O acesso na China a certos sites sensíveis, como os vinculados ao Tibete, permaneciam bloqueados nesta terça-feira (23), apesar do anúncio do Google de que não cumpriria mais a censura do país comunista para sua ferramenta de buscas.
O gigante norte-americano suspendeu na segunda-feira (22) a censura que era imposta por ordem do governo da China às buscas neste país e anunciou que os usuários do site Google.cn (Google China) seriam redirecionados para o Google.com.hk, um servidor em Hong Kong.
Mas a busca por temas como "Falun Gong" e "4 de junho" --referências a um movimento religioso proibido e aos protestos por democracia de 1989 na Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim--, realizadas no continente, resultavam na mensagem "O Internet Explorer não pode exibir esta página".
Outros sites relacionados a temas sensíveis, como o Tibete ou a Anistia Internacional, também estavam bloqueados e impossíveis de acessar em Pequim, apesar de serem direcionados para o servidor de Hong Kong.
No entanto, as mesmas buscas executadas em computadores em Hong Kong no site Google.com.hk permitiam o acesso às páginas, o que mostra como a China impõe uma censura no continente.
A China negou nesta terça-feira que a decisão do Google de desacatar a censura do país comunista possa ter impacto nas relações com os Estados Unidos.
"Não acredito que isto tenha influência nas relações China-EUA, a não ser que alguns queiram politizar o assunto", declarou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Qin Gang.
Qin considerou a decisão do Google "um tema comercial particular" e reafirmou que a China administra a internet de acordo com suas próprias leis.
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