Repórteres que cobrem casos judiciais poderão postar mensagens no
microblog Twitter, disse uma importante autoridade legal britânica nesta
segunda-feira, esclarecendo regras após as audiências do fundador do
WikiLeaks, Julian Assange.
Amigos de Assange e jornalistas que compareceram à audiência da fiança
do australiano na semana passada puderam usar o Twitter de dentro do
tribunal. No entanto, um outro juiz proibiu a prática quando um recurso
foi julgado em uma instância superior dois dias depois, causando
confusão.
Sob regras provisórias divulgadas nesta segunda-feira, autoridades
aprovaram o uso de equipamentos celulares nas salas, com prioridade a
repórteres, sob condição de não atrapalhar as audiências.
"O uso de um equipamento moderno não-intrusivo, de mão, virtualmente
silencioso para o propósito de reportagem simultânea de procedimentos ao
mundo exterior enquanto eles acontecem na corte é improvável de
interferir com a administração própria da justiça", disse Igor Judge, a
mais importante autoridade legal na Inglaterra e no País de Gales.
"Poderá ser necessário ao juiz limitar as comunicações de texto ao vivo
aos representantes da imprensa para usos jornalísticos e restringir seu
uso pelo público geral na corte", acrescentou.
O trabalho da imprensa nos tribunais britânicos é controlado
rigidamente, com a cobertura televisiva e fotográfica proibida e a
gravação de áudio permitida apenas em circunstâncias especiais.
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