Quando quer conversar com amigos, resolver algum problema, tirar uma  dúvida ou contar uma novidade, Luísa Jubilut, 15, gosta de rapidez. Por  isso, deixa o e-mail de lado e opta por usar o Orkut, o Facebook ou o  MSN Messenger. 
"Pergunto alguma coisa, aperto o Enter e, no mesmo segundo, a pessoa  responde", diz a aluna do primeiro ano no ensino médio. E-mail, para  ela, só serve para enviar arquivos mais pesados, como fotografias. "Não é  automático, então demoro muito para ter resposta."
Assim como Luísa, diversos adolescentes preferem atualizar seus status  no Twitter ou compartilhar no Facebook para onde vão ou o que acharam da  última prova da escola. 
Pesquisa do Pew Internet & American Life Project aponta que o e-mail  vem perdendo espaço para mensageiros instantâneos e SMS como forma de  comunicação com os amigos. 
"Os adolescentes estão bem menos enamorados com o e-mail e preferem se  comunicar com os amigos por mensagem de texto e redes sociais. O e-mail é  visto como uma ferramenta usada para se comunicar com "gente velha",  como pais e professores", afirma em entrevista à Folha Mary  Madden, pesquisadora do Pew Internet. 
Para Madden, os adolescentes se valem da tecnologia para passar por uma  fase bastante sociável de suas vidas. "É muito importante para eles se  sentirem no circuito e não se desconectarem em nenhum momento. Mesmo  quando não estão juntos, eles querem saber o que está acontecendo na  vida de seus amigos." 
Terceiro espaço 
Ela ressalta, ainda, que a internet funciona como um terceiro espaço  para os adolescentes --sendo o primeiro a casa e o segundo, a escola. "A  rede funciona como um lugar além, em que eles podem conversar,  socializar e explorar suas identidades e relações, que estão em  constante mudança." 
O uso de e-mail entre adultos, no entanto, alcança uma porcentagem alta.  Pesquisa feita pelo instituto em setembro aponta que 89% dos adultos  enviam ou leem e-mail --e 58% fazem isso em um dia comum. 
A estudante de relações públicas Fernanda Daprá, 21, é uma exceção. Ela  só usa e-mail no trabalho. "E-mail pessoal eu abro de vez em nunca. Não  gosto. É muito confuso, as pessoas mandam umas coisas que não têm nada a  ver", diz. 
Ela prefere usar o Orkut, o Facebook e o Twitter. "Nas redes sociais,  ninguém me manda corrente. É direto, mais rápido. Todo mundo é curioso.  Chega um scrap, você vai olhar. E e-mail nem sempre você abre na hora",  diz a estudante, que mantém seu perfil acessível apenas para amigos. 
Segundo o Ibope Nielsen Online, adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos  abrem 87 páginas de sites de e-mail por mês. Na faixa de 18 a 34 anos,  cada usuário de e-mail abre no mês uma média de 514 páginas, o que  mostra como o correio eletrônico recebe bem mais atenção entre os mais  velhos. 
No que diz respeito a redes sociais, a diferença é menor. Os  adolescentes acessaram, em setembro, 877 páginas de redes sociais,  enquanto os adultos fizeram isso 819 vezes.
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