A censura chinesa deu um jeito de burlar a procura por "direitos humanos" no Google de uma forma que seria irreverente, não fosse o caráter negativo do ato: ao procurar por "human rights" (direitos humanos, em tradução), o internauta é direcionado para "Hunan rice" (arroz de Hunan, que é uma Província no sudoeste da China).
"Quando você digita 'direitos humanos', aparece 'você quis dizer arroz de Hunan?'", disse a porta-voz do Google, Tracy Klugian. "Para nós, isso foi a gota d'água."
Qiu Liangyong, porta-voz do governo, disse que o Google estava agindo "às pressas". "É legítimo perguntar se alguém estava procurando por arroz de Hunan. As pessoas aqui adoram arroz, e muito."
Segundo o blog Huffington Post, as explicações não modificaram a opinião do Google, cuja porta-voz respondeu: "O que o governo chinês está fazendo equivale a censura arbitrária".
Embora o Google tenha afirmado burlar a censura, ontem, o acesso na China a certos sites sensíveis, como os vinculados ao Tibete, permaneciam bloqueados , apesar do anúncio do Google de que não cumpriria mais a censura do país comunista para sua ferramenta de buscas.
O gigante norte-americano suspendeu na segunda-feira (22) a censura que era imposta por ordem do governo da China às buscas neste país e anunciou que os usuários do site Google.cn (Google China) seriam redirecionados para o Google.com.hk, um servidor em Hong Kong.
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