Um grupo de estudos da Universidade Mackenzie, de São Paulo, está na
África do Sul para mostrar a sua tecnologia de 3D de ultradefinição.
Segundo o físico Eunezio Thoroh de Souza, coordenador do projeto, a
ideia é captar e exibir partidas de futebol ao vivo em 3D, com quatro
vezes mais definição do que a do padrão HD.
Na Casa do Brasil, em Johannesburgo, a Folha assistiu a uma
exibição do padrão que será colocado à disposição dos torcedores em
telas gigantes, do tamanho das de cinema.
São impressionantes as tomadas de campo feitas na final do Campeonato
Gaúcho deste ano. Com os óculos polarizados, o espectador pode apreciar a
movimentação de cada jogador e ainda observar os torcedores na
arquibancada.
O grupo do Mackenzie, patrocinado pela Finep (Financiadora de Estudos e
Projetos, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia), pretende fazer a
transmissão dos jogos, nesse mesmo padrão, a fim de que se possa
experimentar ao vivo o 3D de ultradefinição.
Como a quantidade de dados a serem transmitidos é gigantesca, será
necessário usar a rede de fibras óticas que hoje liga vários centros de
pesquisa do mundo.
No ano passado, os pesquisadores conseguiram fazer a primeira
transmissão por via fotônica (impulsos luminosos) de uma produção
brasileira em ultra definição, o filme "Enquanto a Noite Não Vem", do
diretor Beto Souza. As universidades da Califórnia em San Diego e de
Yokohama foram as destinatárias da transmissão.
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