No último domingo, quando Luis Fabiano ainda dava o primeiro toque de
braço no golaço que fez na vitória brasileira por 3 a 1 contra a Costa
do Marfim, a vizinhança já comemorava.
O momento estraga-prazeres decorre do atraso da transmissão digital
(terrestre, via cabo e via satélite) em relação à analógica, que ficou
evidente durante a Copa do Mundo na África do Sul.
"Isso acontece porque é preciso converter o programa analógico para
digital, processar para melhorar a qualidade, subir o sinal para o
satélite e, por fim, enviá-lo às residências de todo o Brasil", afirma a
Sky.
Alessandro Maluf, gerente de marketing da Net, faz uma analogia: "Se eu
enviar para você uma foto tirada com uma câmera profissional, em alta
resolução, e minha amiga mandar a mesma foto, tirada com a câmera
fraquinha de um celular, você vai receber a mensagem dela muito mais
rápido."
VANGUARDA DO ATRASO
A Net, a TVA e a Sky estimam que esse atraso varie de dois a três
segundos _que não fazem diferença durante a programação normal, mas são
uma eternidade quando se fala em jogos de futebol.
O problema deve ser atenuado quando todos os telespectadores do Brasil
migrarem para o formato digital, o que está previsto para 2016.
"O mundo digital sempre vai estar atrasado", afirma Dante Compagno,
gerente executivo de produto da TVA. Ele estima que na Copa de 2014, no
Brasil, o atraso já não será mais percebido.
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