Pesquisadores liderados por Megan Moreno, da Universidade de Wisconsin-Madison, constataram que estudantes que exibiam fotos ou textos que os mostravam bêbados ou desacordados por consumo exagerado de álcool tinham maior probabilidade de enfrentar problemas de alcoolismo, com base em uma triagem.
"Os resultados sugerem que os critérios clínicos para definir problemas com a bebida são aplicáveis às referências ao consumo de álcool no Facebook", afirmaram Moreno e seus colegas no estudo, publicado pela revista "Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine".
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Eles acrescentaram ser possível que páginas do Facebook ajudassem as escolas a constatar quem precisa ser avaliado por problemas relacionados ao álcool --embora questões éticas e de privacidade possam complicar esse processo.
A questão era determinar se "aquilo que se pode encontrar nesses sites pode de fato prever condições clínicas", disse James Rosenquist, pesquisador de mídia social e psiquiatra do Massachusetts General Hospital, que não participou do estudo.
Ele disse, no entanto, que as constatações sugerem que mensagens no Facebook parecem estar conectadas ao que acontece "no mundo real".
Moreno comandou uma equipe de pesquisadores de sua universidade e da Universidade de Washington em Seattle, que estudaram páginas de Facebook, incluindo textos e fotos, de 224 alunos de graduação universitária cujos perfis estão abertos ao público.
Cerca de 65% dos universitários estudados não fazem referência a álcool em suas páginas. Os demais ou mencionavam bebida em situações sociais, consideradas não problemáticas, ou uso de álcool mais grave e arriscado, o que incluía conduzir veículos enquanto embriagados ou se envolver em problemas pelo excesso de bebida.
Depois, os universitários responderam um questionário de dez perguntas para determinar quem corre risco de ter problemas de alcoolismo. O questionário avalia a frequência do consumo de álcool e das situações de embriaguez, além das consequências negativas do consumo de álcool.
Quase 60% dos universitários cujas páginas no Facebook faziam referências a embriaguez e hábitos de bebida considerados perigosos tiveram resultados que indicavam risco de abuso e dependência alcoólica, entre outros problemas relacionados à bebida.
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