sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Criador de ferramenta de busca chinesa não vê censura no país

O início deste ano foi marcado pela disputa entre o Google e o governo chinês. A razão foi a indisposição da empresa de cumprir leis do país asiático que eram consideradas "censura", a exemplo do filtro de resultados de busca.
Na opinião de Wang Xi, proprietário do sistema de busca para celulares Easou, não há censura. "O governo tem regras e todo mundo deve obedecê-las. Se você estiver dentro dessas normas, você dirige seus negócios sem problemas", afirmou o executivo durante um encontro de empreendedores promovido pela Dell em Round Rock, no Texas.
Para ele, as iniciativas governamentais são positivas. "Há muito apoio para negócios domésticos", comentou.
Xi considera que o futuro da internet está no celular. Esse foi o motivo pelo qual fundou sua empresa, em 2005. "Ninguém mais terá PCs, todas as informações estarão no celular", arrisca, mencionando o sucesso do iPhone como evidência para sua aposta.
GOOGLE VS. CHINA
A exigência de filtros para resultados de busca não foi o único motivo pelo qual o Google tomou a decisão de deixar a China. Houve ainda uma série de ataques virtuais que atingiram os serviços da empresa no meio de dezembro, atribuídos pelos executivos às autoridades chinesas.
De acordo com a diretoria do Google, havia evidências que sugeriam a intenção de acessar as contas de Gmail de ativistas chineses de direitos humanos.
Em março, a empresa fechou seu portal na China e passou a redirecionar os usuários a servidores em Hong Kong. Em outubro, encerrou contrato com sete agentes de publicidade locais.
Analistas de mercado acreditam, no entanto, que a suspensão das operações não vá perdurar. A China é um dos maiores mercados de internet do mundo --em agosto deste ano, o país marcava 420 milhões de usuários, de acordo com estudo publicado pelo "Periódico do Povo".

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