Pesquisadores descobriram uma forma de calcular matematicamente a singularidade de uma impressão digital.
Embora as impressões digitais sejam únicas a cada indivíduo, impressões
de cenas de crime são, geralmente, padrões incompletos obtidos em
maçanetas ou
pedaços de vidro.
Conhecer a singularidade de uma impressão parcial pode ser útil a
cientistas forenses que tentam determinar o valor de uma impressão
digital como evidência, explicou Sargur Srihari, um cientista de
computação da Universidade de Buffalo (EUA) que está conduzindo a
pesquisa.
A singularidade já é usada como ferramenta de avaliação. "Imagine um
caso simples, onde um crime foi cometido por alguém com dois metros de
altura'', disse Srihari. "Essa é uma estatura bastante rara; assim, essa
característica se torna uma valiosa evidência para ajudar a identificar
o suspeito."
Outro exemplo é o DNA. Analistas forenses podem determinar o grau de
singularidade de um padrão específico de DNA, e depois escolher usar
essa informação para identificar possíveis culpados.
Srihari e o estudante universitário Chang Su dizem ter feito o mesmo para as impressões digitais.
"É puramente matemático", afirmou Srihari. "Estamos simplesmente
dizendo: 'Acabamos de achar algo que é incomum, e isso se torna uma
importante evidência'."
Para fazer a pesquisa, os cientistas definiram as impressões digitais
como uma série de pontos, compostos pelas pontas e bifurcações dos
sulcos. E usaram um banco de dados de 4.000 impressões digitais, do
Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, e criaram um sistema
de computação que consegue ler padrões de impressões.
Com base nos pontos de uma impressão, o sistema pode determinar
matematicamente sua singularidade. Atualmente, os cientistas forenses
tomam essa decisão sem o apoio da tecnologia.
"Podem ser encontradas centenas de impressões numa cena de crime, e hoje
a análise é feita intuitivamente por peritos humanos", disse Srihari.
"Mas nós podemos calcular isso".
A pesquisa foi apresentada na semana passada em Vancouver, na Columbia
Britânica, durante a conferência anual de Sistemas de Processamento de
Informações Neurais.
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