quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Telefónica espera expansão de 9% das telecomunicações na América Latina

A espanhola Telefónica estima que o setor das telecomunicações na América Latina tenha expansão a uma taxa anual de 9%, evolução que compensa a falta de crescimento no mercado espanhol.
"O setor das telecomunicações na América Latina está crescendo a uma taxa anual entre 6% e 9%", disse nesta quinta-feira o presidente da Telefónica América Latina, José María Álvarez Pallete.

Participando do quinto encontro empresarial ibero-americano na cidade argentina de Mar del Plata prévio a 20ª Cúpula Ibero-Americana, o diretor da região vive um momento "inédito" que apresenta grandes possibilidades de crescimento.
"A região tem todo o necessário do ponto de vista da infraestrutura, de talento humano e da atração do capital internacional para que a inovação seja um fator diferenciador. Há muitos fatores que fazem com que este seja um momento único para a região em acumulação de capital e em investimento no setor de telecomunicações e de comunicação", sustentou.
Segundo Álvarez Pallete, para Telefónica a "Espanha já não é o maior mercado" por isso que as consequências da crise global são compensadas por enquanto pela expansão em outras regiões, como a América Latina, onde a companhia tem uma posição de liderança.
Na região, o Brasil é um dos mercados mais atraentes já que, garantiu o diretor, "vai seguir crescendo, especialmente no setor dos dados móveis".
"É um mercado extremamente atraente porque o crescimento está dividido nas diferentes camadas sociais já que há muita gente que está obtendo produtos de consumo aos quais antes não tinha acesso", apontou.
O México, apesar ter sido afetado pela crise global, "é um mercado que está crescendo bem e é um país que está fazendo as coisas de forma boa", acrescentou.
Outro mercado forte é a Argentina, admitiu, onde cresceu significativamente a penetração da telefonia celular, com mais aparelhos do que habitantes.
No entanto, o diretor opinou que "medir o crescimento do setor das telecomunicações pelo número de celulares por pessoa vai ficar obsoleto em breve".
"Dentro de muito pouco tudo vai estar conectado à rede, não só as pessoas, mas os automóveis, os contadores gás e eletricidade, os televisores, as máquinas vendedoras a varejo, as caixas automáticos, tudo vai estar conectado à rede", explicou.
Inclusive na crise global, acrescentou, o negócio das telecomunicações se mostrou dinâmico em nível mundial porque se transformou em um bem essencial que "resiste melhor do que em outras" tempestades econômicas.

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