A YCN, que no Brasil vai se chamar Yahoo! Rede de Contribuidores, é o atual estágio da antiga Associated Content, serviço fundado pelo norte-americano Luke Beatty, atual vice-presidente de comunidades do Yahoo!, em 2005. Não é um portal jornalístico --só distribui a veículos os conteúdos produzidos.
Luke Beatty, vice-presidente de comunidades do Yahoo! |
Beatty fala que a expansão da YCN tem a ver com o fato de que o Yahoo! tenta evoluir como empresa de mídia, para se tornar menos dependente de serviços como o e-mail. Diz ainda que teve "várias conversas" sobre para que país expandiria a YCN antes.
A popularidade do Yahoo! Respostas (serviço colaborativo de tira-dúvidas) no Brasil, afirma ele, foi um dos motivos da escolha do país. "Significa que os usuários aqui estão engajados em contribuir. Este [a YCN] é o próximo nível de contribuição, acho."
Aproveitar o recente crescimento do Yahoo! no Brasil --a comScore aponta audiência 35% maior de julho de 2010 a julho de 2011-- foi mais uma razão, diz ele. Outro motivo é que "a comunidade blogueira aqui é muito forte".
CHECAGEM TRIPLA
Os conteúdos enviados por usuários brasileiros serão editados pela equipe do Yahoo!. Nos EUA, o colaborador precisa ter conteúdos aprovados três vezes pelos editores antes de poder publicar de forma autônoma.
Nas próximas semanas, usuários convidados pelo Yahoo! já vão poder publicar notícias. No começo do ano que vem, a YCN brasileira será aberta a todos os usuários.
O foco, no início, serão seções de entretenimento. "O objetivo não é ter conteúdo de superqualidade num primeiro momento. A ideia é selecionar pessoas que tenham capacidade de escrever bem, sejam profissionais, semiprofissionais ou amadoras", diz André Izay, diretor-geral do Yahoo! Brasil. A edição do material será feita pela própria atual equipe do Yahoo!, segundo Izay.
SERVIÇO COMPLEMENTAR
Beatty afirma que há três tipos de colaboradores da YCN: amadores, jornalistas e especialistas de certas áreas.
Uma rede de colaboradores, segundo ele, não substitui a mídia tradicional --só complementa. "Se há notícias sobre saúde, temos profissionais especialistas falando sobre elas", exemplifica.
O pagamento pelos artigos não é garantido, e Beatty ressalta que o foco não deve ser financeiro. "Há pessoas que fizeram muito dinheiro, mas não fazemos nenhuma promessa de que isso é uma forma de sobreviver."
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