O iPad, novo tablet multifuncional da Apple, será lançado no sábado (3) no mercado dos Estados Unidos. A companhia promete um produto revolucionário.
Segundo Michael Gartenberg, consultor do Grupo Altimeter, "os números serão impressionantes". "Mas é importante apontar para o fato de que essas pessoas nunca tocaram em um iPad e estão confiando na palavra da Apple".
O iPad estará disponível a partir das 09h locais (entre 13h e 16h de Brasília, segundo os fusos horários) nos corredores da Apple Store e na cadeia de lojas de material eletrônico Best Buy, por um preço estabelecido entre US$ 499 e US$ 829. Os aparelhos encomendados pela internet deverão ser entregues no mesmo dia.
No primeiro momento, os consumidores encontrarão somente a versão equipada com internet sem fio, até o fim de abril, quando os tablets oferendo telefonia 3G chegam ao mercado.
As duas versões devem desembarcar, também, no fim de abril em nove outros países: França, Canadá, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça, Japão e Austrália.
Durante a apresentação da sua última criação, em janeiro, o fundado do grupo, Steve Jobs, prometeu um aparelho "verdadeiramente mágico e revolucionário". Ele repetiu nesta semana, em comunicado, que o iPad conectará "os usuários através dos aplicativos e seus conteúdos de uma maneira mais íntima e divertida jamais vista".
A meio caminho do notebook e do celular, o tablet --uma tela sensível ao toque envolta em uma estrutura de alumínio-- oferece a possibilidade de navegar pela internet, consultar e-mails, ver vídeos em alta resolução, jogar games ou ler livros eletrônicos. Ele disponibiliza mais de 150 mil aplicativos, também utilizados no iPhone.
Mesmo que certos analistas ainda se digam pouco convencidos do caráter revolucionário do produto, os consumidores terão a oportunidade de contradizê-los.
Os analistas financeiros de Bernstein estimam que o grupo poderá vender entre 300 mil e 400 mil tablets somente no fim de semana de lançamento, e 2,2 milhões até o fim do seu exercício fiscal em setembro.
Eles estão longe de serem os mais otimistas: seus colegas da Barclays e Credit Suisse esperam mais de cinco milhões de unidades vendidas até o fim de setembro. Morgan Stanley vai além, estimando mais de seis milhões.
"Eles não estão certos que a Apple dominará este mercado dos tablets", diz o analista independente Rob Enderle, relembrando que os inúmeros concorrentes do iPad deverão chegar ao mercado no mês seguinte, com preços mais baixos.
E os que comprarem o primeiro modelo da Apple "pagam por uma versão de teste", previu. "O produto apresentará defeitos. Eles irão resolvê-los, reduzir os preços e, depois, vender em massa."
Para o analista, esses são os conteúdos propostos aos consumidores que determinarão se o iPad se distinguirá dos seus futuros concorrentes.
O grupo adicionou no seu tablet um aplicativo iBooks, que permite acessar a nova livraria numérica iBookstore, construída com a ajuda de cinco das seis maiores editoras americanas.
Assim, a Apple ataca diretamente o mercado do livro eletrônico, dominado atualmente pelo Kindle da Amazon. A empresa on-line anunciou que lançará seu próprio aplicativo Kindle para o sistema da Apple, o que permitirá aos usuários do iPad acessarem seu catálogo.
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