Um grupo de usuários do iPhone e do iPad entrou com processo contra a
Apple alegando que certos aplicativos repassavam informações pessoais a
anunciantes sem consentimento prévio, de acordo com documentos
judiciais.
No processo que busca enquadramento como causa coletiva, apresentado a
um tribunal federal na Califórnia, os usuários solicitam que seja
proibido repassar informações sobre eles sem seu consentimento e sem
remuneração.
Além da Apple, fabricantes de aplicativos populares como Textplus4,
Paper Toss, Weather Channel, Dictionary.com, Talking Tom Cat e Pumpkin
Maker também foram apontados como réus no processo.
"Nenhum dos acusados informou devidamente os queixosos quanto às suas
práticas, e nenhum obteve o consentimento deles para essas ações,"
afirma a petição apresentada em 23 de dezembro.
O número único de identificação que a Apple designa para seus aparelhos
se tornou um recurso atraente para anunciantes externos que desejem
rastrear de maneira confiável as atividades on-line dos usuários de
aparelhos móveis, segundo o processo.
Em abril, a Apple alterou seu contrato-padrão com criadores de
aplicativos, proibindo o envio de informações a terceiros, com exceção
daquelas consideradas diretamente necessárias à funcionalidade dos
programas.
No entanto, o processo alega que a Apple não tomou medidas para
implementar essa mudança na prática ou fiscalizá-la de maneira
significativa, em decorrência de críticas dos grupos publicitários.
No mês passado, o Facebook anunciou que alguns de seus aplicativos
violavam as normas do serviço de redes sociais quanto à transmissão de
informações sobre os usuários, e prometeu resolver o problema.
Em 16 de dezembro, um grupo de trabalho de política de Internet, do
Departamento de Comércio norte-americano, afirmou em relatório que
criaria uma divisão de proteção da privacidade e desenvolveria um código
de adesão voluntária para as empresas de dados e os anunciantes que
rastreiam o comportamento de usuários da Internet.
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