terça-feira, 29 de junho de 2010

3D educa, informa e dá suporte profissional

Se a primeira coisa que lhe vem à mente quando falam em 3D são os Na'vi de "Avatar" ou a possibilidade de assistir a eventos esportivos nesse formato, é melhor ampliar seus horizontes. Afinal, as três dimensões há tempos vão além da esfera do entretenimento.
A chamada tecnologia 3D pode se referir à visualização de imagens que simulam a profundidade de campo, como no citado "Avatar", ou à modelagem 3D por computação gráfica, que cria e manipula objetos e cenários virtuais. Essas duas vertentes têm sido ferramentas importantes em campos como educação, indústria, arquitetura e turismo.

O Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Universidade de São Paulo (USP) realiza desde 1999 pesquisas com tecnologias imersivas. Petrobras, Embraer, Furnas e o espaço educacional Catavento, ligado ao governo de São Paulo, estão entre seus clientes. A Petrobras, por exemplo, usa soluções 3D da USP para analisar a exploração de águas profundas. Já o Catavento lançou em 2009 um passeio virtual pelo Rio de Janeiro desenvolvido pelo LSI.
O responsável pelo Catavento, o educador Sérgio Freitas, tem uma teoria para o 3D estar tão em voga. 'O 3D exige muita computação e os equipamentos estão ficando mais poderosos agora'. O coordenador do laboratório da USP, Marcelo Zuffo, concorda. 'O que houve nos últimos anos foi uma massificação que levou ao barateamento desta tecnologia', argumenta. Zuffo representará o Brasil em uma conferência sobre 3D em Los Angeles nos dias 24 e 25 de julho.
SIMULADORES
Certos parques de diversão aderem ao 3D há tempos para criar experiências capazes de entreter e educar ao mesmo tempo. Curtas animados neste perfil são o foco do cinema Cinétrion, inaugurado há 11 anos no Hopi Hari, em São Paulo.
"A atração é bastante procurada desde a inauguração, não apenas com o atual sucesso do 3D. As sessões possuem entre 70 e 80% de lotação", explica a gerente de comunicação do parque, Fabíola Gaspari. O filme atualmente em cartaz, "Odisseia no Espaço", simula uma viagem interplanetária.
MAQUETES
O Google está "namorando" o 3D aos poucos. No ano passado, o engenheiro do YouTube Peter Bradshaw publicou um vídeo onde ele mesmo lança a tag 'yt3d:enable=true', que libera configurações de visualização em 3D para os vídeos que assim foram tagueados.
O vídeo em questão precisa ser filmado com duas câmeras alinhadas. A tag habilita 14 modos de visualização da imagem. A maioria deles requer óculos anaglíficos (aqueles com filtros em vermelho e ciano). Também é possível optar pela versão 2D de uma das imagens.
Desde 2005 o Google também experimenta com a modelagem 3D no Earth e no Maps. Neste último é possível exibir pontos turísticos como a Casa Branca e a Torre Eiffel em 3D. A novidade deste ano foi a inclusão das maquetes dos 10 estádios da Copa do Mundo na África do Sul, que podem ser acessados em tinyurl.com/estadioscopa2010.
Outra ferramenta da empresa em 3D é o SketchUp, software de modelagem disponível nas versões gratuita e paga (para profissionais). O download desta última custa US$ 495.

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