Quatro meses após a estreia do primeiro site de compra coletiva no
Brasil, já há dez funcionando no país, e o modelo de negócios atrai
investimentos estrangeiros.
O Groupon, empresa americana pioneira no ramo, lança hoje o site Clube
Urbano (clubeurbano.com.br), que começa com ofertas em São Paulo. A
primeira será a venda de vale-compras de R$ 125 na Forneria don'Ana, na
zona sul, por R$ 50.
Com investimento inicial de cerca de US$ 15 milhões, a companhia quer
estar em mais de 30 cidades do país, dentro de quatro meses.
Nos sites de compra coletiva, os clientes cadastrados recebem ofertas de
descontos -que chegam a 90%- em estabelecimentos como restaurantes e
salões de beleza. Mas o vale-compras só é válido se um número mínimo de
pessoas comprá-los.
"Nos EUA, já há 200 sites. Acredito que o Brasil pode ser nosso segundo
maior mercado em um ano", estima o presidente do Clube Urbano, Florian
Otto.
O Grupon nasceu nos EUA em 2008 e neste ano seu valor chegou a US$ 1,3
bilhão. A empresa está presente também no Canadá, na Europa e no Chile.
Em breve chega a Argentina, Japão, Austrália, Cingapura e Hong Kong.
Segundo Otto, isso permite ao grupo estabelecer parcerias globais para
criação de ofertas. A companhia, que tem 15 funcionários aqui, pretende
contratar mais cem.
Outro site que nasceu com recursos estrangeiros, o Clickon
(clickon.com.br), está presente em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e
Curitiba e chega nas próximas semanas a Recife, Brasília, Salvador, Rio
e Porto Alegre.
O grupo estreou em maio, com verba de R$ 17 milhões do empresário alemão
Klaus Hommels, também investidor dos sites Skype e Facebook. Já tem 200
mil clientes.
"Vamos manter a preocupação com a qualidade dos produtos ofertados.
Temos um know-how sobre o público brasileiro que o Groupon não tem", diz
Marcelo Macedo, um dos sócios do Clickon.
Ofertas
A rápida proliferação de páginas de compra coletiva provocou o
surgimento de um novo tipo de site, que agrega as ofertas.
Já está no ar, embora em estágio beta, o Zipme (zipme.com.br), que reúne
em um mesmo ambiente as ofertas de compra coletiva do diversos sites.
"Tivemos a ideia de criar o Zipme ao nos colocarmos na posição do
consumidor. São tantos sites que fica difícil acompanhar todas as
ofertas", explica Guilherme Wroclawski, um dos fundadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário