Incipiente no Brasil, o desenvolvimento de aplicativos patrocinados
para telefones celulares ganhou força com a Copa do Mundo.
Marcas como TAM, Vivo, Extra e TIM aproveitaram o evento para lançar
programas gratuitos que permitem checar a classificação das seleções,
perfis dos jogadores, a escalação das equipes e receber alertas de gol.
O objetivo comum é marcar presença no dia a dia dos consumidores, cada
vez mais conectados. "As pessoas esquecem a carteira em casa, mas não
esquecem o celular", diz a gerente de marketing do grupo Pão de Açúcar,
Andréa Dietrich.
Patrocinadora oficial da seleção brasileira, a bandeira Extra lançou em
março o aplicativo "Torcida Extra", que disponibiliza notícias e tabelas
dos jogos, além de divulgar promoções e ajudar o usuário a localizar o
supermercado mais próximo.
Outra patrocinadora da seleção, a TAM disponibiliza o "Paixão por
Torcer".
Empresários apostam que, com a expansão dos smartphones no mercado,
essas iniciativas devem aumentar. A consultoria Gartner estima em US$
6,8 bilhões o faturamento mundial do setor neste ano. Para 2013, a
previsão é de US$ 29,5 bilhões.
No Brasil, as companhias com presença nos celulares ainda são minoria:
uma pesquisa feita entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010 revelou
que apenas 14% das 500 maiores empresas do país já tinham desenvolvido
algum aplicativo.
"Elas ainda estão se movimentando para marcar presença nessa nova
mídia", diz Guilherme Santa Rosa, sócio-diretor da Mowa, responsável
pelo estudo.
Alexandre van Beeck, diretor de planejamento da agência Future Group,
adverte que as iniciativas precisam ser bem pensadas. "Da mesma forma
que as pessoas baixam um aplicativo com facilidade, também o descartam
com facilidade."
Para Santa Rosa, da Mowa, este é um "momento de ouro" para os
aplicativos. "O que gera resultado é o conteúdo relevante, e, para os
brasileiros, a Copa é extremamente relevante."
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