Um cidadão neozelandês que se dedicava a ameaçar internautas em fóruns
de internet e escreveu um polêmico livro de ficção sobre suas supostas
experiências na cidade de Harbin (nordeste da China) foi expulso do país
asiático, informou nesta sexta-feira o jornal oficial "Global Times".
Jamie Shorter,44, foi deportado e está proibido de voltar à China
durante vários anos, destacaram fontes policiais consultadas pelo
jornal, que assinalaram que não podem revelar detalhes sobre o caso.
Após sua deportação, Shorter escreveu um artigo na internet assinalando
que sua expulsão aconteceu devido a "conexões entre as pessoas às quais
causei problemas na internet e alguém do Birô de Segurança Pública".
Aparentemente, o fórum onde Shorter escrevia suas ameaças é o do popular
site "The Beijinger", muito utilizado por estrangeiros para fazer
amizades em Pequim.
Invasão de privacidade
Usuários do fórum disseram que o neozelandês usava a internet para
buscar informações sobre eles, para depois publicar suas fotos, nomes e
locais de trabalho, entre outros dados.
O livro, que escreveu sob o pseudônimo de Robert Black, despertou grande
polêmica entre os internautas da China por contar, entre outros
detalhes, a suposta violação de uma jovem deste país.
Amigos de Shorter consultados pelo jornal "Global Times" indicaram que
ele é "uma pessoa normal" e que talvez tenha cometido "certos excessos",
mas asseguraram que não foi tratado com justiça, e que ser deportado
por comentários na internet é "ridículo".
É a segunda vez em uma semana que um cidadão neozelandês protagoniza
incidentes com as autoridades chinesas.
Ainda no dia 18, um deputado da Nova Zelândia foi agredido no país por
guarda-costas do vice-presidente chinês, Xi Jinping, durante um protesto
contra a política do regime comunista no Tibete, organizada próxima ao
Parlamento neozelandês, em Wellington.
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