Primeiro a rede de livrarias norte-americana Barnes & Noble anunciou
nesta segunda-feira a redução de preço de seu leitor de livros
eletrônicos, o Nook. A versão 3G passa de US$ 259 para US$ 199, e uma
nova versão do aparelho, apenas com conectividade Wi-Fi, sai por $149.
O contra-ataque da Amazon veio no mesmo dia: o preço do Kindle caiu de
US$ 259 para US$ 189.
A redução de preços é uma resposta dos fabricantes de leitores
eletrônicos à ameaça crescente do tablet da Apple, o iPad. Mesmo que
seja mais caro do que os leitores de e-books, o iPad, que custa a partir
de US$ 500, tem uma série de funções adicionais e acessadas por um
visor colorido, sensível ao toque, que contrasta com a tela estática e
monocromática dos leitores de livros digitais.
Steven Jobs, executivo-chefe e fundador da Apple, disse este mês, no
evento de anúncio do iPhone 4, que os proprietários do iPad tinham
baixado mais de cinco milhões de livros digitais nos últimos dois meses,
ou uma média 2,5 livros para cada iPad.
O número é especialmente preocupante para a Amazon, porque significa que
os as pessoas estão dispostas a ler livros em um tablet que é mais
pesado que o Kindle, e que tem uma tela brilhante, que pode causar
fadiga ocular, diferentemente da tecnologia de tinta eletrônica usada
pelo leitor da companhia.
A Sony também pode ser afetada pelos cortes de preços. Foi a primeira no
mercado a lançar um e-book, o Reader, mas tem ficado para trás de seus
rivais. Ela não tem o poderio de vendas on-line da Amazon e nem a
presença no mercado da Barnes & Noble.
O modelo mais básico do Reader custa US$ 169, mas não tem conexão sem
fio, o que pode colocar a Sony sob pressão para que ela também reduza os
preços.
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