sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aplicativo permite a manifestante avisar que está sendo preso

Os manifestantes americanos ganharam importantes aliados, os programadores de software, que desenvolveram um aplicativo de smartphone para alertar advogados e familiares sobre eventuais prisões e outro que permite fazer discursos à multidão por meio dos telefones.
Um aplicativo gratuito chamado I'm Being Arrested (Estou sendo preso) começou a ser vendido na quinta-feira (27) na loja on-line Android Market, que oferece programas para smartphones equipados com o sistema operacional Android, do Google.
"Avise seu advogado, familiares, etc. de que está sendo preso com apenas um clique", anuncia a descrição do aplicativo para ativistas e manifestantes que estiverem participando dos protestos "Occupe Wall Street" em várias cidades americanas.
Telas do aplicativo I'm Getting Arrested, que permite a manifestante avisar sobre prisão
O programa permite aos usuários configurar uma lista de pessoas que receberão uma notificação por meio de uma mensagem de texto no telefone em caso de prisão iminente, ativada por uma única tecla do aparelho.
O site www.movements.org publicou na quinta-feira instruções sobre como obter, instalar e utilizar o aplicativo, incluindo a recomendação de adicionar às mensagens dados de quem e onde está protestando no momento.
Entre os comentários publicados no site da loja do Android estão também alguns que pedem uma reconfiguração do aplicativo, para que inclua a localização via satélite das pessoas de forma automática.
O aplicativo está disponível em inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, turco e catalão.
Os manifestantes também utilizam outro software, o Vibe, que permite às pessoas que têm um telefone da Apple ou com Android trocar de forma anônima mensagens curtas que são configuradas para serem apagadas depois de um curto período de tempo.
A ideia é que as mensagens desapareçam e não possam ser encontradas pelas autoridades caso elas confisquem os telefones.
Outro aplicativo para Android, o Shouty, permite aos manifestantes fazer discursos para a multidão por meio dos smartphones, evitando assim as proibições policiais de utilizar megafones.
Os aplicativos para Android saem muito antes no mercado, pois não são submetidos ao rígido processo de testes realizado pela Apple para avaliar os programas para seus aparelhos.
Especialistas em informática trocam ideias sobre esses aplicativos durante os "hackathons", reuniões de programadores com o objetivo de desenvolver o chamado "software colaborativo", com projetos que incluem programas para registrar a brutalidade policial e tutoriais para ativistas.

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