quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Hackers "bombardeiam" urnas eletrônicas em novembro

A segurança das urnas eletrônicas será posta à prova no mês que vem por 26 especialistas em informática e hackers que se inscreveram em um desafio aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"O tribunal decidiu aceitar a inscrição de todas as pessoas que manifestaram interesse em pôr as urnas à toda prova para mostrar que não há intenção de vetar ninguém nem nenhum tipo de estratégia", disse um representante do TSE.

Os 26 hackers e especialistas, que terão acesso tanto ao hardware como ao software do sistema, participarão entre os dias 10 e 13 de novembro dos testes públicos de segurança do sistema eletrônico de votação na sede do tribunal.
Os dez desafiantes, já que alguns trabalharão em grupo, terão quatro dias para tentar violar os códigos de segurança do software, o sigilo do voto ou para alterar algum voto digitado com a ajuda de diversos programas e equipamentos.
O TSE decidiu promover o desafio em resposta às reclamações de alguns partidos políticos que alegam que a apuração de uma eleição no Brasil pode ser manipulada por especialistas em informática.
Para o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino, o teste também servirá para detectar possíveis lacunas no sistema.
Segundo Janino, entre os desafiantes inscritos figuram desde profissionais em ciência da computação, engenharia eletrônica e análise de sistemas, até especialistas em auditoria.
O secretário acrescentou que a diversidade das estratégias que serão utilizadas pelos desafiantes pode ser medida no prazo que cada um solicitou para tentar violar o sistema, que varia de uma hora até quatro dias.
Planos de ataque
"Um dos inscritos alega que a pesquisa por ondas eletromagnéticas permite identificar as teclas usadas pelo eleitor e, assim, violar o sigilo do voto", afirmou Janino, citado em comunicado do tribunal.
"Também há planos para tentar invadir o sistema com softwares maliciosos", acrescentou, ao se referir a um desafiante que pretende chegar à memória da urna com um programa criado especialmente para violações de sistemas.
"Sua intenção é promover desvios nos votos digitados com um software que se autodestrói depois de usado para não deixar vestígios", disse.
O TSE premiará com R$ 5 mil ao grupo de desafiantes que mais se aproximar do objetivo de violar a segurança do sistema.

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