O recluso Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da Apple, uma das
empresas mais fechadas do mundo, tem respondido quase compulsivamente a
vários e-mails de fãs, que depois divulgam a troca de mensagens na
internet.
O hábito se tornou tão frequente que já existem sites como o sentbystevejobs.com,
dedicados a compilar missivas do poderoso chefão da Apple a cidadãos
comuns.
As respostas costumam se resumir a "sim" ou "não", o que já é suficiente
para deliciar os entusiastas da marca.
"Meu Deus, não vou limpar minha caixa de entrada nunca mais!", comemorou
Devir Kahan, que reclamou em fevereiro sobre um problema com um teclado
da Apple e recebeu de Jobs uma promessa de conserto e um pedido de
desculpas.
Dono de uma pequena empresa, John Devor gastou 2.612 toques para
reclamar sobre o aviso legal que recebera de advogados da Apple para
parar de usar a marca registrada iPod em um de seus softwares.
"Mude o nome do seu programa. Não é nada de mais", disparou Jobs.
Em maio, o fundador da Apple deixou de lado o laconismo em um longo
bate-boca com Ryan Tate, blogueiro da Gawker, empresa de mídia que
comprou um protótipo do iPhone 4 e revelou-o no Gizmodo.
Mas os assuntos tratados por Jobs em e-mails não se limitam a
frivolidades de software e hardware.
Em abril, um rapaz que perdeu a namorada, vítima de câncer, agradeceu a
Jobs por ele ter lutado pela aprovação de uma lei de doação de órgãos na
Califórnia.
"Não há de quê, James. Sinto muito por sua namorada. A vida é frágil."
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