O grau de privacidade de usuários da internet dividiu opiniões durante
audiência pública ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do
Senado.
A audiência foi motivada por reportagem da "Época" sobre a privacidade
dos usuários e possíveis formas de rastreamento de dados.
Representantes das empresas UOL (controlado pelo Grupo Folha),
Terra, Oi e Phorm defenderam que os provedores de internet não contam
com sistemas de rastreamento capazes de invadir a privacidade de seus
usuários. Eles disseram que há segurança para o usuário quanto ao sigilo
dos dados.
Já integrantes do Ministério da Justiça, do Ministério Público e da
Unesco questionaram se os usuários têm total privacidade.
Para Eduardo Suplicy (PT-SP), que presidiu a sessão na CCJ, cabe
aperfeiçoamento da legislação para garantir mais segurança ao usuário.
"A Constituição poderia ser alterada, pois na época de sua elaboração
ninguém nem sequer falava sobre e-mail. O cenário mudou."
Para a representante do UOL, Carol Elizabeth Conway, não é preciso mudar
a lei. "A Constituição já prevê o respeito à privacidade dos usuários."
Já Laura Schertel Mendes, do Ministério da Justiça, disse que, "se o
indivíduo não puder nem sequer controlar suas próprias informações,
trata-se de um tema de democracia, em última instância".
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