Wozniak é o autor do cultuado Apple II. O produto forjou, em 1977, os moldes do que chamamos por décadas de computador pessoal. Já Jobs era o "motor criativo" da companhia, considerado por analistas e biógrafos um negociador agressivo, obcecado pelo design de suas máquinas.
Jobs morreu nesta quarta-feira aos 56 anos, após longa batalha contra o câncer. Deixa a mulher, Laurene Powell, e quatro filhos --Lisa, que teve com a ex-namorada Chris-Ann Brennan, além de Reed, Erin Siena e Eve, do casamento com Laurene.
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Steve Wozniak, cofundador da Apple, durante evento de tecnologia na Holanda |
Em entrevista ao jornalista Diógenes Muniz, no final do ano passado, Wozniak comentou sua relação com seu antigo amigo de juventude.
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Folha - Como é sua relação com Jobs?
Steve Wozniak - Cordial. Converso com ele ocasionalmente. Não com frequência. Geralmente só dou um alô para lembrarmos das coisas do passado ou falar como algum produto é incrível.
Em biografias, vocês dois são descritos como jovens tímidos e nerds. Concorda com essa visão?
Concordo. Mas hoje em dia tenho mais confiança. Também sei que posso ajudar mais as pessoas, principalmente quando me procuram. Quando éramos jovens, eu queria ser um grande engenheiro [da computação]. Já Jobs queria ser um grande transformador do mundo. Nós dois nos saímos muito bem em relação às nossas metas. Hoje em dia já estamos longe de ser "outsiders".
Claro que ainda tenho um monte de manias bem estranhas ou incomuns. Presumo que Jobs, por sua vez, seja mais normal agora. E, por fim, eu ainda sou completamente "geek", embora existam por aí várias categorias de "geeks" diferentes.
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