O governo chinês afirmou nesta terça-feira (23) que a decisão do Google de deixar de censurar suas buscas não afetará as relações entre Pequim e Washington "a menos que alguém a torne política", e advertiu o gigante tecnológico que sua manifestação "prejudica a imagem da empresa, não a da China".
"Vincular isto com as relações entre China e Estados Unidos ou com a imagem internacional chinesa é como matar moscas com tiros de canhão", disse, em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Qin Gang.
A fonte oficial minimizou a decisão do Google, assinalando que se trata de "um mero caso individual" de uma empresa, e se negando a confirmar se Pequim tomará ou não represálias contra o buscador.
Desde a madrugada passada, pelo horário local, o Google não oferece mais sua versão censurada para o mercado chinês (Google.cn). Os usuários que a acessam são redirecionados para a página da empresa em Hong Kong (Google.com.hk). No entanto, mesmo assim os resultados são filtrados pela China.
O porta-voz Qin garantiu que a China "administra a rede da internet de acordo com a lei e as práticas internacionais", e que a rede informática no país "está completamente aberta" mas que ao mesmo tempo as autoridades "vão limitar qualquer conteúdo que danifique a segurança nacional ou os interesses sociais".
Qin também destacou que o país gigante asiático dá as boas-vindas a empresas estrangeiras que desejem entrar em seu mercado, mas de acordo com a lei do país: "Se quer fazer negócios na China, a empresa deve respeitar as leis e regulações", acrescentou.
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