O modelo do Kindle é novo, mas a história para os brasileiros continua a
mesma: os impostos vão mais que dobrar o preço do leitor de livros
eletrônicos, anunciado pela americana Amazon por US$ 139.
Levantamento feito no site da Amazon com os 28 países em que é possível
verificar as taxas de importação mostra que em nenhum deles se paga mais
do que no Brasil.
Aqui, o Kindle só com tecnologia Wi-Fi (internet sem fio), que é a
versão mais barata, sai por US$ 312,15 (cerca de R$ 550), sendo que US$
152,17 são referentes a taxas de importação.
O segundo lugar onde é mais caro é a Índia: as taxas de importação somam
US$ 56,34 -quase dois terços menos que no Brasil.
Em alguns países, casos de Hong Kong ou Hungria, não há taxa de
importação. Só é preciso custear o frete, que é fixo para todos os 28
países: US$ 20,98.
A mesma situação vale para o Kindle que tem a tecnologia 3G (terceira
geração), além de Wi-Fi. O aparelho, que custa US$ 189 no mercado
norte-americano, chega ao Brasil por US$ 409,71 (aproximadamente R$
725), sendo que US$ 199,73 são taxas de importação.
Os novos produtos começaram a ser vendidos ontem, mas só passarão a ser
enviados para a casa dos compradores em 27 de agosto.
De acordo com a Amazon, caso as taxas de importação cobradas no país
sejam inferiores à estimativa feita por ela, a empresa irá devolver a
diferença. Na hipótese oposta, ela se responsabiliza em cobrir os
custos.
Recentemente, um advogado conseguiu uma liminar para trazer o produto ao
Brasil sem pagar tributos, já que ele é colocado na mesma categoria de
livros e jornais, que não pagam impostos.
Mas a sentença não vale para todos. O comprador que não quiser pagar as
taxas terá que obter liminar.
NOVO PRODUTO
Os novos modelos do Kindle, apresentados ontem, são mais leves e menores
que as suas versões anteriores, mas a tela permanece do mesmo tamanho. A
bateria passa a ter maior duração, podendo funcionar por até 30 dias.
A faixa inicial de preços também caiu. Antes, o modelo mais barato
custava US$ 189, ante os US$ 139 atuais, uma aposta para massificar os
livros eletrônicos.
A notícia não animou os investidores, e a ação da Amazon caiu 0,23%
ontem.
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