Na semana passada, a Amazon anunciou com estardalhaço o lançamento internacional do Kindle, seu aparelho para leitura eletrônica, assim como uma redução no preço do produto --mas as perspectivas da companhia para esse mercado ficaram nebulosas, poucos dias depois.
Em uma nova incursão em terras distantes das buscas na internet, o Google apresentou na Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha) seu projeto Google Editions, loja virtual com a qual entrará oficialmente no mundo editorial e começará a fazer dinheiro com a digitalização de livros.
O Google Editions será uma plataforma de livros digitalizados que não serão baixados, mas que estarão disponíveis na rede. O usuário poderá ler em qualquer dispositivo com tela e conexão com a internet.
Isto inclui computadores, telefones celulares e leitores de livros eletrônicos --mas não o Kindle, que é compatível apenas com os títulos à venda no site da Amazon, sua fabricante.
O Kindle pode armazenar até 1.500 livros e sua tela não cansa a vista graças à tecnologia E-ink.
Especialistas do setor consideram que a entrada do Google neste mercado não representa uma ameaça para os fabricantes de leitores de livros digitais, mas sim uma oportunidade, porque a existência de uma nova plataforma aumentará as vendas.
Entretanto, como o Kindle só permite que o usuário leia os livros adquiridos no Amazon, não se beneficiará do projeto do Google.
Alguns analistas apontam que o Amazon conseguiu fazer com que o Kindle seja popular, mas não conseguiu o sucesso da Apple com seu iPod --que segue um modelo de negócios similar-- e não consegue competir com outros leitores eletrônicos em termos de preço.
Sarah Rotman Epps, analista da empresa de consultoria Forrester Research, diz que o Google Editions reforçará o posicionamento de fabricantes de dispositivos abertos, como o leitor da Sony, mas não a do Kindle.
No entanto, Epps disse acreditar que o Kindle está bastante disseminado e, por isso, não sofrerá muito com o avanço do projeto do Google.
"Certamente, apresenta uma concorrência coletiva para a Amazon, mas para muitas pessoas o termo 'leitor eletrônico' é sinônimo de Kindle", disse a especialista.
O principal problema para a Amazon reside nos países nos quais o Kindle ainda não tem uma fração de mercado nem uma imagem estabelecida.
A Forrester Research espera que três milhões de leitores de livros digitais sejam vendidos neste ano graças à redução de preços, e que este número suba para 13 milhões em 2013.
A Sony tem seu leitor, a Apple também --em forma de aplicação para o iPhone-- e a cadeia americana de livrarias Barnes&Noble anunciou recentemente o lançamento de um aparelho próprio.
Uma das poucas companhias que parece não estar interessada em entrar no negócio é a Microsoft.
Perguntado sobre se o grupo pretende lançar seu próprio leitor, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, disse na semana passada que a empresa não precisa disso, pois já produz o software que faz funcionar o leitor digital mais popular do mundo.
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