O início deste ano foi marcado pela disputa entre o Google e o governo
chinês. A razão foi a indisposição da empresa de cumprir leis do país
asiático que eram consideradas "censura", a exemplo do filtro de
resultados de busca.
Na opinião de Wang Xi, proprietário do sistema de busca para celulares Easou,
não há censura. "O governo tem regras e todo mundo deve obedecê-las. Se
você estiver dentro dessas normas, você dirige seus negócios sem
problemas", afirmou o executivo durante um encontro de empreendedores
promovido pela Dell em Round Rock, no Texas.
Para ele, as iniciativas governamentais são positivas. "Há muito apoio para negócios domésticos", comentou.
Xi considera que o futuro da internet está no celular. Esse foi o motivo
pelo qual fundou sua empresa, em 2005. "Ninguém mais terá PCs, todas as
informações estarão no celular", arrisca, mencionando o sucesso do
iPhone como evidência para sua aposta.
GOOGLE VS. CHINA
A exigência de filtros para resultados de busca não foi o único motivo
pelo qual o Google tomou a decisão de deixar a China. Houve ainda uma
série de ataques virtuais que atingiram os serviços da empresa no meio
de dezembro, atribuídos pelos executivos às autoridades chinesas.
De acordo com a diretoria do Google, havia evidências que sugeriam a
intenção de acessar as contas de Gmail de ativistas chineses de direitos
humanos.
Em março, a empresa fechou seu portal na China e passou a redirecionar os usuários a servidores em Hong Kong. Em outubro, encerrou contrato com sete agentes de publicidade locais.
Analistas de mercado acreditam, no entanto, que a suspensão das
operações não vá perdurar. A China é um dos maiores mercados de internet
do mundo --em agosto deste ano, o país marcava 420 milhões de usuários,
de acordo com estudo publicado pelo "Periódico do Povo".
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