no mundo, a Intel tem presença em 120 países e está no
Brasil há 25 anos.
Segundo o presidente da empresa para a América Latina, Steve Long, o
plano de investimento começou a ser negociado há dois anos e a decisão
foi motivada pelo bom momento econômico brasileiro.
"A economia segue estável, a política de popularização da banda larga é
presente e há a adoção de computadores na sala de aula. Antes, demorava
muito tempo para chegar a tecnologia aqui. Hoje, é algo simultâneo com
os lançamentos mundiais", disse Long.
TECNOLOGIA
Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, a ideia é
que a Intel passe a desenvolver suas tecnologias no país em vez de
importá-las.
"Foi isso que nós combinamos. A Intel já opera no mercado brasileiro. É
isso que queremos apoiar", disse o ministro. "Não interessa se a empresa
é do Brasil, da China ou dos Estados Unidos. O importante é que o
produto seja gerado no país".
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