segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Google se recusa a entregar dados do Street View a promotoria nos EUA

O Google se recusou a entregar os dados coletados por acidente no serviço de mapeamento de ruas Street View ao procurador-geral de Connecticut Richard Blumenthal, segundo informou o site Information Week nesta segunda-feira.
"Estou desapontado com a falha do Google em cumprir as minhas demandas de informações", disse Blumenthal em um comunicado enviado ao site. "Nós iremos revisar quaisquer informações que recebemos e considerar se sanções adicionais --o que inclui a possibilidade de uma ação legal-- serão dados."
Em julho, 37 Estados norte-americanos anunciaram a investigação sobre o Google devido à coleta de dados pelo Street View, e que ele ainda está em busca de informações sobre se o serviço quebrou leis de privacidade ao capturar informações privadas de usuários de internet por meio de suas conexões Wi-Fi.
Trata-se de um desdobramento da investigação iniciada pelo procurador-geral do Estado de Connecticut, Richard Blumenthal, no mês anterior. O caso foi à tona no mês de maio nos Estados Unidos.
À época, o Google anunciou que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais --que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas.
O Street View é um serviço de mapeamento de ruas que usa um carro, antenas e câmeras para fotografar os locais por onde o veículo passa. Está disponível em diversos países --dentre eles, o Brasil.
Segundo o diário econômico norte-americano 'The Wall Street Journal', em carta aberta enviada ao Google, Blumenthal pediu detalhes específicos acerca da coleta de dados --o que inclui informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados.
Blumenthal também pediu ao Google que informasse se o programa de coleta de dados foi testado, quanto tempo o softwares passou coletando dados de sinais específicos --além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.
A companhia reiterou que a coleta se tratou de um 'erro', mas que não cometeu 'nada ilegal'.
Mas autoridades regulatórias norte-americanas que estavam investigando os dados recolhidos pelos carros do Google Street View decidiram encerrar seu inquérito em outubro, mencionando as melhoras que a companhia de buscas havia adotado a fim de integrar proteção de privacidade dos consumidores à sua estrutura empresarial.
As investigações e pressões sobre questões de privacidade do serviço de mapeamento também se estendem aos países europeus.

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