Os leitores não vão usar de forma disseminada um equipamento só para ler  livros ou jornais. É a partir desse raciocínio que o diretor do Laboratório de  Jornalismo da Fundação Nieman, na Universidade Harvard, Joshua Benton, não  enxerga no Kindle, leitor de livros eletrônico da Amazon, ou em outros aparelhos  similares a solução para as finanças dos jornais. 
Em entrevista concedida a Fernando Rodrigues e publicada nesta  terça-feira (27) pela Folha (íntegra  disponível para assinantes do jornal e do UOL), Benton defende que novos  e-readers sejam multifuncionais, e que deem acesso fácil à web. Neste caso, o  conteúgo pago estaria ante a outro dilema, a partir do conteúdo gratuito de  jornais on-line na internet.
Para ele, o sistema de micropagamentos também está fadado ao fracasso. Uma  coisa é pagar US$ 0,50 por uma música que poderá ser ouvida várias vezes, diz  ele. Outra é comprar uma notícia para ser lida uma vez e da qual não se conhece  previamente a qualidade. 
A internet tem efeitos negativos para o chamado "jornalismo de qualidade",  com orçamentos mais reduzidos para longas e custosas investigações. 
Mas Benton aponta as vantagens oferecidas pela web na produção de reportagens  de boa qualidade, ilustrando isso com o fato de ter se tornado "trivial a  transmissão de uma reportagem de qualquer lugar no mundo". Repórteres também  possuem hoje ferramentas poderosas de pesquisa. Segmentos de leitores podem ser  "agrupados e servidos por um jornalismo muito específico que não poderia  sobreviver no modelo antigo".
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