A companhia que supervisiona a concessão de endereços de internet,
Icann, deve aprovar na sexta-feira (25) a criação do sufixo ".xxx" para
sites com conteúdo pornográfico, afirmaram representantes da empresa
hoje.
A Icann, que é controlada pelo governo dos Estados Unidos, vinha
resistindo à criação do sufixo. A empresa por várias vezes nos últimos
anos rejeitou um pedido da norte-americana ICM Registry de autorização
para distribuir endereços de sites com sufixo ".xxx".
Mas membros do conselho da Icann vinham argumentando que, para manter a
neutralidade na concessão dos nomes de domínio, deveria ser criado
o.xxx, permitindo que sites com conteúdo sexualmente explícito
utilizassem o sufixo de maneira voluntária.
"Caso os resultados de nossa análise sejam positivos, então iremos
negociar contratos com a ICM [para o sufixo '.xxx']", disse o
conselheiro-geral da Icann, John Jeffrey, a representantes do órgão em
reunião em Bruxelas nesta quinta-feira.
A pornografia on-line é uma indústria gigante. Segundo dados do grupo de
estudos Internet Pornography Statistics, mais de US$ 3.000 dólares são
gastos com pornografia na internet a cada segundo, e a palavra "sex"
(sexo em inglês) é o termos mais buscado no mundo, representando 25% de
todas as buscas na web.
Estima-se que existam cerca de 370 milhões de sites pornográficos na
internet, o que significa que.xxx pode se tornar o sufixo mais usado do
mundo, talvez até superando o.com.
Alguns membros da indústria pornográfica, no entanto, são contrários à
utilização do ".xxx", afirmando que o sufixo facilita a censura e pode
prejudicar os negócios.
A direita religiosa norte-americana também é contra a criação do sufixo
por razões morais.
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