quarta-feira, 30 de junho de 2010

Redes sociais mostram apoio patriótico a espiões russos

Mensagens patrióticas e antiamericanas adornam as páginas de dois supostos espiões russos na resposta russa ao Facebook, e servem como lembrete de suspeitas e ressentimentos históricos que sobreviveram ao final da guerra fria.
"A Rússia jamais os abandonará!", é a mensagem repetidas nas páginas de Mikhail Semenko e Anna Chapman, detidos nos Estados Unidos sob a suspeita de serem parte de um grupo russo de espionagem. Mais de 100 pessoas deixaram mensagens de apoio semelhantes no site de redes sociais russo odnoklassniki.ru, na quarta-feira.
"Fique firme, Misha [Mikhail]... Todo mundo sabe que isso é uma caça às bruxas norte-americana", escreveu um internauta na página de Semenko, em referência às investigações anticomunistas do senador norte-americano Joseph McCarthy no pico da guerra fria.
A detenção de supostos espiões pelos norte-americanos, alguns dias atrás, e histórias sobre encontros secretos, tinta invisível e trocas sigilosas de pacotes vêm ocupando as primeiras páginas da imprensa dos EUA.
A Rússia rejeitou raivosamente as alegações, e posteriormente afirmou que isso não prejudicaria o relacionamento com o antigo inimigo do país na era da guerra fria.
A página de Semenko informa que ele tem 27 anos, e visitou o site pela última vez em 24 de maio. A foto de seu perfil mostra o russo sorridente e de cabelos um tanto longos posando diante da Casa Branca em Washington.
"Os ianques realmente sabem como assustar as pessoas", escreveu outro internauta em um dos muitos comentários que criticam os norte-americanos e defendem a inocência dos detidos.
Comentaristas que variam de adolescentes a mulheres aposentadas são responsáveis pelas mensagens.
Chapman, cujo nome real a mídia russa diz ser Kushchenko, visitou o site pela última vez em 20 de junho. A foto da mulher de 28 anos a mostra com o rosto virado, longos cabelos castanhos, e usando um bustiê azul brilhante.
Uma das muitas mulheres que deixaram mensagens de apoio escreveu que "Anna em breve voltará para casa... Ela merece muito respeito. Livros e filmes serão feitos sobre ela".
O grupo de espiões foi acusado de recolher informações que variam de programas de pesquisa sobre ogivas nucleares de alta penetração a dados sobre candidatos a empregos na Agência Central de Inteligência (CIA), transmiti-los ao governo russo.

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