A aquisição por parte da Nokia Siemens Networks da divisão de
equipamento de redes da Motorola, avaliada em US$ 1,2 bilhão, foi adiada
por decisão das autoridades regulatórias chinesas, que ainda não deram
aval a operação.
O presidente-executivo da Nokia Siemens, a joint venture entre a Nokia e
a alemã Siemens para equipamento de redes, disse estar cooperando com o
departamento anti-monopólio do Ministério do Comércio chinês a fim de
obter a autorização.
"O adiamento é decepcionante, mas nossa expectativa é concluir a
operação no começo do ano que vem", afirmou Rajeev Suri,
presidente-executivo da Nokia Siemens Networks, em comunicado desta
terça-feira.
O acordo reforçará a posição da Nokia Siemens Networks diante de seus
principais rivais chineses e a tornará a segunda maior fabricante
mundial de equipamento para telecomunicações, atrás apenas da chinesa
Huawei .
Todas as demais licenças regulatórias necessárias para a transação, que
ampliará as operações da Nokia Siemens Networks nos mercados chaves da
América do Norte e Japão, já foram obtidas, segundo a empresa.
"Hoje, aprovação chinesa é uma condição essencial para a implementação
de muitas transações de fusão e aquisição no setor de alta tecnologia e o
Ministério do Comércio chinês já havia demonstrado que trabalha em seu
ritmo, mesmo depois que outras agências regulatórias aprovam uma
operação", disse Florian Mueller, consultor sobre questões de
competição.
"A China provou no caso da Panasonic e Sanyo que estava disposta a
manter sua postura mesmo depois que uma transação tivesse sido aprovada
pelos Estados Unidos e União Europeia, e insistiu em providências
corretivas adicionais", disse Mueller.
Em outubro de 2009, a China concedeu à Panasonic licença para adquirir a
Sanyo Electric, sob algumas condições, entre as quais a redução de sua
participação em uma joint venture de baterias com a Toyota Motor.
A Motorola e a Nokia Siemens vêm enfrentando dificuldades para derrotar
concorrentes maiores e conquistar contratos das grandes empresas de
telefonia no concorrido mercado de equipamento para redes móveis, no
qual analistas antecipam provável queda em 2010.
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