A espanhola Telefónica estima que o setor das telecomunicações na
América Latina tenha expansão a uma taxa anual de 9%, evolução que
compensa a falta de crescimento no mercado espanhol.
"O setor das telecomunicações na América Latina está crescendo a uma
taxa anual entre 6% e 9%", disse nesta quinta-feira o presidente da
Telefónica América Latina, José María Álvarez Pallete.
Participando do quinto encontro empresarial ibero-americano na cidade
argentina de Mar del Plata prévio a 20ª Cúpula Ibero-Americana, o
diretor da região vive um momento "inédito" que apresenta grandes
possibilidades de crescimento.
"A região tem todo o necessário do ponto de vista da infraestrutura, de
talento humano e da atração do capital internacional para que a inovação
seja um fator diferenciador. Há muitos fatores que fazem com que este
seja um momento único para a região em acumulação de capital e em
investimento no setor de telecomunicações e de comunicação", sustentou.
Segundo Álvarez Pallete, para Telefónica a "Espanha já não é o maior
mercado" por isso que as consequências da crise global são compensadas
por enquanto pela expansão em outras regiões, como a América Latina,
onde a companhia tem uma posição de liderança.
Na região, o Brasil é um dos mercados mais atraentes já que, garantiu o
diretor, "vai seguir crescendo, especialmente no setor dos dados
móveis".
"É um mercado extremamente atraente porque o crescimento está dividido
nas diferentes camadas sociais já que há muita gente que está obtendo
produtos de consumo aos quais antes não tinha acesso", apontou.
O México, apesar ter sido afetado pela crise global, "é um mercado que
está crescendo bem e é um país que está fazendo as coisas de forma boa",
acrescentou.
Outro mercado forte é a Argentina, admitiu, onde cresceu
significativamente a penetração da telefonia celular, com mais aparelhos
do que habitantes.
No entanto, o diretor opinou que "medir o crescimento do setor das
telecomunicações pelo número de celulares por pessoa vai ficar obsoleto
em breve".
"Dentro de muito pouco tudo vai estar conectado à rede, não só as
pessoas, mas os automóveis, os contadores gás e eletricidade, os
televisores, as máquinas vendedoras a varejo, as caixas automáticos,
tudo vai estar conectado à rede", explicou.
Inclusive na crise global, acrescentou, o negócio das telecomunicações
se mostrou dinâmico em nível mundial porque se transformou em um bem
essencial que "resiste melhor do que em outras" tempestades econômicas.
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