A China deteve mais de 460 hackers, do começo do ano até o final de
novembro, mas as perspectivas sobre impedimento de futuros ataques à
segurança da computação continuam sombrias, anunciou o ministério da
segurança pública do país.
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O anúncio veio um dia depois da publicação de uma série de telegramas
confidenciais do Departamento de Estado norte-americano. Os documentos
incluem uma mensagem na qual um contato chinês não identificado afirmou
que Pequim comandou a invasão aos sistemas de computadores do Google,
como parte de uma campanha coordenada mais ampla de sabotagem executada
por agentes do governo chinês, especialistas em segurança da computação
do setor privado e malfeitores da Internet.
"A atual situação de nossa repressão aos ataques de hackers continua a
ser muito ruim, e o número de ataques de hackers e atividades de
sabotagem na China continua muito alto", afirmou em comunicado um
funcionário cujo nome não foi mencionado.
O ministério informou ter resolvido 180 casos de ataques cibernéticos até o final de novembro.
Um funcionário do Ministério do Exterior chinês, que se recusou na
terça-feira a comentar a revelação das informações pelo site WikiLeaks,
solicitou que os Estados Unidos "resolvam da forma devida as questões
correlatas" relacionadas ao caso. O funcionário não deu mais detalhes.
No começo de fevereiro, a China anunciou ter fechado o que alega ser o
maior site de treinamento de hackers do país e detido três de seus
membros, um mês depois que o Google ameaçou deixar o país como resultado
de uma tentativa de ataque de hackers originada na China.
A China vem afirmando repetidamente que não fecha os olhos às atividades
dos hackers, mas elas continuam a ser um hobby popular em um país com
diversos sites que oferecem cursos baratos sobre técnicas básicas de
invasão de computadores.
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