quarta-feira, 24 de março de 2010

EUA ressaltam que Google tomou decisão "empresarial" sobre China

Os Estados Unidos disseram nesta terça-feira (23) que a ação do Google de interromper as atividades de seu portal na China foi uma decisão empresarial e que não houve envolvimento do governo norte-americano.
Na segunda-feira, o Google começou a redirecionar visitas ao seu site de buscas em chinês para a versão de Hong Kong, recebendo críticas da China.
"Foi uma decisão empresarial do Google", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA P.J. Crowley a repórteres.
O governo chinês havia dito também na terça que a tentativa frustrada do Google de deixar de censurar suas buscas não afetaria as relações entre Pequim e Washington "a menos que alguém a torne política".
"Em relação à liberdade na internet e ao fluxo de informações em todo o mundo, incluindo o fluxo de informações envolvendo a China, trata-se de algo que vamos continuar a discutir com esse país", acrescentou.
O Google surpreendeu o mundo e a comunidade empresarial em janeiro quando disse que poderia abandonar a China, em meio à censura da internet no país e depois de ter sofrido um sofisticado ataque virtual.
A decisão do Google anunciada na segunda-feira veio em um momento de tensões entre Pequim e Washington sobre temas variando da liberdade na internet à taxa do iuan, sanções econômicas ao Irã e vendas de armas dos EUA à Taiwan.
"Em última instância, as empresas farão seus julgamentos sobre as oportunidades de investimento na China", disse Crowley.
"Nós consideramos a relação econômica entre os EUA e a China", afirmou ele. "Isso posto, se eu fosse a China, eu consideraria seriamente as implicações quando uma das mais reconhecidas empresas do mundo decide que é muito difícil fazer negócios na China", acrescentou.

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