Um concerto na renomada sala de espetáculos Carnegie Hall de Nova York, que estava programado para acontecer neste domingo (21) foi anunciado como uma importante forma de arrecadar fundos ao Haiti. No entanto, apenas 4% do obtido com as vendas seria de fato direcionado ao país devastado pelo terremoto, acusa reportagem do jornal "The New York Times".
A tática lembra a praticada pela empresa de games virtuais Zynga, que começou nesta terça-feira (23) outra campanha de arrecadação de fundos ao Haiti em que promete-se repassar 50% dos fundos obtidos com a venda de bens virtuais.
"O que os compradores dos ingressos podem não perceber é que muito mais de seus dólares vão para o aluguel da sala de concertos e para marketing do que para qualquer um no Haiti", afirma a publicação.
O jornal calcula que mesmo se o valor total dos US$ 200.000 em ingressos foram vendidos, menos de US$ 8.000 das vendas iriam para a causa humanitária.
Oficiais da Unicef, para quem o dinheiro deve ser enviado para gerenciar, dizem que não importa quanto dinheiro tenha sido obtido para o concerto, o que importava seria manter o Haiti na consciência do público. "É uma ótima forma de arrecadar fundos", diz Christopher de Bono, porta-voz da organização em Nova York.
Esperava-se que o espetáculo, de todo modo, pudesse levantar fundos paralelamente, graças principalmente a um apoio de US$ 50.000 da empresa Montblanc e US$ 10.000 da Cami Music, agência do pianista Lang Lang, uma das atrações do espetáculo --os artistas não cobraram pela apresentação.
No entanto, mesmo ao se considerar a inclusão das doações das duas empresas, haveria uma porcentagem de 26% do valor total arrecadado ao Haiti.
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