Um jornal do Partido Comunista Chinês acusou nesta quarta-feira (24) o Google de contribuir com espiões dos Estados Unidos e disse que o recuo da empresa sobre a censura chinesa justifica os esforços de Pequim para promover o crescimento tecnológico interno.
A nova queixa chinesa contra a maior empresa de buscas na Internet foi publicada na edição internacional do "Diário do Povo", principal jornal do Partido Comunista.
Ontem os EUA haviam ressaltado que as decisões da empresa eram "empresariais".
Na segunda-feira, o Google fechou seu principal portal em chinês, o Google.cn, e começou a redirecionar as buscas para um site em Hong Kong, cerca de dois meses depois de ter dito que não aceitaria a auto-censura exigida pelo governo chinês, que determina restrições fortes aos usuários domésticos à internet.
Na terça-feira, o ministro do Exterior da China disse que considera a saída do Google como um "ato individual" de uma empresa, e disse que o país continua recebendo bem os investidores estrangeiros.
Mas a resposta de Pequim às queixas do Google sobre a censura e ataques cibernéticos também ecoaram nas alegações nacionalistas de que o Google e Washington usaram a disputa sobre os controles de internet para desafiar a autoridade do Partido Comunista.
"Para o povo chinês, o Google não é deus, e mesmo que faça todo um espetáculo sobre políticas e valores, ainda não é deus", segundo um comentário na primeira principal do jornal.
"Na verdade, o Google não é virgem quando se trata de valores. Sua cooperação e conivência com a inteligência dos Estados Unidos e agências de segurança é bem conhecida", disse o jornal.
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