quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Oi não tem data para normalizar telefonia fixa na Bahia; Promotoria investigará incêndio

A Oi divulgou nesta quinta-feira que ainda não há prazo para completa normalização dos serviços de telefonia fixa na Bahia, prejudicados pelo incêndio que tomou conta do prédio central da empresa de telefonia no último dia 21, em Itaigara, Salvador.

Segundo a empresa, as chamadas feitas para as linhas prejudicadas serão encaminhadas, por meio de um serviço denominado "siga-me", para acessos provisórios emergenciais --cuja distribuição está prevista para ser iniciada nesta quinta-feira.
Já o serviço de telefonia móvel, também segundo a Oi, deve ser totalmente normalizado ao longo desta quinta-feira.
Os clientes de banda larga, porém, deverão aguardar a normalização do serviço até o dia 20 de janeiro, de acordo com a empresa. Até essa data, quem tiver o serviço interrompido poderá utilizar minimodens 3G, que serão distribuídos, a partir de hoje, no centro de convenções do hotel Fiesta Bahia, na avenida Antonio Carlos Magalhães,711, em Pituba.
O acessos provisórios e os mini-modems 3G só poderão ser retirados por clientes cujas linhas não foram normalizadas e utilizam os prefixos 3350, 3351, 3352, 3353, 3354, 3355, 3358, 3359, 3451, 3452, 3453 e 3454, nos bairros de Cidadela, Cidade Jardim, Itaigara e Pituba.
No momento da retirada do equipamento, o cliente deverá apresentar documento de identidade com foto e a última conta vinculada ao serviço afetado. Será necessária também a assinatura de declaração de recebimento. A distribuição deve ocorrer até o próximo dia 30, das 9h às 21h, com interrupção no dia 25. No dia 24, o atendimento ocorre até às 18h.
Apesar de serem gratuitos, esses serviços emergenciais terão seus usos franqueados até os valores equivalentes ao perfil de uso histórico dos clientes, afirma a empresa. Além disso, as contas de clientes prejudicados pelo incêndio terão desconto de acordo com o período de interrupção, segundo a Oi.
INVESTIGAÇÃO
O Ministério Público da Bahia instaurou, nesta quinta-feira, um inquérito civil para apurar o incêndio que atingiu o prédio central da Oi, em Salvador.
Segundo a promotoria, "a medida foi adotada devido à dimensão dos problemas ocasionados aos consumidores pela suspensão e limitação dos serviços de telefonia e internet da Oi".
Para apurar o incêndio e solicitar informações aos órgãos envolvidos no caso, os promotores Roberto Gomes e Aurisvaldo Sampaio se reuniram na manhã desta quinta-feira, na sede do Ministério Público.
INCÊNDIO
O incêndio atingiu, no último dia 21, o prédio central da operadora de telefonia Oi em Salvador e causou pane nos serviços de telefonia fixa, móvel e de transmissão de dados da empresa na capital baiana e região metropolitana. Até as vendas com cartões de crédito e débito foram afetadas, a quatro dias do Natal.
Além da Bahia, segundo a assessoria de imprensa da Oi, o incêndio também causou dificuldades na telefonia fixa em outros seis Estados: Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Piauí e Maranhão.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros da Bahia, o incêndio começou por volta das 11h30 (horário de Brasília) e não deixou feridos.
Três bombeiros precisaram ser encaminhados a um hospital porque inalaram fumaça tóxica. Eles não correm risco de morte.
No dia do incêndio, com a interrupção dos serviços, chegaram a ser atingidos sistemas de cartões de crédito e débito no comércio e centrais telefônicas de atendimento, como o 190 da Polícia Militar.
A Oi não informou quantos clientes foram atingidos pelos problemas.

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