Jobs mudou o rumo da computação pessoal durante suas duas passagens pelo comando da Apple e em seguida revolucionou o mercado da comunicação móvel, mas ainda que genial e inspirador, ele era conhecido também pela rispidez, que o fazia ocasionalmente se indispor com colegas e investidores devido ao radicalismo de suas posições.
"Ele não era uma pessoa calorosa e querida", disse Isaacson em entrevista ao programa "60 Minutes", da rede de TV CBS, no domingo. "Não era o melhor administrador do planeta. Na verdade, talvez tenha sido um dos piores."
"Havia momentos em que ele era muito, muito áspero com as pessoas", acrescentou.
Walter Isaacson, autor da biografia autorizada de Steve Jobs |
Nas mais de 40 entrevistas que Jobs concedeu ao biógrafo, ele disse que se sentia completamente confortável para praticar a franqueza extrema.
"Esse é o cacife para participar. Por isso, sempre somos brutalmente honestos uns com os outros, e todos eles podem me dizer que eu estou falando bobagem, e eu posso dizer a todos que eles estão falando bobagens", disse Jobs. "E com isso tivemos algumas discussões brutais, com todo mundo gritando uns com os outros."
"Steve Jobs", o livro de Isaacson, que chega às livrarias nesta segunda-feira (24), revela que Jobs demorou nove meses para aceitar uma cirurgia que poderia salvar sua vida, quando teve um primeiro câncer diagnosticado, que ele sofria bullying na escola, tentou diversas dietas excêntricas na adolescência e ocasionalmente exibia comportamento excêntrico, como encarar as pessoas fixamente sem piscar os olhos.
A expectativa é de que o livro pinte um retrato sem precedentes e completamente franco de um homem famoso por proteger ferozmente sua privacidade, mas cuja morte gerou tributos e pesar mundiais.
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