"Já aprendemos a lutar contra essa praga. Também tentaram nos desestabilizar por meio das redes sociais", afirmou Lukashenko, segundo a imprensa local.
Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, fala com jornalistas após votação |
"Não podemos pensar que não nos afeta. Mas também não devemos acreditar que temos medo dessas redes", disse.
O líder de Belarus, que promoveu recentemente uma lei que proíbe a convocação de atos públicos nas redes sociais, negou ter a pretensão de bloquear a internet.
"Não há medo e não haverá proibições. Não queremos impedir o acesso à internet e redes sociais. Mas se usarem o espaço para criar ações ilegais teremos de tomar medidas pertinentes", disse.
Na última reunião da aliança militar pós-soviética, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva, realizada em Minsk, Lukashenko destacou que "estão prestando muita atenção no que ocorre no espaço informativo".
"As ex-repúblicas soviéticas abordaram a tentativa de desestabilizar a situação em certos países com o uso destas novas mídias", disse.
Lukashenko denunciou que a derrocada do antigo regime na Tunísia resultou na vitória eleitoral dos islamitas e também se aventurou a dizer que não são agradáveis as perspectivas para a Líbia e Egito.
Em junho, as autoridades de Belarus foram obrigadas a bloquear as redes sociais depois que os opositores ao regime organizaram grandes e silenciosas manifestações por meio das redes sociais.
Os ativistas adotaram o mesmo exemplo das revoluções árabes com uso de novas tecnologias, porém se manifestaram em silêncio, sem gritos e cartazes contrários ao governo. Os opositores de Lukashenko se limitaram apenas a aplaudir.
No entanto, as forças de segurança prenderam centenas de jovens que protestavam contra o governo, que vivencia sua mais profunda crise econômica. Lukashenko chegou a desvalorizar a moeda nacional na tentativa de contornar o mau momento.
A ausência de liberdades democráticas, a queda do poder aquisitivo da população e os altos índices de inflação e desemprego foram os principais motivos que desencadearam os protestos populares.
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