quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Consumidores processam RIM por problemas com BlackBerry

Consumidores nos Estados Unidos e no Canadá abriram processos contra a RIM (Research in Motion) por uma paralisação que se prolongou por dias nos serviços dos aparelhos BlackBerry, em um problema de escala global ocorrido no começo do mês.
A queda geral do sistema deixou milhões de usuários do BlackBerry frustrados e desprovidos de acesso a e-mails, mensagens instantâneas e navegação online, em cinco continentes.
BlackBerry Torch 9800, da RIM, na feira de tecnologia Gitex, em Dubai
Os copresidentes executivos da RIM pediram desculpas aos milhões de usuários do BlackBerry pela paralisação de quatro dias que maculou a imagem da empresa e retardou seus esforços para recuperar o terreno perdido para a Apple e outros rivais no ramo de smartphones.
O processo nos Estados Unidos, protocolado em um tribunal federal de Santa Ana (Califórnia), foi apresentado em nome de todos os proprietários de BlackBerry com contratos ativos de e-mail, Internet e mensagens que tenham sofrido interrupções de serviço.
Nele, a RIM é acusada de violação de contrato, negligência e enriquecimento indevido.
O processo canadense, aberto na quarta-feira junto ao tribunal superior de Quebec, representa os proprietários canadenses de BlackBerry que tinham contratos ativos no momento da paralisação.
A petição alega que a RIM não restituiu os prejuízos que os usuários sofreram com a paralisação dos serviços e que "precisa assumir plena responsabilidade por esses danos".
Mensagens encaminhadas à RIM solicitando comentários não foram respondidas imediatamente.
CONTRATO IMPLÍCITO
O processo dos Estados Unidos foi aberto por Eric Mitchell, morador de Sherman Oaks, Califórnia. Embora ele não tenha contrato direto com a RIM, ele pagou pelo uso dos serviços exclusivos do BlackBerry como parte de seu contrato com a operadora de telefonia móvel Sprint, de acordo com a queixa.
Isso faz com que tenha um "contrato implícito" com a RIM, o processo alega, acrescentando que com a paralisação, entre 11 e 14 de outubro, Mitchell "pagou por um serviço que não recebeu"
Os queixosos buscam desde compensação em dinheiro pelos serviços pagos à companhia até honorários de advogados e outras despesas legais.
O processo norte-americano estima que a RIM fature pelo menos US$ 3,4 milhões por dia no país em receita de serviços, coletados através de operadoras como Sprint e Verizon.
O tamanho de uma ação judicial nos EUA incluiria 2,4 milhões de pessoas apenas na Califórnia, segundo os autos da queixa protocolada.

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