segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Usuários do Kindle apontam prós e contras do leitor eletrônico

Carregar 500 livros de uma vez só era humanamente impossível até 2007, ano em que a Amazon sacudiu o mercado editorial com o lançamento do primeiro leitor eletrônico a ficar famoso no mundo, o Kindle.

Dois anos se passaram até que, nesta segunda-feira (19), o aparelho chegasse aos consumidores no Brasil. Mas, será que o e-reader consegue sobreviver ao próprio "hype" por aqui?

"Vai depender do catálogo em português. No Brasil se lê muito pouco. Acho difícil que venha a ser um mercado importante", diz o articulista da Folha, Hélio Schwartsman, 44, que adotou o leitor eletrônico antes de ele chegar ao Brasil.
A "sentença de morte" prematura rima com a de outro "early adopter", o engenheiro e diretor de tecnologia do Yahoo!, Antonio Carlos Silveira, 33. "Para o Brasil, o preço é inibidor. A galeria de livros serve para quem lê coisas em inglês. É coisa de viciados em eletrônicos", analisa. "Acho que não vai vender nada. Mil reais por um aparelho preto-e-branco, sem luz e sem resolução de imagens? Só maluco."
Outro usuário procurado pela Folha Online, o engenheiro agrônomo Miguel Cavalcanti, 31, segue a mesma linha. "Acho que não vai [pegar no Brasil]. É um mercado muito menor que o do iPhone, por exemplo", observa.
O modelo internacional do Kindle, que vai estar disponível para compra no Brasil, tem um display de seis polegadas com tecnologia E-Ink (é possível ver a página, que tem contraste semelhante ao do papel, por diversos ângulos) e capacidade de armazenamento de 1.500 livros em 2 Gbytes.
Pesa 289,2 g --para comparação, um iPhone tem 135 g. Possui conexão wireless, ou seja, é possível baixar livros da Amazon em qualquer lugar, a diversos preços (US$ 9, em média). A bateria é um dos pontos altos: todos os usuários consultados pela reportagem relataram uma duração extensa, de duas semanas, em média.
Os livros, de acordo com a loja, chegam em 60 segundos. O preço do aparelho é US$ 279 (R$ 480), mais taxas de importação e entrega. Na moeda brasileira, isso significa uma cifra que beira os R$ 1.000. A aquisição é feita por intermédio do site da Amazon
Leve e funcional
"O que mudou na minha vida foram as malas, que ficaram mais leves. E também a ansiedade por um livro mais novo, que agora mais fácil de obter", observa Cavalcanti, que tem "uns 40 livros, mais dez arquivos convertidos para o formato". O engenheiro agrônomo comprou o Kindle em abril de 2008 --trata-se do primeiro modelo do aparelho.
"O interessante é que o Kindle cria um espaço para ter classe média de autores. Aquele autor nem tão conhecido ganha 35% sobre a venda", aponta.
Embora não lembre exatamente a data de aquisição, Silveira também endossa a opinião quanto à funcionalidade de levar vários livros no formato. "Você consegue mover, mudar eletronicamente, iluminar um trecho, sincronizar para o computador. Ele lê a tela, emula voz de homem e mulher para ler automaticamente", enumera.
"Além de ser leve, outra vantagem é dicionário acoplado", diz Schwartsman. "No Brasil, é útil porque você consegue comprar o livro na hora, e de forma barata. Senão de graça."




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