quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Entre tablets, iPad traz mais opções para público infantil

Apesar de haver diversas opções de tablets nas lojas brasileiras, poucos aparelhos desempenham bem essa função de primeiro computador infantil. O grande entrave é a falta de conteúdo específico.
O cenário esvaziado acontece pela escolha do sistema operacional: a maioria dos fabricantes opta pelo Android Honeycomb, a versão turbinada do sistema do Google para tablets. O software mistura elementos de desktop --como a barra fixa na parte inferior- com recursos sensíveis ao toque.
Porém a loja de aplicativos para esses tablets ainda não deslanchou, e a oferta de programas para os mais pequenos é muito limitada. São apenas cerca de 500 apps para o Honeycomb --poucas dezenas dedicadas às crianças.
Isso faz com que o navegador de web seja o principal canal de conteúdo desses aparelhos, algo que desktops e notebooks já oferecem, com preço menor.

Livros com vídeo e áudio, revistas especializadas e até os principais jogos voltados para o público infantil são encontrados em outro aparelho: o iPad 2, da Apple.
Por ter atraído grande parte dos desenvolvedores para a plataforma iOS, a loja de aplicativos da Apple traz centenas de apps criados para crianças e adolescentes.
Um exemplo é o livro "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore". Citado em várias listas de melhores apps do ano, ele mistura animação, narração e interatividade e tem preço menor que o de um livro físico (US$ 5).
Há também soluções de pintura digital, música e aprendizado em digitação.
Mas há dois problemas para os pais: grande parte do conteúdo é em inglês --um impedimento para a maioria das crianças--, e a App Store brasileira não oferece todos os milhares de aplicativos para iPad --é preciso improvisar e criar uma conta americana para ter acesso a tudo.

DOIS EM UM
Apesar do marasmo da loja do Android, os concorrentes da Apple têm alguns trunfos na disputa com o iPad.
O Eee Pad Transformer, da Asus, por exemplo, oferece um teclado físico destacável que transforma o tablet em um netbook --facilitando o aprendizado da escrita em teclado físico e fazendo a função de dois aparelhos.
Já o Galaxy Tab 10.1, da Samsung, traz um sistema redesenhado, intuitivo e próximo ao de um notebook, e tem peso reduzido (565 gramas).
Quem quiser deixar a compra do aparelho para o futuro pode ter no Kindle Fire uma boa opção. O recém-anunciado tablet da Amazon está em pré-venda nos EUA e ainda não tem previsão de chegada ao Brasil.
Mas, quando aterrissar por aqui, o Kindle Fire deve trazer todo o catálogo da loja on-line: mais de 17 milhões de músicas, 800 mil livros e milhares de apps. Com tela de sete polegadas e muito leve (414 gramas), tem potencial para agradar ao público infantil.

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