segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Centro de operações integra órgãos da Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), apresentou nesta segunda-feira o primeiro centro de operações do país a integrar secretarias e órgãos de um município.
Desenvolvido em parceria com a IBM, com custo de R$ 11 milhões, ele vai permitir que funcionários da prefeitura acompanhem o que se passa na cidade por meio de uma rede formada por 100 câmeras e de um sistema de informação digital. A intenção é que, dessa forma, possam agir de forma mais rápida numa situação de crise.
O centro terá representantes de 30 órgãos e concessionárias de serviço municipais. Uma equipe de 70 controladores ficará 24 horas por dia monitorando a cidade, e poderá tomar decisões sem a participação do prefeito, de acordo com decreto publicado hoje.
O custo mensal de manutenção do centro é de R$ 1,5 milhão.
Na sala de controle, um telão de 80 metros quadrados mostrará, por exemplo, as vias engarrafadas da cidade, a previsão meteorológica, locais onde houve queda de energia elétrica e escolas ou hospitais que tenham sido atingidos pela falta de luz.
Os controladores também terão informações sobre os veículos ou o efetivo da prefeitura mais próximo de algum incidente para serem acionados.
O centro vai divulgar pela internet três boletins diários sobre as principais ocorrências na cidade.
O prefeito Eduardo Paes disse que a iniciativa tira o caráter de improviso que hoje existe para a solução de problemas de emergência no município. "As tecnologias já estavam disponíveis. O que estamos fazendo é integrá-las, o que vai permitir uma resposta mais rápida", disse.
Para o prefeito, o centro é o "mais moderno do mundo", e coloca o Rio como uma das "smart cities" (cidades inteligentes) da IBM, ao lado de Nova York, Cingapura e Madri.
Mas Paes reconheceu que, embora seja um sistema de última geração, sua eficácia depende da experiência no uso da tecnologia e na integração das equipes. "Ainda temos um processo de aprendizado pela frente."
O centro foi construído em quatro meses e é um dos investimentos do Rio para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas de 2016. O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, participará da inauguração oficial, na sexta-feira (31).

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