terça-feira, 28 de dezembro de 2010

China adia compra de divisão da Motorola pela Nokia Siemens

A aquisição por parte da Nokia Siemens Networks da divisão de equipamento de redes da Motorola, avaliada em US$ 1,2 bilhão, foi adiada por decisão das autoridades regulatórias chinesas, que ainda não deram aval a operação.
O presidente-executivo da Nokia Siemens, a joint venture entre a Nokia e a alemã Siemens para equipamento de redes, disse estar cooperando com o departamento anti-monopólio do Ministério do Comércio chinês a fim de obter a autorização.
"O adiamento é decepcionante, mas nossa expectativa é concluir a operação no começo do ano que vem", afirmou Rajeev Suri, presidente-executivo da Nokia Siemens Networks, em comunicado desta terça-feira.
O acordo reforçará a posição da Nokia Siemens Networks diante de seus principais rivais chineses e a tornará a segunda maior fabricante mundial de equipamento para telecomunicações, atrás apenas da chinesa Huawei .
Todas as demais licenças regulatórias necessárias para a transação, que ampliará as operações da Nokia Siemens Networks nos mercados chaves da América do Norte e Japão, já foram obtidas, segundo a empresa.
"Hoje, aprovação chinesa é uma condição essencial para a implementação de muitas transações de fusão e aquisição no setor de alta tecnologia e o Ministério do Comércio chinês já havia demonstrado que trabalha em seu ritmo, mesmo depois que outras agências regulatórias aprovam uma operação", disse Florian Mueller, consultor sobre questões de competição.
"A China provou no caso da Panasonic e Sanyo que estava disposta a manter sua postura mesmo depois que uma transação tivesse sido aprovada pelos Estados Unidos e União Europeia, e insistiu em providências corretivas adicionais", disse Mueller.
Em outubro de 2009, a China concedeu à Panasonic licença para adquirir a Sanyo Electric, sob algumas condições, entre as quais a redução de sua participação em uma joint venture de baterias com a Toyota Motor.
A Motorola e a Nokia Siemens vêm enfrentando dificuldades para derrotar concorrentes maiores e conquistar contratos das grandes empresas de telefonia no concorrido mercado de equipamento para redes móveis, no qual analistas antecipam provável queda em 2010.

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