A receita da Adobe Systems saltou após o lançamento da nova versão de
seu programa de design CS5. A empressa ressaltou que suas vendas não
foram afetadas pela disputa com a Apple.
A fabricante do iPad proibiu o uso do software Flash, da Adobe, em seus
aparelhos móveis, alegando que a tecnologia de áudio, vídeo e games era
inferior ao padrão HTML 5, concorrente do Flash.
"Ainda não percebemos impacto [da disputa com a Apple]", disse o
presidente-executivo da Adobe, Shantanu Narayenon, em teleconferência na
terça-feira (22).
Ele afirmou que a linha de softwares Creative Suite 5, que inclui o
Flash, vinha registrando vendas melhores que a versão anterior nos meses
após seu lançamento. Uma das ferramentas do novo programa permite a
criação de aplicativos para iPhone e iPad. A Apple, no entanto, baniu
seu uso nos aparelhos.
"Quaisquer preocupações de que a disputa poderia ter afetado as vendas
do CS5 podem ser deixadas de lado", disse o executivo em entrevista após
a teleconferência.
A receita da Adobe registrou alta de 34%, para US$ 943 milhões, no
segundo trimestre encerrado em 4 de junho em relação ao mesmo período de
2009. O resultado foi maior que a média de US$ 906 milhões esperados
por analistas.
Já o lucro da empresa, excluindo itens, foi de US$ 0,44 por ação, ante
previsão média de analistas de US$ 0,42 por ação, segundo dados da
Thomson Reuters I/B/E/S.
Consumidores elogiaram o novo software, que inclui programas como
Photoshop, Illustrator e Dreamweaver. A versão anterior do Creative
Suite não foi tão bem recebida quando lançada, em 2008, em meio à
recessão econômica.
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